Quarta-feira, 15 de dezembro de 2021 - 10h28
Tenho sustentado neste espaço,
até com certa insistência, a importância da ética na política, principalmente
quando começam a surgir nomes nos mais diferentes segmentos políticos a
sucessão do governador Marcos Rocha, diante dos quais o eleitor terá de optar,
não apenas pensando em termos imediatos de uma melhoria geral da situação em
nosso Estado, também ele vitimado pela crise que assola o país, mas também
direcionando as suas preocupações para relevância e a liturgia do cargo. Aliás,
discutir a ética nunca é demais. No campo das políticas públicas, então, nem se
fala,
Houvesse esse cuidado da parte
daqueles a quem o povo confia o voto, muito provavelmente não seriamos
surpreendidos frequentemente com tantos escândalos no Executivo e no
Legislativo. Ou, o que é pior, mesmo tendo conhecimento deles, não veríamos
tanta sujeita sendo empurrada para debaixo do tapete, como se fez com maior descaramento
em outros tempos não tão remotos. Ainda está na memória de muitos rondonienses vídeos
de políticos flagrados em operações policiais escondendo dinheiro em cuecas, meias,
caixas de papelão, malas, panelas e até em sacos de lixo.
O Brasil precisa ser passado a
limpo nesse aspecto. E o eleitor rondoniense não pode deixar passar em brancas
nuvens a oportunidade ímpar de separar o joio do trigo. Nesse sentido,
precisamos acompanhar a movimentação dos candidatos, as coligações e os
programas partidários, sem, contudo, deixar-nos seduzir pelo canto de sereia,
pelos discursos inflamados, pelas trocas de farpas e pela distribuição de
coices. Não se pode negar, todavia, que o bate-boca faz parte do debate entre
os postulantes a um cargo político, porém, mais importante que isso é o
conjunto de propostas de cada um deles para governar o Brasil e, principalmente,
o Estado de Rondônia.
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