Quinta-feira, 13 de dezembro de 2007 - 22h45
Quênia Nunes
Agência Brasil
Brasília - Parlamentares da bancada de Rondônia na Câmara dos Deputados reuniram-se hoje (13) com representantes do Ministério de Minas e Energia para discutir a implantação do gasoduto Urucu-Porto Velho. Um grupo de trabalho do MME é o responsável pelos estudos técnicos relativos à viabilidade do investimento.
Para o deputado Mauro Nazif (PSB-RO), a construção do gasoduto resultaria em economia para o governo. De acordo com os cálculos do parlamentar, os gastos com o gás serão menores do que os atuais custos do diesel.
"Por ano, o governo gasta algo em cerca de R$ 1 bilhão [com o diesel]. Ao mesmo tempo a vinda do gasoduto com toda a implementação e a implantação custará para a União algo em torno de R$ 1,7 bilhão. Em dois anos, em vez de se gastar com o diesel R$ 1 bilhão por ano já se constrói um gasoduto. Por isso a implantação do gasoduto é viável"
Para o parlamentar, a implantação do gasoduto também traria benefícios nos campos social e econômico para a região. "Há grupos empresariais que já estão se instalando no município de Porto Velho, a estimativa é que mais de 100 mil pessoas cheguem ao município, então esse é o lado social que hoje se tem, tanto o consumo veicular, como o consumo industrial, o barateamento da energia, os veículos vão andar a base de gás. E o gás traz uma economia tanto para os usuários quanto para a implantação de indústrias", defendeu Nazif.
Na região onde o gasoduto será construído há uma grande biodiversidade animal que, segundo o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), não sofrerá agressões já que o gás é menos poluente do que o diesel.
"Hoje queima-se quase 1 milhão de litros de gasolina por dia, o que gera quase 80 milhões de toneladas de gás carbônico. O gasoduto não geraria nenhuma agressão à biodiversidade da região", afirmou Valverde.
Para ele, a maior vantagem da implantação do gasoduto seria o fortalecimento da energia. "O gasoduto pode viabilizar economicamente o estado. É uma oferta de energia que pode potencializar o uso da energia, e com isso fortalecer o sistema industrial rondoniense."
A expectativa é que a construção do gasoduto demore cerca de um ano para ser concluída. A implantação do gasoduto está entre as ações previstas no Plano Amazônia Sustentável (PAS), do Ministério do Meio Ambiente, que tem o objetivo de melhorar a infra-estrutura da região.
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