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Carlos Sperança

A profecia de Nixon - As conversações - Muita trairagem - Fizeram história


A profecia de Nixon - As conversações - Muita trairagem - Fizeram história  - Gente de Opinião

A profecia de Nixon

Presidente dos EUA cuja façanha foi um vantajoso acordo com o líder chinês Mao Tsé-Tung, Richard Nixon fez em 1971 duas declarações importantes sobre o Brasil. “Para onde for o Brasil, irá a América Latina”, a primeira, foi dita ao receber o general Emílio Médici em Washington. Depois, encontrando o então primeiro-ministro britânico Edward Heath nas Bermudas, disse que “o Brasil é, acima de tudo, a chave do futuro”.

Na época, a imagem do Brasil no exterior era a do futebol tricampeão mundial, do milagre econômico e do sonho turístico de ir ao Carnaval do Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa. Quarenta anos depois, a imagem do Brasil no exterior é péssima. O futebol até vai bem, mas a economia faz água por vários furos e o turismo só vai decolar quando a má imagem se desfizer.

Por seu potencial, entretanto, é preciso resgatar a visão positiva do ex-líder americano sobre nosso país. Hoje, quando se fala no Brasil lá fora, as imagens que vêm à cabeça não são mais de futebol ou Carnaval, mas da Amazônia queimando e o clima piorando. É urgente reverter isso. Adaptando a visão otimista de Nixon à realidade atual, é possível dizer que para onde for a Amazônia vai não só a América Latina, mas o mundo. A profecia de Nixon, por sua vez, pode ser adaptada para a noção de que “a Amazônia é, acima de tudo, a chave do futuro”. Há 40 anos isso já era uma grande responsabilidade. Hoje, muito mais.

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As conversações

O que se vê neste período de indefinições sobre a sucessão estadual, é todo mundo conversando com todo mundo para entender o que está acontecendo em mares revoltos. Formam-se blocos que são desfeitos de uma hora para outro. Prováveis candidatos ao governo estadual buscam alianças, discutem acordos com lideranças, mas nada tem sido acertado. Nos meios governistas o que se sabe é que a articulação do presidente Jair Bolsonaro entrou em cena em Rondônia para com conciliar as correntes bolsonaristas no estado visando com isto uma grande vitória no ano que vem.

Um desafio

 Mas juntar no mesmo palanque o governador Marcos Rocha, o senador Marcos Rogério e o ex-governador Ivo Cassol é um desafio. Neste momento ninguém arreda o pé de cabeça de chapa, ou seja, de candidaturas ao CPA. Rocha está firme na reeleição, o senador Marcos Rogério, numa carreira ascendente só deixaria de concorrer ao Palácio Rio Madeira diante de uma convocação ministerial. Ivo Cassol por enquanto é o grande beneficiário das pesquisas, saltou na frente com grande vantagem sobre os concorrentes bolsonaristas.

Muita trairagem

As movimentações politicas começam a se intensificar visando as trocas na janela partidária que será aberta em março do ano que vem. Mas algumas mudanças já estão acontecendo no estado e o PSB, de Mauro Nazif tem sido muito beneficiado, recebendo adesões de outras agremiações. O Solidariedade, de Daniel Pereira, está perdendo algumas lideranças. O Coronel Ronaldo Flores, que foi candidato a prefeito, está trocando o Solidariedade pelo PSB para disputar uma cadeira a Assembleia Legislativa ao lado de Alan Queiros. Tudo indica que o petista Lazinho da Fetagro também está migrando para o PSB.

Fizeram história

Dos oito deputados federais eleitos em 1982 por Rondônia, cinco já foram para o andar de cima. Mucio Athaide (PMDB-Porto Velho), Chiquilito Erse (PDS-Porto Velho), Olavo Pires (PMDB-Porto Velho) Rita Furtado (PDS-Cacoal) Leonidas Rachid (PDS-Porto Velho). Sobreviveram as intempéries, Francisco Sales (PDS-Ariquemes) ainda na ativa e será candidato a deputado estadual no ano que vem, Assis Canuto (PDS-Ji-Paraná) e Orestes Muniz (PMDB-Ji-Paraná) que também foram vice-governadores e já penduraram as chuteiras

Estado do Guaporé

Em virtude de uma imagem extremamente suja, face ao boom do tráfico de drogas em Rondônia, mais uma classe política envolvida em escândalos vultosos propagados pela mídia nacional, surgiu na década de 90 a ideia de mudar o nome do Estado de Rondônia para o Estado do Guaporé. A proposta chegou a ser defendida por deputados federais, mas ao final de tudo desistiram da medida, já que, então, seria necessário alterar e nome do Estado todo ano, pois os políticos seguiam se envolvendo em falcatruas e enlameando nosso estado pelo mundo afora.

Via Direta

*** Depois da região de Ouro Preto do Oeste, se formaram outras duas grandes bacias leiteiras em Rondônia: Em Nova Mamoré, próxima a fronteira com a Bolívia e em União Bandeirantes, o mais progressista distrito de Porto Velho   *** Desde as eleições de 1982 que a Câmara de Vereadores de Porto Velho produz deputados estaduais, numa média de pelo menos três por legislatura *** Em 1982, por exemplo, foram eleitos Amizael Silva, Cloter Saldanha da Mota e João Dias. Este último representava na capital municípios da BR que  ainda não contavam com Câmaras de Vereadores *** Desde então os vereadores da capital e tornaram verdadeiros predadores dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Rondônia *** O cultivo da soja chega com força no sul do Amazonas.   

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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