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Carlos Sperança

Raupp volta com força + Verdade difícil + Onda bolsonarista + E a maré petista? +


Raupp volta com força + Verdade difícil + Onda bolsonarista + E a maré petista? +  - Gente de Opinião

Verdade difícil

Desde a antiguidade se diz que “na guerra, a primeira vítima é a verdade”. Hoje a guerra não é mais só feita de sangue. É travada também nas redes e as armas são narrativas, memes e pegadinhas. A verdade é vitimada toda vez que os robôs da guerrilha virtual disparam boatos a milhões de celulares.

É preciso ter bons critérios para não aceitar como verdade qualquer versão de uma “narrativa”. Em geral, quem repassa informações sem checar vai depois passar vergonha no círculo de amigos e seguidores. Agora mesmo há o caso de declarações do general Hamilton Mourão, presidente do Conselhão da Amazônia, sobre excluir o Mato Grosso da Amazônia Legal.

Quem quer tirar o MT seleciona uma afirmação de Mourão que lhe interessa e a divulga como apoio à exclusão: “É excluído parte do Mato Grosso, que pertence à Amazônia Legal, e aí ele passa a ser só do bioma cerrado”. Quem acha errado excluir propaga esta declaração do mesmo Mourão: “A verdade é que o norte do Mato Grosso é Amazônia”.

Afinal de contas, o quê Mourão realmente disse e qual é sua posição a respeito? Disse que vale a lei, e só o Congresso pode modificá-la. Além da verdade, tudo leva a crer que as leis também são vítimas das guerras. No fim, patriotismo é eleger bons senadores e deputados federais, pois o governo e o STF só obedecem às leis que o Congresso mantém, cria ou elimina.

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Onda bolsonarista

Pelo menos três parlamentares eleitos  que surfaram na onda bolsonarista em 2018, o deputado federal Chrisóstomo (PL-Porto Velho) e os estaduais Eyder Brasil (PL-Porto Velho) e Jonhy Paixão (União Brasil-Ji-Paraná) disputam a reeleição esperando uma nova onda para terem sucesso. Da mesma forma, o candidato ao Senado do segmento Jayme Bagatolli (PL-Vilhena). Uma maré política, diga-se de passagem, que perdeu força no País em vista da pandemia do covid, recessão e agora a crise provocada pelo aumento dos combustíveis. Até os caminhoneiros estão em pé de guerra com o Palácio do Planalto. Todos perigam enfrentar o “rebaixamento”, para a série B.

E a maré petista?

Também não se constata uma onda petista acontecendo em Rondônia, como ocorreu na década passada, e se acontecer vai ser daquelas provocadas por um efeito manada de última hora. Por isto a ressurreição política da ex-senadora Fátima Cleide como candidata a Câmara dos Deputados está difícil. Também não se vê, num estado conservador como Rondônia, o candidato ao governo petista, Anselmo de Jesus (PT) em condições de polarizar na eleição com nomes como os do governador Marcos Rocha (União Brasil), Leo Moraes (Podemos), Marcos Rogério (PL) e Confúcio Moura (MDB).

Descongestionamento

No Cone Sul rondoniense, sem o ex-deputado federal Natan Donadon (MDB) vetado pela justiça eleitoral e o atual prefeito Eduardo Japonês (PV) acuado com um processo de cassação, fora da disputa das cadeiras a Câmara dos Deputados, temos um claro descongestionamento beneficiando o candidato Evandro Padovani (União Brasil-Vilhena). Tudo indica que a região voltará a contar com um representante, depois de Arnaldo Lopes Martins, já falecido e Natan Domadon impedido pelas instâncias da justiça. Padovani representa o agronegócio e não depende de onda bolsonarista, como é o caso do Coronel Chrisostomo. Padovani já tem luz própria.

Volta com força

Com a possível anulação da condenação do ex-senador Valdir Raupp por malversação do dinheiro público, ele volta com força para disputar uma cadeira ao Senado. Caso seja confirmado na peleja, ele terá a preferência do partido a partir de orientação do Diretório Nacional, caso Confúcio e Mosquini se voltem contra sua postulação. Neste momento da disputa o ex-ministro da Previdência Amir Lando que apreciaria contar com o apoio do MDB na sua peleja ao Senado da República seria o mais prejudicado. O cenário ao Senado ainda tem muitas indefinições e um dos favoritos nesta peleja, Expedito Junior estuda um novo planejamento depois que foi abandonado por Hildon Chaves e o clã Carvalho.

Troca-troca

Nos primeiros dias da janela partidária, aquela que permite aos deputados estaduais e federais em trocar de legendas sem a punição da perda de mandato, o partido mais beneficiado foi o PL, do presidente Jair Messias Bolsonaro no Congresso Nacional. Quase 20 deputados federais deixaram outras siglas se transferindo para as asas governistas. Em Rondônia a previsão de mudanças maiores beneficia o União Brasil do governador Marcos Rocha. Acredita-se que vem aí uma penca de parlamentares estaduais para o novo partido para a batalha da reeleição.

Via Direta

*** A Rondônia Rural Show, em maio em Ji-Paraná, marca a volta das exposições agropecuárias em Rondônia depois de longo tempo com a pandemia do covid *** Lembrando que os eventos do agronegócio impulsionam a economia rondoniense, principalmente nos municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena que realizam exposições de ponteira *** Os suplentes que assumiram na Assembleia Legislativa têm atuação apenas regular no Legislativo. Seja o tucano Alan Queiros (Porto Velho), o ex-petista Ribamar Araújo (Candeias do Jamari) ou Jean Mendonça (Pimenta Bueno) vão ter que se suar muito para buscar a sonhada reeleição *** Na região amazônica temos o retorno de mais uma grande festa folclórica, a dos bois-bumbás em Parintins, no meio do ano. A cidade já ferve em preparativos.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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