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Meio Ambiente

INMET contradiz dados divulgados por meteorologista de RO


Em matéria publicada essa semana na versão on-line do jornal O Estadão do Norte, um meteorologista do SIPAM alegou que os índices de umidade relativa do ar em Rondônia estão equivocados. De Brasília, a confirmação do INMET dita que não há nenhum dado errático sobre as variáveis meteorológicas em solo rondoniense.

Daniel Panobianco – A reportagem desta quarta-feira na versão on-line do jornal O Estadão do Norte trouxe um enfoque colhido pelo SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), de Porto Velho, em que um de seus pesquisadores fez uma ressalva afirmando que os dados sobre valores de umidade relativa do ar registrados no Estado não estão de acordo com a realidade. Na mesma nota, o meteorologista ainda afirmou que uma estação meteorológica, ainda estava em fase de testes, portanto, não operando regularmente em Brasília.

Em contato direto com o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) de Brasília, a informação do meteorologista que atua em Rondônia repassada ao jornal local, não confere com os dados da instituição. Para o INMET, não existem dados errados sobre Rondônia e muito menos alguma estação em fase de teste e que esteja fornecendo dados não-confiáveis. Em nota, o meteorologista Luis Cavalcanti do INMET afirma que tal informação prestada pelo pesquisador em Rondônia não confere de maneira alguma.

Confira na integra a matéria divulgada na versão on-line do jornal O Estado do Norte:

"Meteorologista nega que umidade do ar esteja menor

Segundo informações levantadas no Serviço de Proteção da Amazônia (Sipam) ontem (21), pela manhã, afirmam que as informações vinculadas na imprensa do país, foi equivocada, fruto de um erro de leitura de uma estação meteorológica que ainda está em fase de teste (não operacional) em Brasília. A leitura atual aponta 22% de umidade no ar para todo Estado.

Pouco provável
Segundo o Meteorologista Luiz Alves Santos Neto, a umidade nesta casa de 12% é um fenômeno pouco provável de acontecer em Rondônia, isso devido à área de floresta que deixa a umidade geralmente próxima aos 22%.

Estágios
E desde 2000 essa umidade não abaixa dessa marca. Explica ainda que existem 03 estágios a serem observados nesta época do ano: O estado de atenção na casa de 30% a 20% de umidade no ar, o estado de alerta entre 20 a 12% e o estado de emergência de 12 a 0%.

Vai subir
Para o meteorologista já a partir de quinta-feira a umidade deverá subir, devido à chegada de uma frente fria que chega ao sul do país. Para amenizar os efeitos da baixa umidade do ar é recomendado o uso de bacias de água para umedecer o ambiente, principalmente em lugares que possuem ar condicionado (aparelho que diminui a umidade do ar para esfriá-lo), pois pode prejudicar principalmente as crianças, maiores vitimas dessa época do ano, orienta Luiz Alves."

A mesma foi encaminha ao setor de avaliação do INMET em Brasília e sob resposta, a instituição enviou a seguinte nota:

"Fizemos uma análise dos valores mínimos ocorridos nos últimos dias, obtidos em nossas estações automáticas de Porto Velho-RO, Vila Bela-MT, Comodoro-MT e Cotriguaçu-MT. A partir do gráfico em anexo, podemos verificar que os valores mínimos de umidade relativa do ar, registrados nessas estações estão coerentes.
Portanto, as previsões estavam corretas.

Não sabemos a fonte das informações divulgadas, mas fato semelhante sofríamos aqui em Brasília, no período da seca, nas décadas de 80 e 90, quando a imprensa local nos acusava de divulgar valores de umidade relativa do ar acima do que ocorria...

Não haveria motivos para divulgar algo diferente do que ocorreu e afirmamos que não estamos com estação em fase de teste. Todas as nossas estações possuem um sistema automático que, quando detectamos algo diferente ou fora dos padrões, um sistema computadorizado nos avisa de qualquer irregularidade.

Luis Cavalcanti
Chefe CAPRE/INMET
www.inmet.gov.br "

Note nos mapas, cordialmente cedidos (http://wwwdeolhonotempo.blogspot.com/2007/08/inmet-contradiz-dados-divulgados-por.html) pelo INMET, que por cinco dias consecutivos, Rondônia liderou no registro de umidade relativa do ar abaixo de 20%. Recordes registrados por dados de METAR e estações de coletas de dados nos aeroportos de Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena, mostram valores mínimos de até 11% de UR observada em solo rondoniense. Mais uma prova de que temos umidade abaixo de 22% sim.

Talvez, para simples leitores assíduos dos mais diversos sites de noticias do Estado, a informação não tenha validade alguma, mas, diante de todos os dados que rotineiramente são expostos a imprensa, tanto local, quanto nacional, sobre os alertas de baixos valores de umidade em grande parte do Brasil, a informação plausível e coerente jamais pode ser descartada.

Ao contrário da informação prestada pelo pesquisador do SIPAM, Rondônia registra sim índices muito abaixo de 20% de UR. Na mesma matéria do jornal O Estadão do Norte, o meteorologista afirma que desde 2000, o índice de umidade relativa do ar não fica abaixo de 22% em solo rondoniense, pois a área de floresta mantém a umidade em patamares mais elevados.

Essa informação não é verdadeira. Em todos os registros do INMET e CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Espaçais) de Cachoeira Paulista-SP, os dados confirmam que há sim índices alarmantes de umidade baixa em Rondônia. Não fosse por isso, que constantemente, a SEDEC (Secretaria Nacional de Defesa Civil), com base em dados dessas mesmas instituições, divulga alertas em jornais, emissoras de rádio e televisão, sobre os baixos valores de umidade relativa do ar, totalmente nocivos ao ser humano e na maioria das vezes, Rondônia está entre os Estados cujo alerta foi criado. Outra prova maior está nesses mesmos alertas divulgados pela SEDEC, publicados em quase todos os sites de noticias de Rondônia. A mesma previsão que é dita na Voz do Brasil, no rádio e em todos os boletins do tempo nas emissoras de televisão, mais uma vez, Rondônia sempre está entre os Estados cuja umidade é preocupante. Portanto, que fique claro. Rondônia registra sim índices de umidade relativa do ar abaixo de 20% todos os anos.

Não estamos querendo criar nenhuma intriga com a instituição SIPAM. Mesmos leigos, porém não burros, sempre estamos atentos em todas as informações sobre tempo e clima divulgados na imprensa local. Simples dados como estes da umidade podem gerar confusão e suspeita de veracidade nas informações publicadas por parte da imprensa local.

Dados: SIPAM – INMET – CPTEC/INPE – SEDEC
Fonte: De olho no tempo – Rondônia – wwwdeolhonotempo.blogspot.com

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