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Carlos Sperança

Gigantes diminutos + A prioridade dos partidos + Carta branca a Bolsonaro + Ivo Cassol em campo


Gigantes diminutos + A prioridade dos partidos + Carta branca a Bolsonaro + Ivo Cassol em campo - Gente de Opinião

Gigantes diminutos

Foi recebido com preocupação recente estudo de pesquisadores brasileiros e estrangeiros baseado em informações reunidas nos últimos 40 anos pelo Projeto de Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais do Inpe apontando que alterações no tamanho dos pássaros tiveram o aquecimento global como causa. Em sua fragilidade, os pássaros respondem muito rapidamente às alterações climáticas e ambientais.

Seria importante que os surpresos com a desgraça dos pássaros procurassem conhecer estudos anteriores ignorados que mediram o impacto de alterações ambientais sobre um bicho tido como ainda mais importante: o próprio ser humano. Antes atribuído à fome e à miséria, o fenômeno da redução de tamanho em crianças nascidas em países pobres passou por cima da consideração de que os pais dessas crianças também eram pobres mas não tiveram o tamanho reduzido por conta disso. 

Desde 2013 pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA) avisam que as emissões de poluentes e mudanças climáticas acarretam diminuição de tamanho de mamíferos e podem causar nanismo. O fenômeno nem é novo: ocorreu há 55 milhões de anos em condições de aquecimento que recomeçam a aparecer. Textos antigos relatam que gigantes habitavam a Terra. É preciso impedir que os cérebros sequem, perdendo a capacidade de criar soluções para os problemas da atualidade.

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A prioridade

A prioridade dos partidos políticos nas eleições de 2022 é a formação das nominatas de candidatos à Câmara dos Deputados. Ocorre que as verbas destinadas ao fundão eleitoral serão rateadas de acordo com a representatividade das agremiações no Congresso Nacional. Daí a preocupação dos diretórios regionais em formar boas listas de candidatos em condições de eleição. Neste aspecto em Rondônia, o governador Marcos Rocha que está assumindo o União Brasil tem uma das composições mais fortes para o pleito de outubro seguido do MDB de Confúcio Moura.

A Desagregação

Impressiona como o atual presidente Jair Bolsonaro é desagregador politicamente. Dos possíveis presidenciáveis para o pleito de 2022, vários deles eram da sua base na eleição de 2018 e agora estão na oposição.  Alguns até fizeram dobradinha com ele, casos de João Dória e Eduardo Leite. Ex-ministros como Sérgio Moro, Mandeta e outras lideranças populares insatisfeitas tomaram outros rumos. Também boa parte dos militares, muitos que estiveram no próprio governo do mandatário já embarcaram em naus oposicionistas. Bolsonaro se socorreu no Centrão, cujos políticos num primeiro sinal adverso com pesquisa negativa caem fora se bandeando para os adversários.

 Carta branca

Com receio de perder a importante adesão do presidente Jair Bolsonaro para o PP, União Brasil ou outra legenda em estudos, o PL concedeu carta branca ao presidente Bolsonaro para a escolha dos candidatos a governadores nos estados. Alguns nomes para as disputas dos governos estaduais já estão sendo ventilados, como Onix Lorenzoni no Rio Grande do Sul, Tarcísio de Freitas em São Paulo, Ronaldo Caiado a reeleição em Goiás, Marcos Rocha a reeleição em Rondônia, Antônio Denarium em Roraima, entre tantos outros candidatos já vitaminados politicamente.

Ivo em campo

Já se livrando das principais amarras na justiça eleitoral, o ex-governador Ivo Cassol entra em campo para disputar um terceiro mandato em Rondônia. Depois de duas gestões no Palácio Presidente Vargas, a próxima poderá ocorrer no Palácio Rio Madeira, cujas obras começaram na sua segunda administração. Terá um confronto direto com o ex-governador Confúcio Moura, um cara carne de pescoço, vira-vira de eleições e       que já derrotou aliados de Cassol, como os seus compadres Expedito Junior e João Cahula. Para reforçar suas paliçadas na capital ele tem como candidato ao Senado preferencial seu afilhado político Leo Moraes (Podemos) que apoiou em disputa  a prefeitura de Porto Velho.

As nominatas

Tanto Ivo Cassol como Confúcio Moura se elegeram duas vezes ao governo de Rondônia e com a popularidade adquirida se elegeram ao Senado. Neste momento ambos enfrentam dificuldades para formar boas nominatas a Câmara dos Deputados, cuja representatividade será a fonte de recursos do fundão eleitoral futuro. De qualquer forma, o PP de Ivo tem a deputada federal Jaqueline para abrir sua nominata, o MDB com Lucio Mosquini. Sendo candidato ao governo estadual o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves teria a deputada Mariana Carvalho liderando sua lista de postulantes.

Via Direta

*** Nas pesquisas de final de ano se constata o presidente Jair Bolsonaro perdendo folego nos principais estados que ganhou a eleição dos petistas em 2018, casos do Acre, Rondônia, Roraima e Rio de Janeiro *** Mas ainda é poderoso nestes estados e contará em seu palanque pelo menos uma dúzia de governadores pelo Brasil afora, o que poderá fazer a diferença em seu favor para o segundo mandato *** Por outro lado, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro que fez os pilantras do PT e do centrão urrar com a Operação Lava Jato começa a se consolidar como a terceira via *** Mas por enquanto Moro atinge mais o eleitorado conservador entrando na seara do presidente  Bolsonaro, algo conveniente para Lula *** Mas se Moro prejudica Bolsonaro, o pedetista Ciro Gomes, muito forte no Nordeste, ferra o  petista Lula de acordo com as primeiras sondagens.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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