Quarta-feira, 3 de março de 2010 - 10h59
O secretário municipal de Saúde, Williames Pimentel, negou a possibilidade dos aparelhos de raio-X destruídos no incêndio do Almoxarifado Central da Semusa, ocorrido no último sábado, ter contaminado a área ou as pessoas que estiveram no local do sinistro. A possibilidade de contaminação foi levantada porque para funcionar, esse tipo de aparelho necessita de um material chamado césio 137, substância conhecida pelo alto teor de radioatividade.
O césio fica acondicionado no aparelho dentro de uma ampola e em caso de violação, pode provocar contaminação como a que ocorreu há 23 anos em Goiás. O acidente com o césio-137, ocorrido no dia 13 de setembro de 1987, na região central de Goiânia, envolveu uma contaminação radioativa com produto que era usado no Instituto de Radioterapia, especializada em tratamento de câncer. Quatro pessoas morreram. Mas no caso dos aparelhos que estavam no depósito da secretária esse risco é zero. “Estamos tranqüilos com relação a isso. A Angevisa já foi até o local do incêndio é constatou que não há risco de contaminação. Por isso tivemos a cautela de fazer essa verificação antes para que não pairassem nenhuma dúvida entre a população”, disse.
Levantamento
Williames Pimentel adiantou que a preocupação no momento da Secretaria de Saúde e do prefeito Roberto Sobrinho, é com a reposição do estoque do material e de medicamentos necessários para o atendimento da população nas unidades de atenção básica de saúde que funcionam 24 horas.A Semusa tem pressa em fechar o levantamento de preços para a compra emergencial que será feita pela secretaria, porque o estoque existente da para suprir as unidades de saúde até a próxima quarta-feira. O estoque consumido pelas chamas daria para atender a população durante 90 dias. “Temos uma equipe de funcionários trabalhando nessa questão porque entendemos que a população não pode ser prejudicada com a carência desse material. Queremos evitar qualquer transtorno, por isso a pressa em resolver logo a questão buscando alternativas para resolver o problema”, disse.
Uma outra equipe da secretaria está responsável em fazer o levantamento para saber o montante do prejuízo provocado pelo incêndio. No entanto, Williames Pimentel foi enfático em afirmar que essa não é a preocupação principal no momento. “Nossa preocupação é com o atendimento à população”, reforçou.
Farmácia popular
Até a próxima sexta-feira, 05, a Farmácia Popular que funciona próximo ao Almoxarifado Central da Secretaria Municipal de Saúde que pegou fogo deverá ser liberada para atendimento ao público. A notícia otimista foi confirmada pelo secretário Williames Pimentel com base em uma avaliação preliminar feita na estrutura. O prédio foi interditado pelo Corpo de Bombeiros por causa de um possível risco de desabamento. “Essa avaliação preliminar afastou esse risco. E esperamos apenas a liberação do laudo técnico para suspender a interdição na Farmácia Popular para, o que deve ocorrer ainda esta semana”, adiantou o secretário municipal de saúde.
Fonte: Joel Elias
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