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Carlos Sperança

O Ministério da Amazônia + Paliçadas reforçadas + Cadê as reviravoltas?


O Ministério da Amazônia + Paliçadas reforçadas + Cadê as reviravoltas? - Gente de Opinião

O Ministério da Amazônia

Pedro II dizia que a forma como as eleições eram feitas no Brasil, de papel fraudável a eleitor coagido por armas, “são a origem de todos os nossos males políticos”. A República veio para corrigi-los, mas há uma batalha ferrenha entre os crentes na deusa tecnologia e os negacionistas, que duvidam de tudo. A rigor, a origem dos males políticos é não ter que cumprir o prometido na campanha eleitoral. Se não fosse a cara de pau de muitos governantes, ficariam ruborizados de vergonha quando comparados com o que prometeram até as eleições.

Nesta campanha eleitoral é impossível fugir do assunto Amazônia, o principal do mundo, considerando a necessidade global de clima ameno e do Brasil de vencer o atraso e a pobreza. Item vital nesse sentido, é natural que mereça dos diversos candidatos variações mais ou menos coloridas da promessa de aprofundar a democracia para que os povos e forças políticas e econômicas da região decidam seu próprio destino.

A proposta básica é um “Ministério da Amazônia” entregue a um conselho de forças políticas e econômicas. Na primeira divergência do Conselhão o presidente nomearia um ministro seu, contingenciaria as verbas e tudo voltaria à vaca fria. Se a primeira regra é não cumprir o prometido, a segunda, caso prefira simular que cumpriu, é dizer que tentou, mas não conseguiu porque algum ET ou demônio impediu.

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A homenagem

Acompanho as jornadas eleitorais há décadas em Rondônia e nunca vi em horário eleitoral homenagens aos ex-governadores do estado. Coube ao ex-governador Daniel Pereira (um migrante paranaense), que disputa o CPA atualmente, fazer a lembrança no horário gratuito enfatizando a passagem e destacando feitos dos ex-governadores Jorge Teixeira de Oliveira, o Teixeirão (natural do RS), Jeronimo Santana (Goiano), Oswaldo Piana Filho (Rondoniense), Valdir Raupp (Catarinense), José Bianco (Paranaense), Ivo Cassol (Catarinense), Confúcio Moura (Goiano), os últimos dois reeleitos. Valeu, Pereirinha!

Paliçadas reforçadas

Não tenho dúvidas da posição consistente no tabuleiro das pesquisas eleitorais, da vanguarda do atual governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) rumo ao previsível segundo turno. Se vê que a prioridade atribuída aos governadores que se reelegeram, que é o pagamento do funcionalismo rigorosamente em dia, a quitação dos serviços prestados pelos fornecedores, a saúde animal (os bovinos são melhores tratados que os humanos por causa da economia), funciona. Dificilmente, embora com alguns equívocos que podem virar problemas para ele mais tarde, alguém vai tirar ele do poleiro na liderança no primeiro turno.

A visibilidade

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) que pleiteia a reeleição fez uma verdadeira blitz em Porto Velho durante a semana e com isto melhorou muito a visibilidade da sua candidatura, já que muitos ainda não acreditavam que levaria a cabo este projeto. Misturou na sua agenda a receita, de bastante ação nas mídias sociais, entrevistas em emissoras de rádio e televisão, e aquele sistema mais tradicional de visitações nos principais centros comerciais da capital rondoniense, algo ainda muito apreciado pelos eleitores. Acir veio demarcar território em Porto Velho, reduto onde teve excelente votação em pleitos passados.

Cadê as reviravoltas?

Fui indagado durante a semana cadê as reviravoltas tão rotineiras nas campanhas políticas em Porto Velho. Calma gente, os efeitos manadas ocorrem por aqui nos últimos dias anteriores as eleições e geralmente as zebras aparecem de surpresa. No entanto, algumas coisas me parecem seguras já: 1- O governador Marcos Rocha (União Brasil) tem um teto confortável para a passagem ao segundo turno 2 – Os candidatos mais votados   a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados devem ser bolsonaristas 3 – Rocha é quem vai levar mais bordoada a partir de agora numa busca de polarização dos demais concorrentes 4 – O punhal da traição já está afiado em alguns comitês de campanha.

A polarização

Embora os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT-CE) e Simone Tebet (MDB-MS) terem crescido nas sondagens eleitorais nas últimas semanas, a cada dia se vê que o Brasil não escapará da raivosa polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL-Rio de Janeiro) e Luís Inácio Lula da Silva (PT-SP) no pleito de 2 de outubro. Também é previsível uma eleição em dois turnos e o favoritismo do ex-presidente Lula para a segunda etapa, unindo as oposições. Mas seja quem vencer o pleito presidencial vai enfrentar grandes desafios em 2023.

Via Direta

*** Dois ex-deputados federais, Luiz Claudio (Rolim de Moura) e Lindomar Garçom (Porto Velho) aceleram a campanha visando o retorno à Câmara dos Deputados no pleito de outubro *** Luiz Claudio já sem dividir sua base com a deputada Jaqueline Cassol que disputa o Senado, Garçom com apoio da Igreja Universal em todo o estado *** No Cone Sul rondoniense o racha de votos entre Evandro Padovani (PSC) e Rosani Donadon (PSD) pode resultar em mais uma legislatura com Vilhena fora  da representação no Congresso Nacional. Melhor para a região descarregar voto útil apenas num neles *** Não bastasse, ainda tem Wivelando Neiva (União Brasil-Cerejeiras) fragmentando o eleitorado na região e bicando por lá Mauricio Carvalho (União Brasil-Porto Velho) marcando presença na região.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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