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GillettePRESS - Para que não digam que não falei do Pan


Para que não digam que não falei do Pan

"O que mais me comoveu nas últimas conquistas foi o brilho de Yane Marques, no pentatlo. Esta menina do sertão de Pernambuco competiu e venceu uma bem-nutrida canadense em cinco esportes diferentes."


Seis gramas de ouro       
 

Neste mundo competitivo, quem tem mais é o melhor, é superior, e é mais respeitado. Certo? Não. Pelo menos dentro de um contexto holístico, as conquistas mais sublimes como a cultura, a fraternidade e a prosperidade espiritual, estas sim valem ouro.

Uma competição como o Pan, porém, nos remete para uma realidade que é a energia gerada por mais de 5 mil atletas de 42 países diferentes. A energia, então, se condensa e emerge como matéria -, esta sim voltada para a competição, digamos, palpável.

Agora sim, com lentes de contato, "o melhor", "o superior" e "o mais respeitado", começam a ser vistos por uma outra ótica, e os valores em questão, ficam mais claros. Mas, mesmo assim, há critérios questionáveis, como o peso justo que é dado ao sistema de contagem de medalhas.

2º  é pouco

O Brasil briga para ser o segundo em ouro, tentando ultrapassar Cuba, dentro de um critério que nunca foi oficial, e, sim, criado a partir de 1952, nos Jogos de Helsinque,  pela imprensa norte-americana, para acentuar uma superioridade sobre a União Soviética, no início da Guerra Fria. Naquela Olimpíada, os Estados Unidos ganharam 40 medalhas de ouro contra 22 dos soviéticos, enquanto que na somatória geral – ouro, prata e bronze –, a diferença cairia para seis medalhas.

Marketing
O marketing foi tão forte, que a mídia do mundo inteiro passou a usá-la, mesmo sabendo que o COI nunca adotou contagem por nação, para que nenhum país seja declarado, oficialmente, vencedor dos Jogos.


Hoje, os tempos são outros, e a corrida não é por ideologia – nem, mesmo, Cuba se preocupa tanto por isso –, mas, sim, pela marca de produtos. Um patrocinador que tem sua logomarca ligada a um atleta com medalha de ouro vai faturar muito mais que aquele que investiu em quem ficou com o bronze. Mas, qual é o critério mais justo? O maior número de medalhas somadas, ou apenas as de ouro - servindo prata e bronze,  apenas, para desempate?

Critério da ilusão 

Penso que para ser mais justo, há que se ter um princípio de distinguir o erro da verdade. O critério como base de comparação e peso, colocando muito mais fatores para que não haja ilusão nas conquistas. O Brasil pode, sim, comemorar as vitórias, medalhas, e pódios. Mas, não precisa comparar resultados anteriores, mesmo porque o país-sede é obrigado a competir em todas as modalidades, o que, proporcionalmente,  aumenta seu poder de conquista.

Nosso orgulho

Valeu, Janeth! Valeu, sim, Fabiana! Valeu, também, a prata do basquete. Mas, o que mais me comoveu nas últimas conquistas foi o brilho de Yane Marques, no pentatlo. Esta menina do sertão de Pernambuco competiu e venceu uma bem-nutrida canadense em cinco esportes diferentes (natação, corrida, hipismo, esgrima e tiro). Recebeu com méritos aquela medalha com seis gramas de ouro. Foi demais!


- Por isso é que, penso, a análise deve ser mais criteriosa até mesmo quando se endeusa um atleta. Prefiro ter como referência as notas dadas na ginástica, onde se avalia mais do que outra coisa, o grau de dificuldade.

Para refletir

O protagonista é – e sempre será – o atleta. Nem o técnico, nem o médico, nem o roupeiro; será sempre o atleta. O coadjuvante tem todo o seu mérito, como os cartolas,  e certos políticos, também. Mas, o que me  irrita é a percepção clara daqueles que procuram fazer piquenique na sombra alheia.

GillettePRESS - [email protected]
IPSIS LITTERIS: Esta coluna é publicada, simultaneamente, no jornal ALTO MADEIRA

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