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Meio Ambiente

Operação na Flona Bom Futuro, em Rondônia, reprime crimes ambientais



O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou nesta terça-feira (19) de operação ambiental na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Porto Velho (RO), para coibir desmatamentos e a criação ilegal de gado, além de inibir novas ocupações humanas da região. A operação, envolvendo 367 agentes do Ibama, do Instituto Chico Mendes, da Polícia Militar Ambiental de Rondônia, do Exército e do Incra, foi deflagrada há duas semanas para, segundo Minc, reverter um dos casos mais trágicos de exemplo de omissão pública na área ambiental. CLIQUE E VEJA VÍDEO NO OPINIÃOTV.

Criada em 1988 com 271 mil hectares de área a cerca de 200 km da cidade de Porto Velho, a Flona Bom Futuro começou a ser ocupada desordenadamente a partir de 1995 e 1997, com a instalação na região de dois assentamentos do Incra. Seguiram-se várias ocupações irregulares na região, inclusive simuladas por políticos que ali montaram currais eleitorais. Atualmente, chegou-se a um resultado devastador: cerca de 28% da Flona já foram desmatados, com uma ocupação de 3,5 mil habitantes e 35 mil cabeças ilegais de gado.

"Se continuasse a omissão, em 2013 cerca de 50% da Flona estariam desmatados", avalia o ministro de Meio Ambiente. Até o início da operação, que começou a ser planejada há seis meses, vinte caminhões lotados de madeira cortada ilegalmente saíam diariamente da Flona, abastecendo o negócio de cerca de 30 serrarias que funcionavam nos municípios vizinhos com o faturamento diário de cerca de R$ 100 mil. Na operação de hoje, os donos de um sítio com cerca de 400 cabeças de gado, Cleufas Almeida de Oliveira e Juliane Rocha de Oliveira, foram notificados para que retirem o gado da região em seis meses.

A ida do ministro do Meio Ambiente à Flona teve também um caráter didático para desarmar a onda de boatos na região, principalmente por políticos, de que os moradores que ocuparam irregularmente a Flona seriam expulsos. Minc assumiu publicamente, na operação de hoje, de que a ação visa a manter quem está na região, mas proibindo-se o ingresso de qualquer novo ocupante, obrigando a retirada das 35 mil cabeças de  gado ilegal e proibindo qualquer desmatamento. "Aqui não sai mais madeira, não entra gado e não entra mais ninguém", afirmou Minc ao lado do seu assessor especial, José Maurício Padrone, e do presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Melo.

Agora um dos grandes desafios do Governo será incentivar a implantação de atividades sustentáveis na região como o manejo florestal e o pagamento por serviços ambientais, como o plantio de árvores para dar sustento às famílias que terão de abandonar as atividades ilegais de corte de madeira ou de criação de gado.  A médio prazo, um dos planos do Ministério do Meio Ambiente é implantar uma área de proteção ambiental na região da Flona já desmatada por ocupações humanas antigas e criar, nas áreas ainda preservadas, uma unidade de proteção integral.

Para garantir o sucesso da operação de fiscalização ambiental, o Exército deu apoio logístico com 180 homens e quatro acampamentos. Dez entradas da Flona estão sendo vigiadas e duas guaritas de controle serão instaladas em 15 dias em estradas da região. "O poder público resolveu assumir sua responsabilidade. Chega de omissão. Desmatamento zero", disse Minc.

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