Domingo, 1 de setembro de 2024 - 07h50
São duas e meia da madrugada da sexta-feira. A enfumaçada Porto
Velho dorme, mesmo com dificuldades para respirar o ar poluído das queimadas.
Em sua residência, o governador Marcos Rocha está acordado, mesmo depois de um
dia intenso de trabalho. Continua disparando ordens, que seus subordinados
lerão tão logo acordem. “Estou com dificuldade de dormir, pois estou reunindo
todos os dias com muitos secretários e comentando as ações que devem ser
tomadas, com urgência, para conter a fumaça e ao mesmo tempo proteger a saúde
da população. Determinei que Sesau, Sedam e Seduc trabalhem juntos. A Sedam tem
como detectar focos dos incêndios em tempo real e também a qualidade do ar. A Sesau
tem o número de casos de problemas respiratórios, em razão da fumaça. A Seduc
deve analisar diariamente os boletins das suas secretarias, para saber onde
pode ou não ter atividade física nas escolas e onde, por necessidade, poderá
instituir ensino online, provisoriamente”. Textualmente, foi o que resumiu
Marcos Rocha, no seu diálogo da madrugada com o autor destas mal traçadas
linhas. O Governador comentou ainda que tem trabalhado arduamente, durante o
dia, noite adentro e na madrugada, “para ampliar a luta contra os incêndios
criminosos, que estão prejudicando a saúde de todos nós e em quase todo o
Brasil”. Relatou que em Porto Velho, “não há mais praticamente focos de
incêndio, mas a fumaça está vindo de outros municípios e também da Bolívia da
Bolívia. Ainda sabemos que, de acordo com o vento, ela vem de Manaus e do sul
do Amazonas”. Marcos Rocha garantiu que toda a sua equipe está trabalhando
muito, com afinco, para que se combatam as queimadas e a fumaça que assusta não
só os porto-velhenses, mas também os rondonienses de diferentes regiões. Como
em Guajará Mirim, onde a Prefeitura também decretou Estado de Emergência,
porque a cidade está tomada pela fumaça, vinda principalmente do lado
boliviano.
O decreto assinado nesta semana, por Rocha, “está pesado”,
porque, segundo suas palavras, o seu governo está muito preocupado com a saúde
de toda a população. As queimadas estão proibidas em todo o território do
Estado durante os próximos 90 dias e quem for pego cometendo este crime,
sofrerá pesadas sanções. Rondônia, mas principalmente sua Capital e a região de
fronteira com a Bolívia, sofreram demais nesta semana, com recordes seguidos de
péssima qualidade do ar. Além disso, os voos da madrugada (por exemplo, todos
que chegariam em Porto Velho na madrugada da sexta-feira) foram cancelados,
pela fumaça e a falta de teto para aterrissagens e decolagens. Cerca de 900
passageiros foram prejudicados, nos três voos que chegariam e depois sairiam
daqui. Em vários trechos da BR 364, a visibilidade não passava dos 100 metros.
Marcos Rocha reforça que há um esforço concentrado para combater o fogo e a
fumaça. Por isso, ele atravessa madrugadas, em busca de alternativas,
disparando ordens para seus secretários. Tomara que todo o trabalho dê
resultados!
QUEIMADAS E DESMATAMENTO: UMA MINISTRA INCOMPETENTE CULPA TUDO,
MENOS A FALTA DE AÇÃO DO SEU GOVERNO
Enquanto rondonienses e população do restante do país sofre com
as terríveis queimadas, que enfumaçam nossas cidades e nossas vidas, a Rainha
das ONGs, Marina da Silva, continua vivendo no seu mundo de ficção, sempre
buscando explicações, algumas esdrúxulas, que caibam dentro da sua ideologia de
esquerda e, mais que tudo, que atendam as exigências destas organizações, já
que são elas quem realmente mandam nas questões ambientais, antes só na
Amazônia, mas agora se também em outras regiões do país. Seu governo, extremamente competente para
mandar a Polícia Federal e outras polícias explodirem balsas de garimpeiros
pobres, com uma eficiência impressionante, para ela, não tem culpa alguma na
tragédia que está se abatendo sobre milhões de brasileiros. Nem o recorde de
queimadas e nem o aumento da devastação da floresta. Primeiro, Marina culpou o
governo Bolsonaro, que terminou há mais de um ano e meio. Ironizada e
tripudiada nas redes sociais, porque a grande mídia fiel não a critica, ela
mudou o discurso. A culpa era da seca. Não colocou, porque tem seca todos os
anos. Daí, começou a falar no seu tema ambiental preferido, que as ONGs adoram
e, também por isso, ela é a Rainha delas: “é o aquecimento global”. Finalmente,
depois de tudo isso, a Ministra que já deveria ter sido defenestrada há muito
tempo, descobriu o óbvio: as queimadas na Amazônia são feitas por criminosos.
