Porto Velho (RO) domingo, 6 de julho de 2025
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Opinião

Opinião: Tempo e satisfação do cliente


 
(*) Cristiana Prado Gomes

Um dos dados de pesquisa aos quais os gestores estão mais atentos é o da satisfação do cliente – seja quando se considera como ‘cliente’ a família ou o aluno. Parece uma preocupação natural: uma comunidade satisfeita tende a ser fiel e provavelmente terá um efeito viral, gerando o sonhado boca a boca positivo. Mas é preciso cuidado, e por diversas razões.

Em primeiro lugar, porque a ideia da satisfação é genérica. Uma comunidade pode estar satisfeita temporariamente com a escola simplesmente porque a instituição não lhe impõe desconfortos, não exige muito dos alunos e dá a impressão de que tudo é permitido. Mas ela não pensará duas vezes em trocar por outra que ofereça o mesmo laissez-faire e alguma vantagem a mais.

No sentido inverso, muitas das escolas mais concorridas, dessas que têm fila de espera, pouco se preocupam em satisfazer pais e alunos. Estabelecem condições rígidas, negociam pouco, reduzem os momentos de contatos e explicações para os pais, que se queixam, mas não arredam o pé.

Esses dois exemplos, com sinais contrários, apenas ilustram uma recomendação para os gestores: qualquer pesquisa precisa ter o cuidado de permitir análise sobre cada um dos fatores envolvidos, para que se possa diferenciar entre críticas pontuais e insatisfações momentâneas da confiança no trabalho pedagógico realizado.

As pesquisas que analisam a qualidade percebida pelos clientes de instituições educacionais vêm evoluindo. Há especialistas que alertam, inclusive, para o efeito do tempo na percepção da qualidade. Isso significa que a percepção de qualidade das famílias que estão iniciando seu relacionamento com a escola é diferente daquele das famílias que já estão há anos – e os levantamentos costumeiramente realizados não permitem avaliar isso.

Essa ponderação é importante, pois questões que aparentemente impactam de modo semelhante à primeira vista (como no caso do antigo e muitas vezes falso dualismo entre infraestrutura x qualidade de ensino), ao longo do tempo se diferenciam. Para famílias com mais tempo na instituição, parecem prevalecer os critérios ligados à qualidade de ensino.

Essas são informações que podem definir ou redefinir as estratégias da ação da escola e, portanto, devem estar no briefing de qualquer pesquisa que a escola pretenda fazer em 2011. Fique de olho!

(*) Gerente de Marketing do Ético Sistema de Ensino (www.sejaetico.com.br), da Editora Saraiva

 

Gente de OpiniãoDomingo, 6 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

 Hospital Municipal: quando teremos?

Hospital Municipal: quando teremos?

Faz tempo que essa promessa de novos hospitais públicos para Porto Velho está na fila de espera. Na condição de um dependente do Sus, desde que isso

Mais deputados para quê?

Mais deputados para quê?

Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou o número de vagas no parlamento, passando de 513 para 531. Num país efetivamente sério mais representan

Votação do IOF expôs fragilidade da base do governo Lula no Congresso

Votação do IOF expôs fragilidade da base do governo Lula no Congresso

Quarta-feira (25), o Congresso impôs mais uma derrota ao governo do presidente Lula derrubando o Decreto que aumentava o IOF. O governo perdeu mais

Roubalheira no INSS -apenas mais um escândalo

Roubalheira no INSS -apenas mais um escândalo

O esquema que desviou bilhões de reais de contas de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foi apenas mais um

Gente de Opinião Domingo, 6 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)