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Energia

Reciclagem de geladeiras evita emissão de poluentes equivalente à de 2.600 carros no trânsito

Eletrodomésticos foram trocados por modelos mais econômicos no Programa de Eficiência Energética, regulamentado pela Aneel. Energisa cuidou do descarte correto.


Reciclagem de geladeiras evita emissão de poluentes equivalente à de 2.600 carros no trânsito - Gente de Opinião

Mais de 2 mil geladeiras substituídas pelo Grupo Energisa em Rondônia, Mato Grosso, Borborema (SE) e Acre cruzaram o país em 2020 para ter o descarte correto em Cabreúva (SP). O objetivo é evitar que geladeiras ineficientes continuem a ser usadas gastando mais energia ou, pior, que sejam descartadas de forma errada, liberando gases como os hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), vilões do efeito estufa, ou vazando óleo do motor que polui solo e lençóis freáticos. A reciclagem evitou que 643 kg desses gases contaminassem a atmosfera, o que equivale a 2.679 veículos de passeio trafegando durante 365 dias.

Esse tipo de reciclagem segue a normas da ABNT, que trata da manufatura reversa de aparelhos com refrigeração. Segundo Marcelo Souza, CEO da Indústria Fox, que presta serviço para a concessionária, o processo é dividido em três fases. Na primeira, os produtos são inspecionados, as prateleiras e gavetas são removidas e colocadas em esteiras para a sucção do óleo do motor e do gás presente no compressor e na serpentina. O processo utiliza pressão negativa nas mangueiras para assegurar que todo o sistema seja limpo. Em seguida, a geladeira é triturada, separando metais (cobre, alumínio e ferro) e plástico através do eletromagnetismo. “Nessa etapa o ambiente é hermeticamente fechado. Os gases que, porventura, ainda estejam presentes na espuma são captados pela tubulação e levados para terceira etapa”, explica.

Conforme Souza, o diferencial desse processo pioneiro está na terceira fase com a destruição de todos os gases coletados durante o processo. “Os gases são aquecidos em até 1.000º C no reator, quebrando as moléculas. Em seguida as moléculas passam por um processo de lavagem, onde a temperatura declina de 1.000 para 80º C, momentos em que o Cloro e o Flúor se ligam a molécula da água. O processo gera uma diluição ácida de clorídrico e fluorídrico que posteriormente pode ser utilizado como limpa pedra ou para processo de decapagem”, declarou. Os metais das geladeiras que foram triturados voltam a cadeia produtiva como matéria-prima de fonte reciclada para insumo de novos produtos ou aplicações.

As substâncias químicas no circuito de refrigeração (compressor) e no isolamento térmico (expansão) contribuem para o efeito estufa caso sejam descartados de forma errada. Nos aparelhos antigos, as fábricas utilizavam clorofluorcarbonos (CFC) que contribuía para destruir a camada de ozônio e que pode permanecer na atmosfera de 50 a 100 anos, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). Desde 1987, devido ao Protocolo de Montreal, os fabricantes utilizam os hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) que são gases que contribuem para o efeito estufa absorvendo a radiação infravermelha, prendendo o calor dentro da atmosfera, com potencial de 120 a 12.000 vezes superior ao do dióxido de carbono, permanecendo na atmosfera por até 400 anos, de acordo com o mesmo Painel.

Segundo o coordenador de Eficiência Energética da Energisa, Thiago Peres de Oliveira, a concessionária acompanha todas as etapas do projeto, desde a aquisição de novas geladeiras, substituição nas casas dos clientes até a reciclagem. “O cliente beneficiado pelo programa recebe uma geladeira nova, com selo Procel que consome menos energia e contribui para redução da sua fatura de energia. Em contrapartida, o cliente entrega a antiga geladeira, de baixo rendimento, que muitas vezes já apresenta problemas até de vazamento de gases que prejudicam o meio ambiente”, explica.  Oliveira reitera que a concessionária desenvolve suas atividades com foco em sustentabilidade, eficiência e segurança.

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