Claro que ela não disse isso apenas por ignorância. Mais adiante, certamente,
culpará os agricultores e os produtores brasileiros. Os bolsonaristas, enfim! E
nós temos que aguentar este tipo de gente!!
A HIPOCRISIA DESNUDADA: BOLSONARO
E MOSQUINI LEMBRAM OS ATAQUES CONTRA O GOVERNO ANTERIOR E O SILÊNCIO DE AGORA
A hipocrisia está cada vez mais exposta e, quem foi vítima dela,
começa a expor a situação pelas redes sociais. Em nível nacional, o
ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo lembrando que em seu governo,
“uma faísca na Amazônia” mobilizava a oposição contra ele. Bolsonaro destaca:
era apenas hipocrisia política e nada em defesa real da nossa floresta. Silêncio
total dos mesmos que faziam apenas barulho político. Em nível local, o deputado
federal Lúcio Mosquini foi criativo. Postou-se no mesmo lugar onde gravou um
vídeo em 2022, quando o então governo Bolsonaro (Mosquini era um dos vice-líderes)
era atacado com virulência, porque havia algumas queimadas e fumaça em locais
da região e, agora, no mesmo local, o parlamentar mostrou como está a situação,
muito pior. No meio da BR 364, o deputado cobra: “a fumaça está insuportável. E
eu quero saber da ministra Mariana Silva o que o Ministério do Meio Ambiente
fez para resolver isso. Nós vamos culpar novamente o governo Bolsonaro? Cadê o
Ministério do Meio Ambiente”, questiona Mosquini, ironizando: “vamos continuar
culpando o Bolsonaro?” Ele afirma que vai querer respostas claras do atual
governo, sobre a situação caótica das queimadas e da fumaça que toma conta de
Rondônia e de toda a região. Mosquini, aliás, também divulgou outro vídeo, com
pronunciamento na Câmara Federal, dizendo não aceitar que se culpe os
produtores rurais “pelas queimadas que são feitas por criminosos”!
HORÁRIO ELEITORAL
COMEÇA TÃO GELADO QUANTO A CAMPANHA QUE SE
DESENROLA EM PORTO VELHO
Ao contrário da campanha pela Prefeitura de São Paulo, que fervilha
com a presença de Pablo Marçal, hoje a grande novidade da política brasileira,
a de Porto Velho está pífia, morna, quase parando. O horário eleitoral começou
na sexta-feira, no rádio, com apenas quatro dos sete candidatos levando suas
mensagens. Mariana Carvalho teve um longo e interminável tempo, ao lado do
prefeito Hildon Chaves, ambos garantindo a continuidade do trabalho que foi
feito até agora, muito dele, aliás, com Hildon à frente da Prefeitura e Mariana
trazendo emendas, como deputada federal. “Vai lá Tourinho!”, uma paródia do
grande economista brasileiro Pablo Spyer, quando fala da Bolsa de Valores. Ela
criticou a falta de águia e a má qualidade da saúde na cidade e disse que quer
mudar Porto Velho. Já Célio Lopes se autoapresentou e também disse que quer uma
cidade melhor, com a participação direta da população nas decisões. Léo Moraes,
em apenas 30 segundos, fez uma rápida apresentação com texto lido, sem que sua
voz aparecesse. No final de semana, tanto no rádio quanto na TV, os candidatos
ficaram longe de empolgar ou aprofundar
debates sobre os problemas da Capital. Tomara que isso ocorra daqui para a
frente e tire a campanha do clima modorrento em que ela está. Na TV, todos os
seis candidatos que têm direito ao horário político apareceram, mas sem nenhum
grande destaque.
