Sábado, 16 de abril de 2022 - 10h33
A decisão de prefeituras por todo o
Brasil de cancelar as festividades de Carnaval em 2022 caiu como um balde de
água fria sobre toda uma cadeia econômica, que vai de eventos a turismo,
passando por restaurantes, hotéis e entretenimento em geral. Isso porque o
empresariado vinha apostando numa recuperação dos negócios com o
enfraquecimento da pandemia de covid-19, após dois anos de perdas devido às
medidas restritivas de movimentação social. Mas a variante ômicron do novo
coronavírus disseminou-se numa velocidade impressionante a partir dos últimos
meses de 2021, obrigando as autoridades a suspenderem os feriados ou pontos
facultativos do Carnaval deste ano, jogando água no chope dos foliões.
Capitais como Rio de Janeiro, Salvador,
Recife e São Paulo, entre outras, já decidiram cancelar desfiles de escolas de
samba e de blocos de rua para impedir o aumento na velocidade de propagação da
covid-19. Ao menos 20 capitais, além do Distrito Federal, já suspenderam todas
as festividades. Cidades menores que possuem carnavais tradicionalmente
turísticos, como Ouro Preto (MG) e São Luiz do Paraitinga (SP), também tomaram
a mesma decisão.
A Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a suspensão do carnaval deste ano
deve tirar de circulação em todo o Brasil cerca de R$ 8 bilhões. Em torno de 25
mil empregos temporários também deixarão de ser criados para a realização das
festas, com base em números de carnavais anteriores à pandemia. Só em Salvador,
um polo carnavalesco por excelência, cerca de R$ 1,7 bilhão em receitas
deixarão de existir. Em São Paulo, o Carnaval movimentaria R$ 1 bilhão pelos
cálculos da Prefeitura, ou 6,5% das receitas anuais com turismo. São recursos
que dariam fôlego a uma extensa rede de negócios interligados, com o Carnaval
funcionando como um ponto em comum. Visitantes dessas cidades gastam em
hospedagem, restaurantes, locadoras de automóveis e transporte por aplicativos,
por exemplo. Muitos aproveitam a viagem para outros municípios e participam de
eventos que ocorrem em paralelo aos desfiles e blocos.
Com a crença de que a pandemia se
encontrava mais controlada, os empresários investiram para o período de verão
de 2022. Dados da Fecomercio-SP apontam que o agravamento da pandemia impediu o
que seria a retomada efetiva do turismo brasileiro. Segundo a entidade, o
período de melhor resultado financeiro para o país, do ponto de vista
turístico, se concentra entre a primeira semana de dezembro e o final do Carnaval.
De acordo com pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e
Restaurantes), 71% dos empresários do setor têm empréstimos bancários
contratados, sendo que 22% estão com pelo menos uma parcela em atraso. Entre os
devedores, 29% têm boletos vencidos há mais de 90 dias. Um bom Carnaval em
2022, significaria um alívio para esses empreendedores.
Resta torcer para que o novo coronavírus perca a força e que as atividades, especialmente desses setores, possam ser retomadas com segurança. Quem sabe, possamos adotar um duplo carnaval – um feriado para descanso em fevereiro e uma festa com desfiles, blocos e demais atividades em abril – como forma de auxiliar na recuperação das perdas financeiras desses setores que foram tão afetados em decorrência da pandemia.
Juliana Vilela
Proprietária da agência Efettiva
Comunicação e Eventos
Instagram:
@juliana.vilela10
@efettiva_eventos
E-mail: [email protected]
Empreendedora do setor de eventos há mais de 10
anos, Juliana Vilela é proprietária da Efettiva Comunicação e Eventos, agência
com destacada atuação no segmento de organização de eventos corporativos e de
entretenimento, com expertise na realização de eventos nos mais diversos
setores. É fundadora do SindiMais um dos maiores eventos do ano para
instituições que reúne profissionais de relações trabalhistas, sindicais e de
RH de todo o Brasil e da Weduc, uma escola de negócios que oferece cursos de
forma online e descomplicada. Foi vice-presidente de Inovação e Qualificação da
ABEOC Brasil - Associação Brasileira de Empresas de Eventos. É formada em
Publicidade e Propaganda pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em
Planejamento e Organização de Eventos, pela FAAP.
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