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ARTIGO: A ALEGRIA INCONTIDA DO FUNCIONALISMO PÚBLICO


 

*Prof. Diogo Tobias Filho

É a treva - como diria aquela jovem personagem da novela “caras e bocas” da Rede Globo – achar que Cassol é amado pelo povo. Falta explicar que povo é esse. Certamente são os sete mil nababos que ocupam cargos de confiança no governo, beneficiados com aumentos exorbitantes praticamente todos os anos, sobretudo porque, formam a linhagem de soldados eleitorais prontos a dar o suor pelo chefe, vislumbrando manter seus rendimentos por mais quatro anos.
Amam o governador também os revendedores dos carros importados que receberam milhões de reais fornecendo Hylux e L200 para as repartições públicas. Ou quem sabe, os seus representantes nos rincões interioranos, bedéis de uma política ultrapassada com reminiscências de coronelismo torpe e agressivo. Defendem Cassol a chusma de beneficiários do dinheiro público como donos de hotéis que ganham rios de dinheiro alojando em suas dependências uma quantidade de cursos jamais vistos na história de Rondônia; fornecedores de livros (quem não se recorda daquelas apostilas impressas no Paraná coberta de equívocos, principalmente a de História de Rondônia?), dos marmitex de Miguel Sena e até os que se deram mal, como no caso daquela quadrilha de carros importados que fraudava o fisco estadual.
Grosso modo, o povo não tem representantes na Assembléia, posto que, quase todos os deputados pactuam com o governo, muitas vezes sequer sabem o que aprovam. Quem faz oposição de verdade é o funcionalismo público, mesmo tendo como objetivo a conquistas de algumas merrecas a mais para o salário (200, 300 reais, não sei...) e recebe em troca múltiplas humilhações do político que se acha acima do bem e do mal. É um contingente que precisa de melhores condições de vida e de trabalho, composto por policiais militares que arriscam perder a vida a qualquer instante com essa onda insana de violência, são os funcionários da saúde que se escalpelam para manter funcionando uma estrutura em estado de coma e os professores, os mais vilipendiados pela legião de capiaus de Rolim de Moura, para quem só há cobranças e cargas de trabalho estafantes.
Na educação, é necessário ser probo, conhecer e analisar a situação das escolas com serenidade. Na prática, o que um pai encontra na maioria dos colégios estaduais, hoje? Carência cada vez mais alarmante de profissionais formados em suas respectivas áreas de trabalho, número insuficiente de servidores de apoio para limpeza, escolas com recursos tecnológicos limitados, não se tem uma biblioteca decente, ambiente sem energia positiva e o número de emergenciais é histórico, nunca dantes visto por aqui. Um horror! Existe ainda os que vaticinam uma possível “Revolta dos capiaus” caso a justiça casse em definitivo o mandato de Ivo Cassol. Sou contra a qualquer condenação sem provas, entretanto, parece-me que não é o caso das investigações procedidas até o momento que apontam para coação de testemunhas e sucedâneos.
 O lado positivo da luta do funcionalismo é mostrar que não fomos contaminados pelo complexo do cão vira-lata, pobre animal que baixa a cabeça no primeiro grito. A resistência já dura há sete anos. Por isso, torcer pelo fim do Governo Cassol é pouco. É necessário lutar para catapultar de vez o flagelo da educação da vida pública. Senão, será a treva.
*O autor é professor de filosofia em Ji-Paraná ([email protected]).
 

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