PERTO
DE LIBERADOS PARA A DISPUTA, CASSOL MUDA O CENÁRIO PARA O GOVERNO E ACIR PARA O
SENADO
O
quadro para a disputa do Governo do Estado tende a ter uma mudança das mais
importantes, com o ingresso de Ivo Cassol, entre os candidatos ao Palácio Rio
Madeira/CPA, porque está sendo beneficiado por decisão do Congresso que muda o
tempo de cumprimento de pena das Lei da Ficha Limpa. Muda também o cenário para
a corrida ao Senado, porque deve entrar nela outro beneficiado: o empresário e
ex-senador Acir Gurgacz. Com Cassol entrando com tudo na corrida pelo Governo,
o que pode se confirmar ainda este ano, como ficarão as pretensões de Hildon
Chaves, que está deixando a Prefeitura da Capital, depois de dois mandatos
vencedores? E as de Sérgio Gonçalves, o nome hoje ungido pelo governo Marcos
Rocha? Ambos manterão seus planos,
enfrentando Cassol nas urnas ou mudarão, em busca de novos espaços, já que o nome do ex-governador e
ex-senador é considerado quase imbatível nas urnas, segundo voz corrente não só nos bastidores da política, mas também
em todas as rodas de conversa onde o
assunto é abordado? E a corrida pelo Senado, fará outros pretendentes buscarem
também outras alternativas, na medida em que, para as duas vagas, estarão na
disputa o atual governador Marcos Rochas e o ex-senador Acir Gurgacz? Mesmo que
busque mais um mandato, Confúcio Moura, aliado de primeira hora do governo Lula, mas que enfrenta forte
resistência no eleitorado conservador do
seu Estado, teria êxito? E qual a escolha de Marcos Rogério: tentará outro mandato
no Senado ou disputará o governo novamente? São perguntas pertinentes, mas que
nem um estudo aprofundado de futurologia tem respostas. Só que, em plena
disputa municipal de agora, é o 2026 o maior alvo de tantos grupos políticos e
de seus poderosos líderes.
JÁ NÃO
BASTAM A SECA, AS QUEIMADAS E OS ROLOS POLÍTICOS: AGORA TAMBÉM VAMOS PAGAR MAIS PELA ENERGIA
Já não
basta a seca histórica, as queimadas, a fumaça, um governo federal que parece
sem rumo na economia; o risco de mais desemprego com o fim dos benefícios fiscais
para contratação de empregos; o país rachado ideologicamente e o superministro
Alexandre de Moraes avançando em decisões ditatoriais. As más notícias para os
brasileiros e rondonienses parecem não ter fim. Agora é mais um salto no preço
da energia elétrica. Por causa da seca (fontes do governo Lula afirmam que é a
maior de todos os tempos), a Aneel determinou a volta da bandeira vermelha a
ser paga pelo pobre e corroído consumidor, que já não suporta pagar tantos
impostos e taxas, sempre em proporção cada vez maior. As contas de luz, a
partir de setembro, virão com o acréscimo da famigerada bandeira vermelha, que
não era acionada desde meados de 2022. Isso significa que haverá um acréscimo
de quase 8 reais em cada 100 kilowatts/hora gastos. Quem pagava, por exemplo,
500 reais de energia, consumindo 300 kw/hora, passa a pagar, enquanto durar a
bandeira vermelha, mais 24 reais, arredondando, ou seja, quase 5 por cento a
mais. O
acionamento das bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 e 2 pela Aneel aponta
para um cenário de geração de energia mais cara. Até quando a natureza se
transforma, temos nós, pobres contribuintes, de sustentarmos tudo, com o suor
do nosso trabalho, transformado em gastos extras pelos governos municipais,
estaduais e federal. Já não basta o sofrimento por tudo o que está ocorrendo,
agora mais esta má notícia.
