Terça-feira, 26 de novembro de 2024 - 10h05
Quando em novembro de 1997, escrevi crónica
sobre o grande jornalista Pedro Correia Marques, tentei colher dados
biográficos dessa figura incontornável, da primeira metade do século XX.
Interessava-me mostrar, aos leitores, não o
intelectual, mas o carácter, e como era na vida privada, e no seio da família.
Fiz várias diligencias e consegui contactar
Dona Maria Helena Moreira, residente em Londrina, filha mais nova ( caçulinha)
do famoso jornalista lisboeta.
Após expor o carácter e a bondade do pai,
disse-me como o jornalista conhecera Marcelo Caetano. Transcrevo, palavra por
palavra que me transmitiu:
" O falecido Professor, e ex. - Presidente
do Conselho (primeiro-ministro,) entrou como redator para " A Voz", e
por vezes era preciso fazer noite dentro. A família de Marcelo Caetano era
muito pobre, e o estudante universitário trabalhava para não pesar no orçamento
familiar, mas o dinheiro não dava para andar de táxi. Se o serão era longo, lá
e ia o último " elétrico", e o Marcelo tinha de ir embora a pé.
Perante isso, o meu pai, começou a mandá-lo antes do fim do expediente, para
que ele pudesse apanhar o "elétrico", e ficava fazendo o trabalho
dele: rever textos, corrigir prosas defeituosas, ás vezes ir até à tipografia,
acertar pormenores. É preciso lembrar, que meu pai era então o chefe de redação
e editor do jornal. Vale dizer que Marcelo Caetano lhe ficou sempre grato por
isso, e ao longo da sua carreira profissional (Prof.
Universitário,) e político o tratava sempre de "mestre", com a
maior consideração."
Julgo que o leitor, como eu, desconhecia essa
faceta de Marcelo Caetano.
Pedro Correia Marques, foi sempre humilde,
bondoso e pronto a auxiliar todos que a ele recorriam, por isso acolheu o
universitário pobre, que trabalhava para poder estudar.
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