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Carlos Sperança

Que o sofrido povo portovelhense não conte com uma nova rodoviária tão cedo


Que o sofrido povo portovelhense não conte com uma nova rodoviária tão cedo - Gente de Opinião

No fim de feira

O mundo ferve com guerra, economias destroçadas, embates sangrentos entre seitas políticas e supostamente religiosas, doenças que reaparecem com variantes traiçoeiras e riscos de apocalipse nuclear ou climático. Só mentalidades estreitas poderiam supor que manter a polarização eleitoral nessa quadra tão única e complexa da humanidade poderia levar a bom porto.

Ao final de mais um ciclo governamental no Brasil, cada brasileiro levará suas próprias saudades ou decepções a relatar em sua história, mas para a história do Brasil e do mundo o novo governo será o da reconciliação nacional ou o da paralisia geral. Fora disso, se o Executivo forçar e o Legislativo engrossar, é a Justiça que vai tomar a decisão. É falta de bom senso forçar crises entre os poderes na ingênua (e ilegal) crença de que algum “poder moderador” vindo do espaço ou do túmulo do Império vai substituir o STF na definição final das demandas.

Já passando para a história, o governo em fim de feira ficará sendo aquele em que múltiplas investigações desnudaram a vasta amplitude dos crimes ambientais e a bioeconomia saltou à frente como unanimidade apesar da encrenqueira polarização. Há chances para a união nacional. Se o país se reconciliar e os crimes ambientais forem combatidos com eficiência pelas nações amazônicas, a floresta renderá muito mais em favor de seus povos, além de entregar ao mundo um bom clima.

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Um bom exemplo

O deputado eleito Rodrigo Camargo vai iniciar seu mandato na Assembleia Legislativa dando um bom exemplo para seus pares. Ele vai contratar seus assessores através de processo seletivo, priorizando a qualidade e transparência. O sistema também evita a contratação de funcionários fora da lei, como tem ocorrido ao longo do tempo na Casa de Leis de Rondônia. Já tivemos por lá desde ladrão de gado, a caranguejeiros (ladrões de caminhões), traficantes, assaltantes de banco e toda sorte de vigaristas nas assessorias de parlamentares rondonienses, seja na bancada estadual ou na federal.

Um paraíso

Camargo, por conseguinte, se mostra um político diferenciado. Rondônia, ao longo da sua trajetória, desde os idos do território federal tem sido um paraíso para políticos saqueadores. Tem sediado um QG do narcotráfico, de grileiros, foragidos de toda espécie, funcionários fantasmas, de nepotismo cruzado, de sonegadores de impostos, etc. Alguns deputados eleitos em 2022 realmente destoam do modus operandi dos atuais parlamentares, longe do perfil do político tradicional. Que surjam mais parlamentares bem-intencionados com moralidade e o respeito ao erário.

Nova rodoviária

Que o sofrido povo portovelhense não conte com uma nova rodoviária tão cedo, mais o ponto de partida que foi a regularização do terreno já é auspicioso. Para que o novo terminal rodoviário seja construído é necessário reformar o terminal de passageiros de transportes coletivos no Cai N’água, depois realizar a mudança da atual rodoviária para lá, para então começar as obras do novo terminal. Não dá para contar com a inauguração tão cedo. As licitações demoram, as licenças ambientais são burocráticas e a agilidade vai depender de muita cobrança dos vereadores e deputados estaduais que tem se comportado como avestruzes perante o prefeito e o governador.

Centrão manda

No passado o PT pagou caro as alianças firmadas com o “Centrão”, designação atribuída aos partidos de centro e com o MDB. Feitas as contas, os partidos aliados do “Centrão” roubaram mais do que os petistas e o PT pagou a conta e a fama de rapinador sozinho, refletindo em desgastes nas ruas e causando o golpe, com o impeachment de Dilma Rousseff, num desfecho liderado pelo MDB de Michel Temer. Para seu novo governo, o PT projeta as mesmas alianças que também desgastaram o atual presidente Jair Bolsonaro. Tiveram a fatia do leão dos recursos e com a derrota do bolsonarismo estão com as malas prontas para se aliarem novamente ao PT.

Fatia do leão

Como nos governos anteriores que colocou os ex-presidentes de joelhos, o Centrão quer novamente a fatia do leão, a começar com o Ministério da Saúde, onde mais se desvia recursos no Brasil desde o surgimento da República. Tem 150 votos para negociar a aprovação do Orçamento 2023, vital para a governabilidade de Lula. Não bastasse a incômoda presença do Centrão, Lula tem que domesticar petistas gulosos pelo poder, depois de anos afastados do Planalto e o apetite de pelo menos 16 partidos. Terá que gerir todo este serpentário além de pacificar o País polarizado. É osso.

Via Direta

*** O final de 2022 é marcado pelos reajustes dos preços do gás de cozinha, energia elétrica e da tarifa de transportes coletivos em Porto Velho *** Não bastasse, temos a carestia nos supermercados com reajustes assustadores para os consumidores. É coisa de louco, torcida brasileira *** Vou recorrer a uma horta no fundo do quintal, plantando tomates, cebolinha etc. *** Mas o que fazer em Porto Velho que é abastecida com banana nanica de Minas, tomates de Santa Catarina, ovos de Vilhena e Mato Grosso e a maioria dos hortigranjeiros oriundos dos Ceasas de São Paulo e do Paraná? *** A produção de hortifrutigranjeiros do cinturão verde de Porto Velho é ainda incipiente e demora para Rondônia escapar dos atravessadores dos outros estados *** Até lá estamos fritos pois a produção ribeirinha não atende as demandas locais.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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