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Supremo manda soltar magistrados presos na Operação Furacão


Jailton de Carvalho - Agência O Globo BRASÍLIA - Foi solto nesta madrugada em Brasília o juiz Ernesto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, o último magistrado preso na Operação Furacão que ainda permanecia detido. Ele conseguiu um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. O juiz Ernesto Doria tinha sido preso em flagrante por porte ilegal de arma e por isso era o único magistrado acusado pela Operação Furacão que continuava detido. Dória deixou a carceragem da Polícia Federal em Brasília às 2h da manhã. O advogado de Dória, Leonardo Marinho, entrou com um pedido de liberdade provisória no Superior Tribunal de Justiça no domingo à tarde. O alvará de soltura foi concedido no início da noite pelo vice-presidente do tribunal, Franciso Pessanha Martins. Segundo a polícia, Ernesto Dória recebia uma mesada da organização em troca de liminares favoráveis a donos de bingos e caça-níqueis e foi denunciado por corrupção ao Supremo Tribunal Federal junto a outros dois juízes, a um procurador e ao ministro Paulo Medina do Superior Tribunal de Justiça. O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou no sábado a soltura de três desembargadores e do procurador regional da República que estavam presos desde o dia 13, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. A decisão foi consequência do desmembramento do processo. Os demais 21 bicheiros, policiais e advogados presos pela Operação Hurricane - que não têm foro privilegiado - continuarão atrás das grades e o processo será conduzido pela 6ª Vara da Justiça Federal, no Rio, que decretou a prisão preventiva do grupo. Peluso negou ainda o pedido de prisão preventiva do ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado de envolvimento com o esquema de venda de decisões judiciais montado por bicheiros. No início da noite de sábado, os desembargadores José Ricardo de Siqueira Regueira e José Eduardo Carreira Alvim e o procurador regional João Sérgio Leal deixaram a cadeia. PF procura três tesoureiros de bicheiros presos A PF está a procura de três homens acusados de atuar como tesoureiros dos bicheiros Antonio Petrus khalil, Ailton Guimarães e Anísio Abrahão David, que tiveram a prisão preventiva decretada neste sábado pela Justiça federal e estariam com um total de US$ 15 milhões. A PF já considera que estão foragidos Marcelo Khalil, filho de Turcão; João Oliveira, o Joca, ligado a Anísio; e Nagib Teixeira Sauid, tesoureiro do capitão Guimarães. Com base no resultado de mais de um ano de investigações do serviço de inteligência da PF, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, denunciou os 25 magistrados, bicheiros, policiais advogados e o ministro Paulo Medina ao STF na sexta-feira. O procurador também solicitou a prisão preventiva de todos, inclusive de Medina, que pediu licença de 28 dias para tratamento de saúde. Segundo o procurador, são fartos os indícios de envolvimento de Medina com o esquema de venda de decisões judiciais e de informações privilegiadas para donos de casas de bingo. - É lamentável que o procurador-geral da República apresente uma denúncia contra o ministro sem que tenha sido dado a ele o mínimo direito de se defender. É inaceitável - afirmou Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado do ministro, que começou a ser investigado após descoberta gravação telefônica na qual o irmão do desembargador, Virgílio, negocia a venda de uma liminar em favor dos bingos, por R$1 milhão. Paulo Medina e os desembargadores José Eduardo Carreira Alvim, ex-presidente do Tribunal Regional Federal no Rio; Ernesto Dória; e Ricardo Regueira, da Justiça Federal do Rio, deverão responder por formação de quadrilha, corrupção passiva e prevaricação. Ex-chefe da Polícia Civil também teria pedido 'ajuda aos amigos' O assessor especial do ministro da Justiça, Tarso Genro, e ex-chefe de Polícia Civil do Rio no governo Benedita da Silva, delegado Zaqueu Teixeira, filiado ao PT, é citado nas investigações da PF. Numa ligação interceptada, um homem identificado como Lula diz ao policial civil Marcos Antônio dos Santos Bretas, preso sob a acusação de ser o operador da máfia dos caça-níqueis, que "o doutor Zaqueu está descapitalizado para a campanha" e que teria pedido "ajuda aos amigos". O petista, que concorreu a deputado federal e não se elegeu, disse não conhecer nenhum dos dois. A PF também investiga o envolvimento do presidente do Vasco Eurico Miranda e o deputado estadual Chiquinho da Mangueira com bicheiros. A dupla teria recebido dinheiro para financiamento para campanha eleitoral para deputado estadual, no ano passado. Outro político citado nas escutas telefônicas feitas pela PF, é o deputado federal Geraldo Pudim (PMDB), que tem como padrinho político o ex-governador Anthony Garotinho. PF afirma ter provas contra juízes e desembargadores em SP Em São Paulo, foram apreendidos documentos, computadores e bens de 43 pessoas, entre elas juízes, desembargadores e contadores, acusadas de um esquema de venda de sentenças judiciais. Segundo a PF, que chamou o esquema de "bingão da Justiça", magistrados recebiam uma espécie de mensalão que chegava a R$ 30 mil mensais.

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