Sexta-feira, 22 de março de 2013 - 05h40
João Bosco Leal
Há pouco tempo uma amiga me contou que, durante uma viagem de turismo que fez com um grupo de conhecidas, pensou haver encontrado seu príncipe encantado. Eram cinco mulheres e guiadas por outra da cidade onde estavam, foram a um bar onde havia pista de dança.
Ela, mulher já madura - de quem já se esperava menos inocência -, dança com um desconhecido que a encanta com suas conversas e galanteios, a ponto de imaginar haver ali encontrado seu príncipe encantado.
Como normalmente ocorre, naquela mesma noite, ou no dia seguinte, vivem o que para ela foi uma inesquecível noite de amor, onde além do amante encontrou aquele galanteador, que tudo dela ouvia, mostrava interesse, elogiava seus dotes físicos e intelectuais, mas no dia posterior ele volta para sua noiva, esposa ou cidade.
Ainda sonhando e sem saber da outra, durante meses ela liga, manda e-mails com mensagens apaixonadas, fotos, tenta um reencontro, mas tudo acabou ali. Ele é boa pinta, bom de papo, dança bem, fala que havia encontrado nela o que buscou durante toda a vida e, com isso, consegue a única coisa que realmente pretendia: uma boa noite de sexo.
Já havia ouvido centenas de histórias como essa, mas ainda acho incrível como uma pessoa, já com meio século de vida ainda acredita nesse tipo de conto de fadas.
No último carnaval, numa boate, a mesma conheceu um homem e, de madrugada, alegando estar com fome e por julgar que ele havia bebido muito, leva-o a uma lanchonete em seu próprio carro. De lá voltaram para que ele pegasse o próprio carro, e segundo ela, o encontro não passou disso.
Como uma pessoa que pelo menos teoricamente já deveria possuir um pouco de juízo pode ser tão irresponsável a ponto de sair só, de madrugada, de carro com um desconhecido, só porque ele era conhecido de outros conhecidos seus? Ouve-se muito falar sobre violência e até crimes ocorridos em aventuras como essas, mas parece que algumas gostam de correr esse risco.
Do mesmo grupo e na mesma viagem anteriormente citada, uma delas, fazendeira do pantanal - que normalmente é flagrada ligando para o namorado das outras da própria turma, cantando-os ou contando tudo o que as outras fazem ou fizeram -, saiu com o motorista de taxi que as conduzia de um local ao outro e, no dia seguinte, ao voltarem ao mesmo clube de dança, levou-o junto e lá custeou suas despesas, para depois passarem mais uma noite juntos.
Durante um almoço na casa de uma do grupo, presenciei a mesma ligar para um advogado conhecido delas e dizer a ele que estava perdendo de não estar ali, onde se encontravam várias mulheres loucas para “dar”. O que um homem que ouve isso deve pensar a respeito de todas as que ali se encontram? Mesmo as que nada disso disseram estão incluídas na proposta, pois afinal, ela disse que ali estavam “várias” mulheres com o mesmo desejo.
Enfim, é um grupo do que popularmente se conhece como “cobra comendo cobra” em que as mulheres saem com o primeiro que aparece, e - no caso da fazendeira do motorista de taxi e do telefonema -, mesmo que ele seja o caso de uma das outras “amigas”.
Minha surpresa é maior quando lembro estar me referindo a um grupo de mulheres que, ao menos teoricamente - por serem todas profissionais liberais, empresárias, financeiramente autossuficientes, donas de casas próprias, fazendas, escritórios e consultórios -, não teriam posturas como estas.
Frequentar grupos de pessoas onde a moral e a ética não são sequer consideradas, é sempre uma atitude de alto risco.
*Jornalista e empresário
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