Terça-feira, 27 de maio de 2008 - 12h40
Os efeitos da baixa umidade relativa do ar já são notórios em grande parte do Brasil, inclusive em Rondônia, que tem registrado umidade abaixo de 30% no sul do Estado.
Daniel Panobianco - A região sul de Rondônia vem enfrentando ao longo desta semana, dias muito quentes e secos. As temperaturas têm passado facilmente dos 31°C na cidade de Vilhena, quando a média seria de 27°C.
A umidade relativa do ar também caiu bastante. Na sexta-feira, Vilhena entrou em Estado de Atenção por conta da secura no ar. A umidade registrada no aeroporto Brigadeiro Camarão foi de apenas 28%, às 14 horas, estando abaixo dos 65% recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Valores de umidade entre 20% e 30% são considerados como Estado de Atenção; Entre 12% e 20%, como Estado de Alerta e abaixo de 12%, como Estado de Emergência.
Neste inicio de semana a umidade volta a ficar abaixo de 30% nas regiões de Vilhena, Cacoal, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Ji-Paraná, São Miguel do Guaporé e Costa Marques. A SEDEC (Secretaria Nacional de Defesa Civil) mantém o Estado de Atenção sobre estas regiões.
A recomendação dos médicos é a ingestão de muita água, evitar exposição prolongada ao sol e aumentar o uso de soro fisiológico nas narinas e olhos.
Grande parte das pessoas sente de imediato a secura no ar. As narinas trancam, algumas apresentam sangramento, os olhos ardem muito e a pele fica escamada. Crianças e idosos, principalmente, sofrem com os efeitos da seca.
Outra medida paliativa que ameniza os efeitos da estiagem é colocar uma bacia com água no quarto à noite, ou uma toalha umedecida na cabeceira da cama ou em uma cadeira. Como o ar está muito seco, toda a umidade contida na bacia ou na toalha evapora melhorando a sensação dentro do ambiente fechado.
Não é recomendado manter plantas naturais dentro de casa. Durante o dia, no processo de fotossíntese, as plantas são como nós. Respiram o oxigênio e liberam o gás carbônico. À noite elas invertem a filtragem do ar. Respiram o oxigênio e liberam o gás carbônico, o que aumenta ainda mais a sensação de secura e falta de ar dentro do ambiente.
Segundo previsões climatológicas realizadas pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) de Brasília e o CPTEC/INPE (Centro de Previsões de Tempo e Estudos Climáticos) de Cachoeira Paulista-SP, o período de seca este ano deve apresentar vários extremos, tanto de picos de frio e calor intenso, quanto de valores muito baixos de umidade relativa do ar.
Como ainda tivemos chuvas uniformes durante o mês de maio, a disponibilidade hídrica do solo é satisfatória, embora agora não chova mais. A informação de uma estiagem mais severa que a do ano passado, divulgada recentemente por um centro de pesquisa local, NÃO é cogitada pelo CPTEC/INPE e INMET, segundo informou o pesquisador Alberto Stzer do grupo de Monitoramento de Queimadas e Gases Antropogênicos do CPTEC/INPE e o diretor do INMET, Luis Cavalcanti.
A estiagem em Rondônia é fato, é um fenômeno natural, típico do ciclo de renovação das estações, mas estiagem prolongada e agravada não é avistada pelos dois maiores centros de pesquisa e referência em Meteorologia da América Latina.
Dados: REDEMET CPTEC/INPE INMET
Fonte: AMAZONIAOVIVO.COM
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