Segunda-feira, 12 de maio de 2025 - 08h05
Na
tragédia Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, a protagonista pergunta: “O
que há em um nome? Uma rosa, com qualquer outro nome, teria o mesmo perfume”. Sempre
que mudam regimes de governo, as ruas tradicionais passam a ter os nomes dos
partidários dos novos donos do poder. A tentação de mudar os nomes das coisas,
mesmo causando confusões e transtornos, recomeçou com a atitude arrogante do
presidente Donald Trump de mudar o nome do Golfo do México para Golfo da
América. Não faz a menor diferença, mas é a ordem do “rei”.
Há
pouco, a Assembleia do Amazonas aprovou lei dispondo que todos os produtos
derivados da castanha, quando produzidos naquele Estado, deverão usar a
denominação “castanha-da-Amazônia”. É mais daquelas leis que nada resolvem,
como se a Amazônia não tivesse problemas graves a ponto de justificar perder
tempo com perfumarias e acessórios. A castanha-do-pará não precisa ter mais
nomes do que já tem nos dicionários, onde aparece dessa forma e ainda como castanha-do-brasil,
castanha-do-maranhão ou castanha-do-ceará. É a mesma castanha e não vai mudar
nada com mais nomes ao gosto do freguês.
É
preciso mudar o que piora a vida das pessoas. A insegurança no Brasil tornou o
país tão perigoso quanto viver na Ucrânia em guerra, segundo o banco de dados
Acled, que relaciona conflitos armados pelo mundo. O resto pode esperar.
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No comando
Coube,
mediante acordo firmado pelos diretórios nacionais do União Brasil e Progressistas
em Rondônia a presidência do União Progressista, fruto da federação formada
pelos dois partidos, ao deputado federal Mauricio Carvalho. Em Rondônia,
conforme o acertado quem manda na bola é o União Brasil, na divisão feita pelos
estados. Com isto começam os primeiros entendimentos para a formatação da chapa
desta federação para disputar o governo estadual e as duas cadeiras ao Senado.
Sabe-se que na disputa ao Senado são considerados certos o governador Marcos Rocha
(pelo União Brasil) e Silvia Cristina (pelo PP).
Cabeça de chapa
Na
cabeça de chapa, para disputar o governo estadual, o União Progressista tem
três nomes cogitados. O vice-governador Sergio Gonçalves e o deputado federal
Fernando Máximo pelo União Brasil e o ex-governador Ivo Cassol pelo PP. Todos
esperançosos de convencer os dirigentes nacionais que são as alternativas
certas para a peleja do Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual. Com tudo
isto, o clã Carvalho tem o comando o União Progressista, com o deputado Mauricio
e o Republicanos, com o patriarca do clã Aparício Carvalho. A família, como se
vê, está bem de articulada.
Agora, a partilha
Para
fazer frente a poderosa federal do União Progressista, o MDB e os Republicanos
avançam nos entendimentos para a formatação da sua federação. Para sedimentar os
acordos, se discute neste momento a partilha do comando nos estados. Em
Rondônia, o MDB tem como presidente estadual, o senador Confúcio Moura, e os
Republicanos o ex-vice-governador Aparício Carvalho. Com o MDB mais organizado no
estado, teoricamente o mando desta federação por aqui seria do senador Confúcio
Moura, provável candidato desta coalizão para as eleições estaduais do ano que
vem.
Prazo estipulado
Para
disputar as eleições gerais do ano que vem as novas federações tem prazo para
aprovar e registrar suas atas no Tribunal Superior Eleitoral até abril de 2026.
O prazo é quase de um ano para estas regularizações. Além destas duas
federações, a outra em andamento une o PSDB com o Podemos. Em termos regionais,
na partilha pelos estados, esta federação teria o mando do PSDB, o que
significa dois tigres se arranhando no mesmo capão, casos do ex-prefeito Hildon
Chaves e do atual prefeito Leo Moraes. Como o mando rondoniense é dos tucanos,
é bem possível que Leo Lion (Podemos) não se submeta a nova situação, mesmo porque
levará um pé de Hildão.
Pacote de bondades
Com
o governo do PT atolado em escândalos e o último extremamente desgastante, que
foi o golpe nos aposentados pelo INSS, o presidente Lula prepara um pacote de
bondades para recuperar seu prestigio perdido nos últimos meses, de acordo com
as pesquisas vigentes. Cerca de 60 milhões de brasileiros serão beneficiados
com a isenção da conta de energia, mais 20 milhões com o vale gás. Este negócio
de reeleição de presidentes, governadores e prefeitos custa o olho da cara para
o erário. Quem está no poder não quer entregar e apela tudo o que for possível.
Via Direta
*** Os secretários municipais de Porto Velho com maiores orçamentos, como
os de obras, de saúde e educação estão sendo assediados por alguns vereadores
por dois motivos: o primeiro porque temem a concorrência na disputa por cargos
eletivos no ano que vem, o segundo motivo é forçar negociações financeiras *** Nada diferente de
gestões anteriores, onde os prefeitos e secretários acabaram sucumbindo as
tramas dos edis, mais preocupados com seus próprios bolsos, além de nomeações
de parentes e apaniguados *** A gestão
Leo Moraes vai precisar de muita habilidade para contornar os assédios. Já teve
que engolir até nomeações ligadas aos adversários na campanha passada.
O círculo quadradoDuas ocorrências referentes a assuntos importantes levantados recentemente com a marca de pioneirismo ao mesmo tempo informam e p
Uma onda de fusões e criações de federações para as eleições do ano que vem
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