Domingo, 15 de abril de 2012 - 16h04
Quando você assiste à novela, logo nos primeiros capítulos sabe quem é o grande vilão, ou melhor, a grande vilã. Ato contíguo, aguarda as ações orquestradas por meio dos planos mais mirabolantes que os do Cebolinha da Turma da Mônica. É justamente no choque de realidade com as dinâmicas de mercado que muita gente se entristece.
Como vilões mercadológicos, podem-se traçar as variáveis incontroláveis, tão alheias às vontades da própria empresa. São variáveis onde a empresa não tem influência, fica à mercê de outros atores. Muitas vezes até consegue interferir, mas mesmo assim corre riscos. As variáveis, de acordo com alguns autores, podem ser:
Político e legal: criação de leis que alteram a dinâmica de um mercado, como o caso recente da proibição de consumo de bebida alcoólica nos postos de gasolina de Porto Velho mudando a participação deste produto no faturamento. Outro bom exemplo foi o fechamento da fronteira da Bolívia alguns anos atrás, diminuindo o fluxo de turistas à Guajará-Mirim;
Aspectos sociais e culturais: em Porto Velho é difícil o cumprimento de horário e há uma maior informalidade entre as pessoas;
Econômicos: o boom sofrido pelas obras no rio Madeira ou o aumento do dólar diminuindo a compra de pacotes turísticos ao exterior;
Estruturas ou participação de mercado: os tablets surgiram e diminuíram o mercado dos notebooks e smartphones. Pode-se considerar a falta de mão-de-obra no início dos empreendimentos do Madeira;
Instituições vigentes: a ecologia e a defesa do consumidor são bons exemplos, pois estas instituições são ferrenhas na defesa;
Concorrência: entrada de concorrente em um mercado que faz parte de sua cadeia ou mesmo aproveitando a estrutura. Outra boa situação é o caso de uma indústria que acaba atravessando a venda de seus distribuidores às grandes empresas de determinada região;
Tecnologia: hoje já é possível imprimir peças 3D ou mesmo fabricar vinhos que o cliente personaliza via internet. Outro exemplo invisível nas ruas de Rondônia são os novos brinquedos das crianças: os videogames;
Consumidores: não se tem garantia de fidelidade, apenas se mapeia tendências de consumo, muitas vezes voláteis; e
Ambiente: a previsão do tempo minimiza os efeitos incontroláveis ao prever a chuva ou calor, tais como cerveja e sorvete que de posse da informação aumenta a distribuição para o final de semana. No entanto, uma catástrofe inesperada gera perdas incalculáveis.
Talvez de posse destas variáveis, muita mocinha de novela sofreria menos. No entanto, que graça teria uma novela?
Prof. Me. Cristiano Borges Rodrigues é palestrante, consultor em gestão estratégica, comercial e autor do Livro de Mão da Redação Publicitária (2011) e Planejamento de Campanha Publicitária (2010).
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