FUMAÇA
FAZ GOVERNO CANCELAR DESFILE MILITAR E ESTUDANTIL DO SETE DE SETEMBRO DESTE ANO
Já houve época em que o desfile do Sete de Setembro mobilizava
cada região, cada cidade, cada escola brasileira. Hoje, claro, as coisas são diferentes.
Nos últimos anos, os desfiles tiveram, no geral, um público muito menor, como
ocorreu em Brasília no ano passado, com pouca gente acompanhando os desfiles
militares. Rondônia também teve menos gente, na maioria das cidades onde
ocorreram desfiles. Neste ano, contudo, ele não vai acontecer. O motivo
principal, contudo, não tem nada a ver com eventuais descontentamentos com as
forças militares. A causa é o fogo e a fumaça, que atingem em cheio nosso
Estado e, principalmente, sua Capital. Uma nota técnica da Coordenação Geral de
Vigilância em Saúde, vinda de Brasília, via Ministério da Saúde, foi base para
que o Governo determinasse o cancelamento do evento, “para resguardar a saúde
ae a integridade física da população”.
Segundo o governo estadual, “A Nota Técnica enfatiza a
necessidade de proteção da saúde pública, prevenção de doenças relacionadas à
exposição da fumaça e outros poluentes gerados pelos incêndios florestais, com
atenção especial dada às populações mais vulneráveis, que estão em maior risco
devido às condições ambientais adversas”.
OAB COMEMORA 50 ANOS COM
FESTA, BAILE E GRANDE PARTICIPAÇÃO DOS QUASE 15 MIL PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO
ESTADO
A OAB de Rondônia está em festa. Nesta quinta-feira, dia 30,
comemorou, com uma sessão solene, seus 50 anos de criação. Neste sábado, 31,
realizou um grande Baile para os advogados e convidados na Talismã 21, o Baile
do Rubi, inclusive com show nacional. Ao participar do programa Papo de
Redação, na Rádio Parecis FM, o presidente da subseção regional da OAVB, o
advogado Márcio Nogueira, falou com entusiasmo sobre o evento histórico, fez um
balanço da sua gestão e destacou a grande participou dos advogados, hoje, na
sua entidade. Houve grandes avanços desde que o advogado Fuad Darwich Zacharias
foi escolhido como seu primeiro presidente, em 1974. O mesmo Zacarias, aliás,
foi o primeiro presidente do Tribunal de Justiça do nosso Estado. Como
curiosidade, informou que a inadimplência dos profissionais para com a OAB
chegava a 70 por cento. Com medidas tomadas por ele e sua diretoria, como fazer
o parcelamento das anuidades, o quadro foi revertido e hoje a adimplência é de
70 por cento. Outro destaque é a grande participação feminina no comando da
entidade, com a maioria dos cargos ocupados por advogadas. Hoje, a OAB do nosso
Estado tem cerca de 15 mil profissionais com carteira da Ordem, quase a metade representando o sexo feminino.
PERGUNTINHA
Na sua
opinião, quem vai acabar ganhando a queda de braço: o superhipertripoderoso
ministro Alexandre de Moraes, que usa sua função inclusive para digladiar com
adversários pessoais ou o bilionário Elon Musk, dono de uma das maiores
fortunas do mundo, dono da plataforma X (ex-Twitter) e principal financiador da
campanha presidencial de Donald Trump, nos Estados Unidos?
Não é fácil a vida de um dos mais brilhantes e respeitados rondonienses, que realiza um trabalho exemplar em todo o país. Reeleito para mais um manda
Itaboraí é uma cidade fluminense localizada a menos de 50 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro. Tinha, em 2005, menos de 200 mil habitantes. Ent
Em termos de uma ideologia única, a maioria das universidades brasileiras é o ninho da serpente
Quem assistir o documentário em série produzido pelo “Brasil Paralelo” fica horrorizado com o sistema stalinista que domina a maioria das universida
Daqui a dois domingos. Faltam duas semanas para a a votação. Em Porto Velho, com apoios de inúmeros partidos e de algumas lideranças muito quentes,