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Meio Ambiente

Empresas discutem uso de tecnologia digital na exploração de florestas públicas



Representantes do Sistema Florestal Brasileiro (SFB), Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes, Universidade Federal de Rondônia e empresas florestais se reúnem em Porto Velho (RO), entre 13 e 15 de novembro para avaliar a incorporação do Modelo Digital de Exploração Florestal (Modeflora) como uma das tecnologias utilizadas no processo de exploração das áreas de concessão florestal. A primeira área a ser explorada no regime de concessão, regulamentado pela Lei de Gestão das Florestas Públicas, será a Floresta Nacional do Jamari, localizada no estado de Rondônia.

Durante a reunião articulada pelo Sistema Florestal Brasileiro, o pesquisador Evandro Orfanó apresentará a tecnologia, destacando os procedimentos para sua adoção e as vantagens ambientais, sociais e econômicas em relação ao modelo tradicional de manejo da floresta.

Lançado no final de 2007, pela Embrapa Acre (Rio Branco) e Embrapa Floresta (Colombo/PA), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Modeflora vem sendo adotado por empresas madeireiras do Acre, com comprovada eficiência. O alto grau de precisão das informações fornecidas pelo sistema proporciona melhor planejamento, execução e controle da atividade de manejo florestal.

A Lei de Gestão das Florestas Públicas concede a empresas privadas o direito de exploração de áreas da floresta amazônica, por meio de licitação pública e com base em um modelo de produção sustentável. Segundo Orfanó, a adoção do Modeflora pelas concessionárias, além de tornar o manejo da floresta mais rentável, com melhor aproveitamento dos recursos madeireiros, vai garantir maior sustentabilidade à atividade, uma das premissas básicas da concessão de florestas públicas.

Transparência

Com 220 mil hectares, a Floresta Nacional do Jamari abrange os municípios de Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste e Cujubim. As empresas Alex Madeiras, Sakura e Amata, vencedoras da licitação, vão explorar unidades de manejo florestal com 17, 33 e 46 mil hectares, respectivamente, por períodos que variam de 5 a 40 anos. Poderão ser comercializados produtos como madeiras nobres, sementes, frutos e óleos, além do ecoturismo e práticas esportivas. As atividades serão fiscalizadas pelo Ibama e Serviço Florestal Brasileiro.

As concessões públicas permitem a exploração anual de grandes extensões de floresta e isto exige a utilização de recursos tecnológicos que ofereçam informações seguras e precisas nas diversas etapas do manejo. "O modelo tradicional de manejo florestal é falho e, portanto, não oferece confiabilidade para a exploração de áreas públicas. Com um percentual de acerto de 98%, o sistema digital reúne todos os instrumentos necessários para a gestão destas áreas. Além de possibilitar o monitoramento e fiscalização de todas as fases do processo, a tecnologia reduz custos e o impacto da atividade sobre a floresta", afirma Orfanó.

Segundo o pesquisador, a adoção de tecnologias modernas para fiscalização das áreas de concessão é uma exigência prevista em Edital e o Modeflora está entre as alternativas tecnológicas que poderão tornar o processo mais transparente. O sistema realiza o rastreamento da área manejada, utilizando imagens de satélite, e democratiza as informações, permitindo tanto à sociedade civil como aos órgãos ambientais o acompanhamento das atividades pela internet.

Primeira experiência

Na opinião de Orfanó, esta primeira experiência colocará em teste todos os critérios de sustentabilidade da atividade de manejo em florestas públicas. O modelo digital interessa a todos os atores envolvidos na gestão dos recursos florestais do País por que é uma tecnologia funcional e eficaz. "Do ponto de vista empresarial, o que mais pesa na avaliação do sistema é o alto rendimento da atividade de manejo; já os órgãos ambientais levarão em consideração, principalmente, aspectos relacionados à fiscalização e controle", acrescenta.

Os resultados da aplicação do Modeflora em áreas de florestas do Acre despertaram o interesse de instituições de todo o Brasil e diversos estados se preparam para adotar a tecnologia. "Em dez meses a Embrapa Acre realizou 500 horas de treinamento, envolvendo a participação de engenheiros, professores, técnicos florestais e estudantes das várias regiões. A idéia é que os cerca de 50 profissionais treinados no Acre possam apoiar a adoção do sistema em Rondônia, para exploração das áreas licitadas", diz Judson Ferreira Valentim, chefe geral da Embrapa Acre.

Para 2009 estão previstos treinamentos em todos os estados da Amazônia. A expectativa é que a partir daí os planos de manejo desenvolvidos na região, inclusive os comunitários, utilizem o modelo digital de exploração florestal.

Fonte: Embrapa Ac

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