Porto Velho (RO) sexta-feira, 4 de julho de 2025
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Madeireiras de Rondônia aplicam golpe para legalizar toras sem origem



Algumas madeireiras de Rondônia e do Amazonas estão aplicando um novo golpe para legalizar cortes de árvores sem procedência. As empresas transferem créditos dos Documentos de Origem Florestal (DOF) para acobertar o estoque de madeira ilegal, sem origem, nos pátios.

Fiscais do Ibama descobriram a fraude nos estados do Amazonas e de Rondônia.

O município de Lábrea, no Amazonas, é um dos 36 que mais desmataram a floresta, mas a localidade também se destaca em outro crime ambiental.

Em uma área particular do município, um plano de manejo autoriza a extração e comercialização de árvores. Em apenas seis dias no mês de maio, em plena época das chuvas, a propriedade emitiu 54 Documentos de Origem Florestal para transportar mais de dois mil metros cúbicos de madeira em um trajeto de 700 quilômetros.

A quantidade surpreendeu os fiscais do Ibama e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas. Eles fizeram um levantamento e verificaram que foram emitidos um total de 179 documentos entre janeiro e junho para o transporte de quase 5,5 mil metros cúbicos de toras.

Fotos do começo de junho provam que, na época da emissão, não havia sequer uma estrada na propriedade por onde os caminhões com madeira pudessem passar. Tudo estava alagado.

Apenas na semana passada, o acesso local foi concluído, mas a floresta continua intacta. E muito longe de onde as toras teriam sido comercializadas, uma madeireira em Humaitá (AM).

Segundo fiscais do Ibama, o transporte nunca aconteceu. Os documentos foram usados para outra finalidade.

"O dono do projeto de manejo está vendendo créditos para alguém que tem madeira ilegal, para regularizar esta madeira", afirma Paulo Espínola, analista ambiental do Ibama.

No município de Humaitá, cerca de mil árvores teriam sido cortadas até o início de junho. A madeira cortada teria sido levada para Rondon, no Pará.

Rondônia

Fiscais do Ibama descobriram que o mesmo crime é praticado em Rondônia, apesar da proibição do transporte acima de 250 quilômetros de árvores de manejo até madeireiras.

"Achamos agora, recentemente, um transporte de madeira com documento de origem florestal de um município e nota fiscal de outro, com diferença de mais de 1000 quilômetros", diz Osvaldo Pittaluga, superintendente do Ibama em Rondônia.

Fonte: G1

Gente de OpiniãoSexta-feira, 4 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Transição sustentável e os compromissos das empresas no enfrentamento às urgências climáticas são tema da semana do clima na Amazônia

Transição sustentável e os compromissos das empresas no enfrentamento às urgências climáticas são tema da semana do clima na Amazônia

De 14 a 18 de julho, Belém será o centro das discussões sobre o clima na Amazônia com a realização da I Semana do Clima na Amazônia. Este evento est

MPRO lança campanha de prevenção às queimadas em Rondônia

MPRO lança campanha de prevenção às queimadas em Rondônia

O Ministério Público de Rondônia (MPRO) lançou nesta terça-feira (1/7) uma campanha estadual de prevenção às queimadas. A iniciativa é do Grupo de A

Direito à saúde e ao meio ambiente leva MPRO a cobrar ações contra queimadas em Rondônia

Direito à saúde e ao meio ambiente leva MPRO a cobrar ações contra queimadas em Rondônia

O Ministério Público de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo, Patrimônio Histórico, Cultural e Art

MPRO dá continuidade nas estratégias de prevenção e repressão a incêndios florestais em reuniões com diversos órgãos e instituições

MPRO dá continuidade nas estratégias de prevenção e repressão a incêndios florestais em reuniões com diversos órgãos e instituições

O Ministério Público de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial em Meio Ambiente (Gaema), coordenou, na manhã desta terça-feira (24/6), reun

Gente de Opinião Sexta-feira, 4 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)