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Saúde

CFM propõe maior esforço por mais transplantes


 
Conscientizar os médicos e a população sobre a importância do ato solidário de doar órgãos. Essa é uma das preocupações do Conselho Federal de Medicina (CFM), que organiza um encontro, em parceria com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde, para chamar a atenção da sociedade para o problema. O I Fórum sobre os Aspectos Éticos e Legais da Doação de Órgãos está previsto para 18 de março, em Brasília (DF).

Para o conselheiro Gerson Zafalon, 2º secretário do CFM, trata-se de uma oportunidade de estimular o engajamento dos brasileiros nesse processo, não apenas autorizando a retirada dos órgãos e tecidos humanos como também informando familiares e amigos sobre sua decisão em caso de morte.

As inscrições para o fórum estão abertas e devem ser feitas por meio do e-mail eventos@cfm. org.br. O prazo se encerra no dia 12 de março. Na programação, constam debates sobre a morte encefálica, a situação atual dos transplantes de órgãos e tecidos no Brasil e a atenção ao luto nas instituições hospitalares. O encontro deve gerar recomendações que serão encaminhadas às autoridades com o objetivo de superar as dificuldades e os desafios pertinentes ao processo.

A realização do fórum foi definida em reunião da Câmara Técnica de Doação de Órgãos do CFM, coordenada por Zafalon, na qual especialistas e estudiosos do assunto concluíram que se deveria jogar luz sobre a discussão. Se, por um lado, o Brasil possui um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo, por outro, as filas de espera por um procedimento são longas, deixando milhares de pacientes na expectativa de fazer uma cirurgia.

E n t r e v i s t a 


O que o fórum trará em sua programação?
Gerson Zafalon Martins
– Há muitos dilemas – principalmente dos médicos que estão nas emergências e nas UTIs – sobre o diagnóstico de morte encefálica. Debateremos o estado atual dos transplantes no Brasil, suas dificuldades e desafios. Um assunto em destaque será como comunicar aos familiares a morte de um parente, como se envolver com o luto da família. É nessa situação que há necessidade de solicitar a doação de órgãos de um ente querido que em vida decidira por fazê-la.

Qual a principal recomendação nesse caso?
GZM
– O médico envolvido com a família em estado de luto deve demonstrar solidariedade e manter um relacionamento de compaixão, entendendo aquele momento especial. Paralelamente, deve criar a expectativa de que o ente querido continuará vivendo numa pessoa que está morrendo por falta de um órgão a ser doado.

O que o senhor considera como o maior desafio do transplante no país?
GZM
– Para mim, são a capacitação e a qualificação de médicos. Esses problemas se impõem no momento da retirada dos órgãos que serão doados, mas há falta de profissionais capazes de fazer transplantes de órgãos e de tecidos como medula óssea. Então, o desafio é capacitar os médicos, as equipes e os hospitais tanto para a retirada de órgãos como para os transplantes.

O que trará o manual de doações de órgãos elaborado pela câmara técnica do CFM?
GZM
– O documento aborda as dúvidas em relação ao diagnóstico de morte encefálica. Acreditamos que será de grande utilidade aos colegas que se deparam com essa situação no dia a dia. Além disso, nossas câmaras técnicas têm representantes de várias entidades civis organizadas e profissionais experientes. Toda a demanda encaminhada pelo ministério neste campo contará com o apoio do Conselho, que com as sociedades de especialidades e a Associação Médica Brasileira procurarão esclarecer esses assuntos. 

Fonte: Ascom/Conselho Federal de Medicina

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