Sábado, 15 de dezembro de 2012 - 09h49
Pode ter sido coincidência, certamente foi, mas não deixa de ser estranho que no espaço de um dia, tanto o Lula quanto Dilma tenham se referido às eleições, depois de dois anos de silêncio absoluto, pelo menos de público. Em Paris, esta semana, o ex-presidente admitiu a hipótese de disputar eleições, mesmo sem dizer quando. Falava a um grupo de empresários, aqueles que não votaram nele “mas jamais ganharam tanto dinheiro como no meu governo”. A afirmação deu-se num momento difícil para ele, acusado de ter participado do mensalão e às voltas com suposições alegres a respeito de seu relacionamento com uma certa Rosemary Noronha. Enfim, o Lula é candidato, ignorando-se a quê, se a presidente da República, governador de São Paulo ou senador. E sem sabermos, também, se visava 2014 ou 2018.
No dia seguinte, em entrevista ao Le Monde, indagada sobre se disputará a reeleição, pela primeira vez a presidente admitiu falar sobre o tema. Ou não falar, porque respondeu apenas “não ser hora de tratar disso”.
Mesmo sem doutorado em semântica, pode-se concluir que o Lula é candidato e Dilma não é. Hoje, é claro. Amanhã, ela poderá vir a ser, com o entusiasmado respaldo do antecessor, que por mais de uma vez acentuou ser dela a vez, para um segundo mandato. De qualquer forma, e apesar de afirmações cifradas, sente-se uma certa eletricidade percorrendo a distância entre a Europa e o Brasil.
A lógica indica a disputa pela reeleição, por parte de Dilma, com o apoio total do Lula, mas como política não tem lógica, melhor aguardar que os fatos se desenrolem.
Fonte: Carlos Chagas
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