Sexta-feira, 30 de janeiro de 2009 - 10h05
O deputado estadual Jesualdo Pires (PSB/Ji-Paraná) fez um alerta hoje de que o Estado de Rondônia pode estar sendo prejudicado por manobras lobistas praticadas pelo ex-senador Sibá Machado, visando beneficiar empresas do estado Acre na participação majoritária na demanda de serviços resultantes das obras das Usinas de Santo Antônio e Jirau.
Conforme o deputado, não é a primeira vez que ele é procurado por empresários rondonienses, que preocupados, denunciaram possíveis manobras do suplente de senador Siba Machado (PT-AC) para beneficiar e fortalecer as empresas do Acre junto aos consórcios de empresas responsáveis pela construção das Usinas.
A denuncia levanta suspeitas de que Siba Machado esteja agindo como um agenciador das empresas acreanas e a estratégia esteja deixando de fora as empresas de Rondônia.
O ex-senador estaria se valendo do cargo de assessor especial representando a comunidade do consórcio da empresa responsável pela construção da Usina de Jirau para facilitar o ingresso destes empresários acreanos nas obras e com isso fortalecer o setor empresarial do Estado do Acre, e reduzir as chances de empresas rondonienses de serem contratadas para prestarem serviços.
“Não sou contra o estado do Acre nem tampouco contra o povo acreano, só não acho justo que esta oportunidade seja perdida na geração de empregos para o povo rondoniense, inclusive tendo uma lei aprovada na Assembléia Legislativa priorizando a contratação de obra de nosso estado.”, comentou o deputado do PSB.
Jesualdo Pires, ao comentar a situação, classificou a manobra como uma afronta descabida e desrespeitosa à sociedade rondoniense. “Essa conduta é inaceitável e deplorável, porque tem o objetivo de sugar nosso Estado. O Acre está sendo colocado numa situação de explorador, tirando as oportunidades às empresas de Rondônia ”, criticou.
Jesualdo lembrou ainda que recentemente, usou a tribuna da Assembléia Legislativa do Estado, para fazer duras criticas quanto a iminência de as riquezas arqueológicas de Rondônia serem levadas para a Universidade Federal do Acre, uma vez que a empresa responsável pelo salvamento das peças arqueológicas havia declarado que Rondônia não teria uma instituição capacitada para arquivar e conservar as peças.
Na época, o deputado defendeu que as peças ficassem sob os cuidados da Universidade Federal de Rondônia e também manifestou o seu repudio quanto a manobra.
Fonte: Relvanir Campos
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