Segunda-feira, 3 de outubro de 2011 - 17h55
Luana Lourenço
Agência Brasil
Brasília - O Pará foi responsável por quase um terço do desmatamento da Amazônia registrado em agosto. Dos 164 quilômetros quadrados (km²) de floresta derrubados no período, 52,8 km² estavam no estado, de acordo com os números divulgados hoje (3) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Mato Grosso e Rondônia aparecem em seguida, com 47,8 km² e 22,92 km² de floresta derrubados em agosto, respectivamente. O Inpe também registrou 21,7 km² de novos desmatamentos no Amazonas, 10,8 km² em Roraima e 5,2 km² no Acre. Em Tocantins, foi desmatado no período a área de 1,88 km² e no Maranhão, 0,49 km². Em agosto, os satélites conseguiram observar quase toda a área da Amazônia Legal, porque apenas 3% do território estavam encobertos por nuvens.
O Pará tem liderado o ranking mensal de desmatamento desde junho, segundo dados do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter). De janeiro a agosto de 2011, o estado acumula 399 km² de novas áreas desmatadas, e só fica atrás de Mato Grosso, que soma 769 km² por causa de um pico da devastação em abril, que levou o governo a instalar um gabinete de crise e reforçar as operações de fiscalização na região.
Na avaliação da taxa de desmatamento anual, consolidada por outro sistema do Inpe, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), os números do Pará também aparecem na frente. Em 2010, o estado desmatou sozinho 3.770 km², mais da metade de toda a derrubada registrada na Amazônia Legal no período. Os demais oito estados do bioma desmataram, juntos, 3.230 km². “Há queda significativa em todos os estados, menos no Pará”, resumiu o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.
O Pará tem 16 municípios na lista das 48 cidades que mais desmatam a Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu, durante a apresentação dos dados do Inpe, mais articulação com as prefeituras para combater o desmatamento, principalmente as derrubadas menores, espalhadas em pequenos polígonos, mais difíceis de identificar pelos satélites que medem a devastação.
“Temos que construir um entendimento com prefeitos para uma ação mais integrada de combate ao desmatamento ilegal nos 48 municípios prioritários, com enfrentamento e políticas inovadoras para reduzir o desmate ilegal.”
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