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Carlos Sperança

O mundo mudou + A pacificação do MDB + Lambendo as feridas + Nomes emergentes


O mundo mudou + A pacificação do MDB + Lambendo as feridas + Nomes emergentes - Gente de Opinião

O mundo mudou

Antes que se considere medida para inglês ver o resultado da Terceira Cúpula Presidencial para o Pacto Amazônia-Letícia, firmado em 2019 perante o mundo pelas nações amazônicas, é preciso considerar a conjuntura atual em relação àquela, os dramáticos acontecimentos ocorridos no período e a necessidade de avaliações periódicas para o andamento das ações prometidas.

Ser a terceira cúpula é fato por si mesmo promissor. Quem faz corpo mole nem chega à segunda. Na época em que o Pacto de Letícia foi assumido, notícias sobre gripes fortes e pneumonias graves apenas começavam e ninguém jamais poderia supor que eram os primeiros sintomas, ainda incompreendidos, da grave pandemia que já no ano seguinte viria a assolar a humanidade.

Hoje o mundo é outro. Os chefes de Estado amazônicos ou representantes se reuniram para refirmar aqueles compromissos sem que a pandemia já esteja de todo debelada, há muito medo de piora no clima e os parlamentos europeus fazem fortes exigências para aprovar acordos com países sul-americanos.

O conceito de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) ganha apoio em progressão geométrica e nas eleições mais recentes os grupos “verdes” recebem votações crescentes. É um mundo mais exigente, pois, que o de 2019. Daí a importância de reafirmar os compromissos de Letícia para destravar investimentos e melhorar nossa imagem no exterior.

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A pacificação

E da conveniência dos raposões do MDB, o senador Confúcio Moura que atualmente controla a legenda e o ex-governador Valdir Raupp, derrotado no pleito ao Senado em 2018, um acordo pela pacificação da legenda. Rompidos desde a convenção estadual que se transformou em pancadaria e redundou em grandes perdas ao partido como a derrota do candidato ao governo Maurão de Carvalho arrasado nas urnas e o fracasso do então senador e a então deputada Marinha, o partido desunido será presa fácil para os adversários na campanha do ano que vem.

Os recordistas

O ex-senador Valdir Raupp é o recordista de votos em eleições ao Senado em Rondônia. Sua esposa, Marinha é recordista de votos e de mandatos seguidos a Câmara dos Deputados. Mesmo com tudo isto tombaram em 2018. A volta do casal ao Congresso em 2022 vai depender muito de um acordo político com o provável candidato ao governo do partido, o senador Confúcio Moura, que é um clamor das bases. Se depender de Confúcio, o partido lançará uma mulher, a senadora Maria Elisa, mas nos bastidores os dois já correm o trecho pelo estado prospectando as possibilidades de mais um mandato para a legenda.

Faro apurado

Mas que ninguém diga que o ex-governador e ex-senador Valdir Raupp não tenha um faro político apurado. Ele tinha pleno conhecimento que Confúcio vivenciava seu melhor momento em 2018 e um embate com ele seria trágico, como foi. Por isto, Raupp tentou de todas as formas barrar a candidatura do então adversário. E tinha tudo na mão para isto: apoio do diretório nacional, controle dos convencionais estaduais, enfim tinha o juiz, o bandeirinha, a torcida e jogava com 11 contra nove do adversário em campo. Não contava, no entanto, com algumas traições pontuais de algumas crias políticas suas, como Willians Pimentel, o seu brutus naquela contenda.

Lambendo as feridas

Depois de quase quatro anos lambendo as feridas, Valdir Raupp está de volta e dependendo mais do que nunca de um acordo político com Confúcio para voltar ao pódio. Raupp é soberano na Zona da Mata e com apoio de Confúcio no Vale do Jamari ficará bem competitivo na disputa ao Senado. Do seu lado, Confúcio depende muito dos Raupps na região do café e zona da Mata, para galgar o segundo turno, num eventual embate épico com o ex-governador Ivo Cassol, que larga como franco favorito nesta jornada e onde o governador Marcos Rocha já começa a mostrar os dentes defendendo seu poleiro no CPA.

Nomes emergentes

Ao mesmo tempo em que o MDB vai resolvendo sua vida para 2022, e sabe-se que a legenda unida é forte, pois já elegeu os governadores Jeronimo Santana (Porto Velho), Valdir Raupp (Rolim de Moura) e Confúcio Moura (Ariquemes) – e ainda teve Ângelo Angelim (Vilhena) nomeado na transição com Teixeirão - alguns nomes emergentes já estão em campo para disputar o CPA. O senador Marcos Rogério (União Brasil), o deputado federal Leo Moraes (Podemos) e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB). Todos torcendo para o favorito Cassol continuar inelegível e Confúcio se aposentar.

Via Direta

*** Cercada de grande expectativa a definição partidária do presidente Jair Bolsonaro, já que sua opção causará uma grande revoada de deputados federais e senadores por todo o Brasil *** Alguns presidenciáveis já estão caindo pelas tabelas, inclusive o atual governador de São Paulo João Dória,  muito desgastado em seu estado por apunhalar seu padrinho político Geraldo Alckmin que mesmo assim vai ponteando as pesquisas para o Palácio Bandeirantes *** Dória até assemelha parentesco com Expedito e Cristiane já celebrizados por traições políticas em Rondônia *** Lideranças políticas  já decadentes no estado buscam voltar a ribalta no pleito de 2022, casos do ex-deputado federal Lindomar Garçom (Porto Velho),  e ex-estadual Só na Bença. Boa sorte! 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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