Quarta-feira, 14 de novembro de 2012 - 17h19
A prefeitura de Porto Velho em parceria com os ministérios da Cultura e Educação encerraram na tarde desta terça-feira (13), na capital rondoniense, o evento intitulado “Pesquisa-Ação”, desenvolvido pelo projeto “Um Plano de Trabalho Articulado para Cultura e Educação”, realizado desde segunda (12), no Teatro Banzeiros. O “coletivo investigador” reuniu representantes dos mais diversos setores culturais e educacional do Município e Rio Branco (Acre) com objetivo de levantar dados que vão subsidiar o plano de ação do Governo Federal para a cultura e educação.
Conforme a coordenadora do Ministério da Cultura, Carla Dozzi, que acompanhou os debates, trata-se de um processo realizado em todas as regiões do Brasil para identificar metodologias que possam integrar a cultura popular ao saber formal dentro das escolas. “Queremos promover caminhos que aproximem cada vez mais os processos culturais da comunidade com os espaços de educação formal”, frisou. A coordenadora acrescentou que a partir do próximo ano, já serão implementadas ações integradas de educação e cultura nas escolas que fazem parte do programa Mais Educação.
De acordo com a vice presidente da Fundação Cultural Iaripuna, Berenice Simão, um grupo de sete pesquisadores escolhido pelo coletivo vai preparar um relatório sobre as ações apontadas e que poderão fazer parte do plano de ação do governo. O grupo é formado por cinco pesquisadores de Porto Velho e dois do Acre, dentre eles, dois indígenas (um de cada estado). “Teremos mais três meses de trabalho pela frente. Após elaborarmos o documento, convocaremos o coletivo para novas discussões”, explicou.
Berenice Simão fez questão de agradecer a participação de todos, em especial a representante do Ministério da Cultura. Também enalteceu as ações da secretaria municipal de Educação pelo apoio na organização do evento.
Apresentações
Na terça-feira (13), logo após os debates, cada grupo apresentou suas propostas para o auditório, alguns por meio de encenações. O grupo verde, liderado por Elias Fernando, também conhecido como “Mestre Xoroquinho”, fez uma apresentação de capoeira intitulada “Socialização Através da Arte e da Educação”. As principais lições foram o raciocínio lógico e a história. “São dois pontos fundamentais para desenvolver a matemática e conhecer outras culturas”, observou.
O cântico indígena também foi destaque durante as apresentações dos grupos. Um “Ancião Karipuna” contou três músicas na linguagem da tribo e arrancou aplausos da platéia. Ele deveria fazer somente uma apresentação, mas a pedido dos demais participantes, cantou mais duas. As músicas falavam o que a chuva, o trovão e o fogo representam para os índios.
Tendo como um de seus integrantes a vice presidente da Fundação Iaripuna, Berenice Simão, o grupo amarelo abordou a importância da floresta para a educação. Com vários cartazes em mãos, entoaram música que fala da importância de se preservar as florestas e toda a biodiversidade do planeta.
Fonte: Augusto José
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