Domingo, 16 de março de 2014 - 21h33
ELSON MARTINS
Editor do Almanacre
Ele foi precoce na boemia. Se enturmou com os mais velhos na pacata Macapá da segunda metade dos anos sessenta e se fez imprescindível. Devia ter uns 16 anos, na época. Era inquieto, divertido e provocador.
Revelava-se, também, quando se falava em cultura, um excepcional ator. Ou escritor, ou um bom contador de histórias. Graças a ele, conheci a poesia fascinante do pernambucano Manuel Bandeira. Ficava pasmo ao ouvir aquele moleque tão chegado à putaria, de modo anárquico, recitar o “Berimbau” com tanta ternura, perfeição e graça:
Os aguapés dos aguaçais
Nos igapós dos Japurás
Bolem, bolem, bolem.
Chama o saci: - Si si si si!
- Ui ui ui ui ui! Uiva a iara
Nos aguaçais dos igapós
Dos Japurás e dos Purus.
Isso era a cara, melhor dizer, espírito e corpo do Meton: “A mameluca é uma maluca/Saiu sozinha da maloca/ O boto bate – bite bite.../ Cruz, Canhoto”!
Ele recitava com as pernas, os braços, retorcia a boca, virava os olhos, imagino que o Manuel Bandeira escangotava de rir lá no céu!
ELSON MARTINS Editor do Almanacre Li o livro do Capi faz algum tempo e sei que ele aguardava que escrevesse algum comentário, mas eu vinha sentindo
ELSON MARTINS Editor do Almanacre As alagações não são novidades na Amazônia. E no Acre temos notícia de que no passado aconteceram algumas maiore
'Na aldeia, você é membro de uma grande família'
Imagem do filme A gente luta mas come fruta, a respeito do manejo em terras Ashaninka /DIVULGAÇÃO ELSON MARTINS Almanacre No período de 2007 a 2010
ALMANACRE Rio Branco (AC) O projeto "Resistir é preciso..." tem um canal de vídeos (Youtube) com trechos de entrevistas dadas por jornalistas que fi