Segunda-feira, 9 de junho de 2025 - 08h24
Se
uma vigarice com dados for possível, ela será feita, de acordo com a Lei de
Murphy, que deveria ser só uma brincadeira, mas ficou famosa por tratar de
coisas impossíveis que mesmo assim acontecem, alargando os limites da lei real
das probabilidades. Diariamente gente acostumada a roubar do erário é apanhada,
seja em desvios grosseiros facilmente rastreáveis como em sofisticadas
operações que só depois de muita ostentação de riqueza sinalizam para a origem criminosa.
No
caso do mercado de carbono, como tudo que envolve altas somas, a demora em
determinar todas as regras do jogo, em benefício da nossa floresta, as margens
para a ação ilegal precisam ser fechadas para que a verdade se imponha e valores
justos se estabeleçam com leis claras. Regras fluidas e imprecisas resultam em greenwashing,
uso enganoso de propaganda por empresas que sem entregar sustentabilidade a
falsificam na aparência, cometendo um deslize criminoso para mascarar atos
desumanos.
Houve
um caso claro dessa prática em certificações concedidas a áreas griladas com créditos
vendidos a multinacionais. O economista Sergio Volk defende a construção de uma
infraestrutura de dados espaciais a partir de árvores georreferenciadas com
sensores, mapeamento fotográfico e monitoramento por drones para rastreamento
contínuo. Há tecnologia para isso. É só o caso de a usar já.
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A representatividade
Desde
a eleição de 1982, a primeira realizada no estado para o Senado, Câmara dos
Deputados e Assembleia Legislativa, os principais polos regionais do estado têm
garantido boa representatividade nas esferas estaduais e federais. O Cone Sul
rondoniense, teve um governador –Ângelo Angelim, nomeado em 1985 substituindo o
então governador Teixeirão – e um senador, Sartori com mandato tampão e deputados
federais do porte de Reditário Cassol, Arnaldo Lopes Martins e Natan Donadon. A
Região do Café além de um prefeito destacado, Divino Cardoso contou com deputados
federais do prestigio de Jabes Rabelo e Nilton Capixaba, atuantes, mas que sujaram
a imagem daquela região com comportamentos inadequados como parlamentares.
Liderando a BR
Mas
com toda certeza, Ji-Paraná é quem mais se destacou no cenário político
regional. Desde a primeira eleição em 82, emplacou deputados federais, como Orestes
Muniz e Assis Canuto que também foram vices govenadores, assim como Airton Gurgacz.
Jipa elegeu José Bianco governador e senador, Acir Gurgacz eleito senador, que se
destacou na comissão de infraestrutura do Senado com um grande trabalho. Mais recentemente
Marcos Rogerio tem assumido protagonismo e a deputada federal Silvia Cristina
com asas crescidas. O Vale do Jamari, com certeza, também assumiu protagonismos.
Elegeu Ernandes Amorim ao Senado, elegeu e reelegeu Confúcio Moura ao governo
estadual e atualmente ele mantém o cargo de senador.
Criadouro de lideranças
Com
uma população bem inferior ao Cone Sul rondoniense, a Região do Café, a região
central de Ji-Paraná e Vale do Jamari, não se pode esquecer um grande destaque,
um município que se tornou um verdadeiro criadouro de lideranças políticas, que
é Rolim de Moura e a sua região da Zona da Mata. Daí emergiram os governadores Waldir
Raupp e Ivo Cassol (este eleito e reeleito), o senador Expedito Junior. Raupp e
Cassol também foram senadores e tantos deputados federais destacados no cenário
político, como Marinha Raupp a grande campeã de mandatos e a recordista de
votos a Câmara dos Deputados até os dias de hoje.
Eleições 2026
Nas
eleições de 2026, haverá uma grande peleja nos principais polos regionais para
ampliar suas representatividades. Mas algumas regiões poderão ser prejudicadas
pelo divisionismo político. Só Ji-Paraná, que cito como exemplo, terá pelo
menos 15 nomes disputando as oito cadeiras a Câmara dos Deputados, num ambiente
que pode sacrificar nomes mais expressivos, como os ex-prefeitos Jesualdo Pires
e Esaú Fonseca, além do deputado estadual Laerte Gomes, também com grande
cotação para a disputa deste cargo. Bem representada na Assembleia Legislativa,
com três parlamentares (seriam quatro, já perdeu um, Afonso da Mabel que virou
prefeito), o divisionismo também poderá prejudicar algumas reeleições.
Um desafio
Com
lideranças políticas do interior do estado armadas até os dentes para a disputa
das oito cadeiras da Câmara dos Deputados, Porto Velho tem como desafio manter
a metade da bancada de parlamentares naquela casa legislativa nas eleições do ano
que vem. Atualmente são Mauricio Carvalho, Fernando Máximo, Cristiane Lopes e
Coronel Crisostomo. Os outros quatro são do interior, como o ex-prefeito de
Ariquemes, Thiago Flores, Lucio Mosquini (Ouro Preto do Oeste), Silvia Cristina
(Ji-Paraná), Lebrão (São Miguel). O último está perdendo a cadeira para Rafael
Fera, de Ariquemes. Lembrando que o interior tem dois terços dos eleitores do
estado e se unir, pode eleger até seis dos oito parlamentares que Rondônia tem
direito.
Uma tendência
Quanto
as eleições ao Senado, a tendência é o interior emplacar mais uma vez os dois
senadores. Os dois nomes de expressão em Porto Velho para a disputa, o
ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil),
são as duas grandes lideranças na capital, mas no interior do estado, onde estão
concentrados dois terços do eleitorado rondoniense, terão dificuldades em lídar
com o bairrismo existente. Atualmente os três senadores são do interior: Confúcio
(Ariquemes), Marcos Rogério (Ji-Paraná), Jaime Bagatolli (Vilhena).
Via Direta
*** Com as negociações avançando o MDB e
os Progressistas vão sacramentando uma federação para as eleições do ano que
vem *** Já,
o PSDB e o Podemos estão com as coisas mais adiantadas para a fusão. O PSDB já aprovou
em convenção nacional o acordo só faltando o Podemos realizar sua convenção de
aprovação *** Vamos ver os reflexos
destes acordos nacionais em Rondônia. MDB e Progressistas se entendem, já o
PSDB e o Podemos tem lideranças antagonistas, que são o ex-prefeito Hildon Chaves
(PSDB) e o atual prefeito da capital Leo Moraes (Podemos) *** A fusões
ocorrem visando a sobrevivência dos partidos e aumento na arrecadação do fundão
partidário.
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