Porto Velho (RO) sábado, 5 de julho de 2025
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Energia e Meio Ambiente

MPF e grupos de pesquisa da Unir se reúnem para tratar dos danos da UHE Tabajara

Mesmo após MPF emitir recomendações para alertar que os estudos ambientais da hidrelétrica de Tabajara estavam superficiais e insuficientes, Ibama aceitou os estudos


 MPF e grupos de pesquisa da Unir se reúnem para tratar dos danos da UHE Tabajara - Gente de Opinião

Nesta terça-feira (4), o Ministério Público Federal (MPF) se reuniu com grupos de pesquisa dos setores de energia sustentável e de geografia da Universidade Federal de Rondônia (Unir) na unidade sede do órgão, em Porto Velho. O MPF discutiu com os grupos sobre as principais fragilidades do estudo de impactos ambientais da construção de uma barragem no rio Ji-Paraná (também chamado de rio Machado), em Machadinho D'Oeste (RO) - a de Hidrelétrica Tabajara.

Em dezembro de 2019, após analisar os estudos e o relatório de impacto ambiental, o MPF alertou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais renováveis (Ibama) que vários aspectos dos eventuais danos sociais e ambientais foram tratados superficialmente. Mesmo após receber o alerta, o Ibama aceitou os estudos de impacto ambiental da Hidrelétrica Tabajara.

Na reunião realizada hoje, o MPF e os grupos da Unir trataram das próximas medidas administrativas ou judiciais em relação aos estudos de licenciamento ambiental da Hidrelétrica Tabajara e também ações de mobilização e esclarecimento junto à comunidade que será afetada.

O professor doutor em geografia humana Ricardo Gilson explica que os empreendedores (Eletronorte e Furnas) e a empresa JGP Consultoria, responsável pela elaboração dos estudos, não informaram a metodologia usada para coleta e análise dos dados, o que prejudica a verificação e a confiabilidade do resultado apresentado nos estudos. “Esses estudos concluíram que na área afetada há somente mil pessoas e que não há comunidade tradicional. Entretanto, é sabido que o Rio Machado possui tradicionalmente comunidades ribeirinhas. Há também índios isolados naquela região. Nossa análise é que os estudos precisam ser feitos de forma aprofundada, com metodologia apresentada e de forma transparente porque depois pode ser tarde e os danos podem ser irreversíveis”, disse.

Já a professora doutora em geografia Madalena Cavalcante acrescentou que uma das preocupações é que o empreendimento pode impactar diretamente o Parque Nacional dos Campos Amazônicos. “É uma região muito preservada em Rondônia, única e muito rica em biodiversidade”.

 A procuradora da República Gisele Bleggi aponta que Rondônia já possui três grandes hidrelétricas – Santo Antônio, Jirau e Samuel – que geraram muitos impactos ambientais e sociais, mas que a população não teve melhoria de vida. “A energia elétrica gerada em Rondônia é uma das mais caras do país, mesmo com três hidrelétricas. Não precisamos de outra hidrelétrica em Rondônia. A população precisa de mais serviços públicos de qualidade para melhorar sua qualidade de vida”.

Gente de OpiniãoSábado, 5 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Ações de sustentabilidade da Energisa têm garantido cuidado com o meio ambiente em Rondônia

Ações de sustentabilidade da Energisa têm garantido cuidado com o meio ambiente em Rondônia

A Energisa chegou ao estado de Rondônia há seis anos com a missão de transformar a distribuição de energia e garantir um serviço mais eficiente e su

Usina Jirau neutraliza Co2 do Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul

Usina Jirau neutraliza Co2 do Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul

A produção de energia renovável da Usina Hidrelétrica Jirau, além de abastecer milhares de lares brasileiros diariamente, também contribui para a n

Segurança: devido às alagações neste período chuvoso, Energisa alerta sobre os riscos de choques elétricos

Segurança: devido às alagações neste período chuvoso, Energisa alerta sobre os riscos de choques elétricos

Nesta época do ano, em Rondônia, devido ao aumento das chuvas, as alagações costumam ocorrer, especialmente em locais onde escoamento dos sistemas d

Projeto Quelônios do Guaporé conta com apoio da Energisa pelo quarto ano consecutivo

Projeto Quelônios do Guaporé conta com apoio da Energisa pelo quarto ano consecutivo

A Energisa reforça seu compromisso com a preservação da fauna amazônica ao apoiar, pelo quarto ano consecutivo, a soltura de filhotes de tartarugas

Gente de Opinião Sábado, 5 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)