Quarta-feira, 23 de abril de 2025 - 16h06
De 22 a 25
de abril, o Centro de Cultura e Formação Kanindé, em Porto Velho, será palco de
um encontro que reunirá 40 indígenas de Rondônia e do sul do Amazonas para uma
importante troca de conhecimentos sobre bioeconomia, gestão territorial e o uso
de tecnologias na proteção dos territórios indígenas.
A
iniciativa, que promove o diálogo entre saberes tradicionais e inovações
tecnológicas, tem como foco o fortalecimento das estratégias de defesa dos
territórios indígenas e da biodiversidade amazônica. A programação será
dividida em módulos temáticos, com atividades práticas e rodas de conversa que
abordarão desde rastreabilidade de produtos até o uso de drones para o
monitoramento de ameaças que atingem o território.
No primeiro
dia, os participantes serão introduzidos aos conceitos de bioeconomia e à
importância da integração entre práticas ancestrais e modelos sustentáveis de
desenvolvimento. Serão discutidas também ferramentas para garantir a
rastreabilidade de cadeias produtivas como as da castanha e açaí, fundamentais
para a valorização econômica e proteção dos territórios.
O segundo
dia será dedicado ao uso de tecnologias digitais para proteção territorial.
Entre os destaques estão as ferramentas Meu Território e Minhas Matrizes, que
possibilita a identificação quase em tempo real de desmatamentos, além do
mapeamento e monitoramento de árvores produtivas.
Na terceira
etapa do encontro, agentes ambientais indígenas apresentarão experiências de
sucesso, boas práticas e aprendizados adquiridos em ações de monitoramento
territorial. Serão discutidas ainda estratégias de articulação institucional e
documentação como instrumentos para fortalecer a defesa dos territórios.
Nos últimos
dias, os participantes receberão treinamento técnico no uso de drones para
vigilância ambiental. A programação inclui atividades de campo, com simulações
de planejamento de rotas, coleta de imagens e análise de dados, especialmente
voltadas para áreas de difícil acesso.
Mais do que
uma formação técnica, o encontro visa criar redes colaborativas entre
comunidades, instituições e parceiros, construindo estratégias coletivas de
proteção territorial. A proposta é unir tecnologias aos conhecimentos
ancestrais de cada povo, promovendo uma abordagem eficaz para a preservação da
floresta e a segurança das populações indígenas.
A formação integra as ações de dois projetos
voltados à proteção territorial e fortalecimento das comunidades indígenas na
Amazônia.
O primeiro é o Projeto Rede Floresta, desenvolvido
pelo Instituto Centro de Vida (ICV) com apoio do Ministério das Relações
Exteriores da Noruega (MFA) e da Iniciativa Internacional para o Clima e
Florestas da Noruega (NICFI). Em Rondônia, o projeto conta com a parceria da
Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e das associações indígenas Jupaú,
Apoika, representando os povos Uru-Eu-Wau-Wau e Karipuna, respectivamente.
Já o segundo projeto é o Guardiões da Terra, uma
iniciativa liderada pela Kanindé em parceria com a organização sueca
Regnskogsföreningen e com as associações indígenas dos territórios Pirahã, Nove
de Janeiro, Ipixuna e Jiahui. Juntas, essas ações buscam fortalecer a autonomia
das comunidades na vigilância e proteção dos seus territórios, unindo saberes
tradicionais e tecnologias inovadoras.
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