Segunda-feira, 8 de junho de 2009 - 13h16
Prof. Sílvio Melo*
O pequeno mundo guaporeano agitou-se como um formigueiro a que se vedasse a entrada natural, ao saber sobre o início da pavimentação da BR 429 pelo governo federal. O adeus aos trechos esburacados é algo que as cidades do eixo sonharam juntas, cansadas das agruras de locomoção nas estações chuvosas, o que sempre limitou o crescimento econômico da região, mas não a impediu de se desenvolver, posto que, quem busca sua sobrevivência por estes rincões, tem na força insuperável do trabalho, a coragem que impede os governos constituídos de elaborarem políticas públicas efetivas de apoio a esta miscigenada população.
Não sei se os rondonienses conhecem e gostam de Costa Marques, uma das mais antigas cidades rondonienses. Eu sou um grande fã e por mais que a ideia pareça um pouco gasta, aqui tem tudo pra se tornar um grande pólo turístico do Estado, por se localizar no local mais nobre da Amazônia: o Vale do Guaporé e sua infinitude de riquezas naturais. Existe ainda a carência de investimentos na infraestrutura do município, levando-se em consideração os pequenos aportes de recursos que os administradores estaduais disponibilizaram em governos passados, inclusive no atual; há também entraves como a distância e o difícil acesso aos grandes centros.
Entretanto, as potencialidades turísticas dão suporte necessário para atrair empresários para o setor de serviços ligados à industria turística que, por seu turno deverá gerar emprego e renda para o município. O retorno financeiro para quem investir está garantido posto que, o pacote de belezas naturais que a mãe-natureza desenhou nos rios e nas matas impressiona, além da preciosidade histórica inigualável encravada num bloco de itabirito que é o Real Forte Príncipe da Beira, monumento do século XVIII cuja historiografia necessita de um estudo mais acurado. A divulgação do paraíso que é Costa Marques será a chave do sucesso do empreendedorismo do século XXI.
Evidente que o município precisa ser contemplado com obras de pavimentação das suas artérias, esgotamento sanitário, embelezamento dos prédios públicos e principalmente, urbanização e restauração do porto no rio Guaporé. A prefeitura não tem recursos suficientes para atender esta demanda inicial. Sugerimos então, da assistência das bancadas estadual e federal através de emendas para tal fim. De bom grado também será a ajuda do Governo Estadual que precisará esquecer por um instante o saco de feijão que sempre traz e oferecer projetos e recursos financeiros para ajudar a desenvolver o pólo, até porque, os cofres do Estado também serão beneficiados pela arrecadação advinda desta atividade econômica.
Talvez o nosso temor mais aparente seja a conclusão da obra de pavimentação por completa, sobretudo por ser o próximo ano, época de eleições gerais, o que as vezes restringe a execução de obras. Mas, fica aqui a torcida do povo guaporeano, em especial, dos hospitaleiros e alegres habitantes costamarquenses, cacifados por transformarem o Real Forte Príncipe da Beira num DNA seguro que os fazem exclamar com fontes fidedignas: aqui nasceu o Estado de Rondônia.
*O autor é professor das redes estadual e municipal em Costa Marques/RO [email protected]
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