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Gente de Opinião

Folclore Político

Histórias de coronelismo



De Aluízio Ferreira, ao governador cowboi Ivo Cassol, o folclore político rondoniense, só tem gerado casos pitorescos. A cada década, surgem novas peripécias. Quem não lembra que nos tempos do território, o professor Jerzy Badocha, por causa da perseguição política, acabou desterrado para a então remota Costa Marques? No próprio Governo Jorge Teixeira, o então defensor público Tomás Correia acabou exilado lá pelas bandas da longínqua Amapá? Ou o falecido Teobaldo Monticello Viana, opositor a administração Piana, jogado lá para a região das Pedras Negras?

Fazer política em Rondônia, principalmente estando na oposição nunca foi fácil. Em Pimenta Bueno, o, cacique Vicente Homem Sobrinho, que foi prefeito e deputado estadual, era o dono do pedaço e agia de forma coronelesca. Quantos comícios do então deputado federal Jerônimo Santana, o Bengala, foram sabotados com ovos podres e até desligamento da energia, durante comícios de opositores?           

O que dizer de Zuca Marcolino – lá da Região do Café - que foi um combativo deputado estadual que gostava de resolver suas pendengas no braço? Ou então o "afável" Edson Fidelis, que já foi deputado estadual e federal – diga-se de passagem, um parlamentar dos mais competentes que conheci - já foi um coronelzinho em Ji-Paraná, na região central:  quantos candidatos concorrentes foram afastados no jogo bruto?  E quantos comícios de desafetos acabam na escuridão?

Hoje, mais civilizado, Ernandes Amorim, o caudilho caipira, pode ser considerado até um sujeito polido, devotado à leitura e já sabe até apreciar uma obra de arte. Na década de 80, no entanto, agia como um bárbaro: resolvia suas pendengas com adversários a socos e pontapés.

Numa das maiores demonstrações de coronelismo em solo rondoniense, Amorim, quando prefeito, ao ser criticado, numa emissora de rádio em  Ariquemes, não teve dúvidas: invadiu os estúdios da rádio e quebrou os dentes do apresentador em pleno ar. Era possível ouvir – até desligarem os transmissores – a gritaria infernal causada pelo maior produtor de melancias do Vale do Jamari.
Em quase três décadas de cobertura política neste estado, o que se constato é que o coronelismo político não acabou. Em algumas regiões, os clãs continuam mandando e elegendo seus representantes. Até quando?

Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião

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