Quinta-feira, 24 de janeiro de 2008 - 09h47
Paula Laboissière
Agência Brasil
Nova Timboteua (PA) - A cidade Nova Timboteua é um dos 31 municípios do Pará que recebem, desde o último dia 14, a Operação Grão-Pará, primeiro pacote de ações do Projeto Rondon para 2008. Outros 13 municípios carentes do Piauí também recebem os rondonistas.
Em Nova Timboteua, a 200 quilômetros de Belém, equipes formadas por seis estudantes da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), de Governador Valadares (MG), e quatro professores buscam estimular no município de pouco mais de 12 mil habitantes a consciência cidadã e o desenvolvimento local sustentável eixos do Projeto Rondon.
A questão do saneamento básico foi uma coisa que a gente chegou aqui, bateu o olho e não tínhamos dúvida de que era o maior problema, afirma Jackson Pereira, professor de Engenharia Civil da Univale e rondonista pela primeira vez.
Ele destaca que a Região Norte apresenta um dos piores índices de saneamento básico do Brasil piores, inclusive, do que os registrados na Região Nordeste. O professor garante que a verba para saneamento básico, destinada pelo governo federal, existe, mas que nem sempre os gestores têm conhecimento do recurso. Todo ano a verba está lá e o município não vai buscar. O dinheiro fica sobrando.
Francisco Alves, coordenador do Departamento de Pessoal da Prefeitura de Nova Timboteua, admite o pouco conhecimento sobre o assunto por parte da prefeitura, mas reconhece nas ações propostas pelos rondonistas esperança para que o esgoto pare de correr nas ruas da cidade em um prazo máximo de dez anos.
A vinda do Projeto Rondon vai clarificar, dar suporte, embasamento e conhecimento de onde buscar esse recurso e de como fazer para buscá-lo. Alves calcula que cerca de 90% dos municípios da região enfrentam o problema da falta de saneamento.
Para Nayanne Almeida, rondonista e aluna de Administração da Univale, o município apresenta uma realidade distante da que é de costume para a maioria dos colegas universitários engajados no projeto. Ela destaca outro problema constatado pelas equipes em Nova Timboteua a deficiência no tratamento da água consumida pela população. A gente viveu na pele a situação e é muito desagradável.
Francisco Mendonça, morador do bairro Barão do Rio Branco, tem a principal rua da cidade como vista da janela de casa, bem como a infestação de urubus atraídos pelo esgoto que corre na avenida. Ele e a família pagam uma taxa de R$ 38 por mês à Companhia de Saneamento do Pará (Cosampa) para receber água potável, mas a situação só melhorou nos últimos dois meses.
Nós tivemos problema. De novembro para trás, não tínhamos água aqui. A gente pagava todo mês, mas não tinha água. A gente paga R$ 38 para ter água todo dia. Ela chega umas 5h30 e vai embora às 21h. Aí, só no outro dia de novo.
Antes de novembro do ano passado, a vizinha de Francisco, Luzia Gomes do Nascimento, lembra que precisava recolher a água do esgoto que corria na porta de casa para sobreviver ao clima quente da região. Ela diz que a taxa paga à Cosampa não é garantia de água potável.
As oficinas e ações do Projeto Grão Pará continuam até amanhã (25), último dia do Projeto Rondon nos municípios. Os rondonistas, entretanto, devem retornar à cidade e a outras nas proximidades de Belém em julho, se houver interesse por parte dos gestores em dar continuidade aos projetos. A prefeitura de Nova Timboteua já se manifestou a favor da proposta de retorno das equipes.
Rondônia se prepara para enfrentamento da estiagem de 2025
Rondônia está se aproximando do período de estiagem, o chamado “verão amazônico’’, que se estende de junho a novembro, onde as chuvas são escassas e a
Na manhã desta sexta-feira, 9 de maio, a comunidade de Nova Mutum Paraná se mobilizou em uma grande ação de cidadania e cuidado coletivo: o Mutirão
TCE de Rondônia cobra ações do Estado para evitar nova crise de queimadas em 2025
O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) reuniu, nesta sexta-feira (2/5), autoridades estaduais para cobrar ações concretas e coordenadas
Viveiro Municipal de Porto Velho amplia doações e distribuição de mudas em 2025
A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) e do Departamento de Proteção e Co