Sábado, 30 de julho de 2022 - 10h50
A beleza da pluriculturalidade da comunidade
tradicional do Vale Guaporé, localizada no estado de Rondônia, em fronteira com
a Bolívia, foi eternizada através do trabalho de reconhecimento de identidade,
pelos olhares dos fotógrafos e ativistas Luiz Brito, Ederson Lauri e Marcela
Bonfim.
Os retratos enaltecem o encantamento e a beleza das
comunidades quilombolas, indígenas e fronteiriças, além dos autorreconhecidos
como afroindígenas, caboclos e beradeiros: devotos de uma celebração de fé e
religiosidade.
O livro retrata através de imagens traços marcantes de
um processo de formação de diversas identidades tradicionais, através das
múltiplas faces oriundas das miscigenações dos povos da Amazônia.
A composição identitária do fotolivro reúne o trabalho
de três artistas:Luiz Brito, Marcela Bonfim e Ederson Lauri.
Luiz Brito é fotógrafo documentarista e servidor
público da cultura.Ele iniciou um processo de reconhecimento cultural através
de imagens captadas na década de 1980 até o início dos anos 2000. Seu trabalho
levou a uma imensa dedicação e paixão pela comunidade. “Este trabalho foi um importante acontecimento em minha trajetória, o
Divino do Guaporé. Sou devoto”; afirma Luiz.
Entre os registros captados pela fotógrafa Marcela
Bonfim, está fixado a existência e memória de uma Amazônia enegrecida; brotada
e frutificada no seio do Vale do Guaporé, em Rondônia, além da estreita relação
com Vila Bela de Santíssima Trindade,em Mato Grosso. “As fotografias marcam a
resistência das raízes negras entrelaçadas à ancestralidade e cultura indígena;
com o alcance e propagação de uma fluência comunitária exclusiva, e em plena
comunicação com a fé”.
O professor e pesquisador visual Ederson Lauri,
ressalta a importância destes retratos que expressam a identidade local. Para
ele, as fotografias possuem a propriedade de revigorar a riqueza cultural de
uma comunidade que é pouco reconhecida no próprio estado, permitindo inclusive
oportunidades de pesquisas e valorização local.
"As atividades de pesquisa e extensão realizados
pelo Laboratório de Narrativas Visuais (LABINAVI) da Universidade Federal de
Rondônia-UNIR/Ariquemes, alinham tanto a parte documentária de pesquisa e a
valorização da diversidade de povos quanto à difusão de obras dos artistas do
estado".
A obra tem por finalidade apresentar a expressividade
de fé e religiosidade da comunidade do Vale Do Guaporé, que apesar da
celebração ao Divino Espírito Santo ocorrer em outros estados, Rondônia possui
uma peculiaridade: o festejo percorre, via fluvial, aproximadamente mil
quilômetros no rio Guaporé e seus afluentes, por quase dois meses de Romaria.
O livro foi desenvolvido através de recursos do
Governo do Estado de Rondônia através da Lei Aldir Blanc, executada pela
Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (SEJUCEL) com repasses
financeiros aos artistas. Foram reproduzidas 1000 cópias, sendo 50% destinadas
às comunidades da Irmandade do Divino Espírito Santo do Vale do Guaporé, e os
outros 50% das tiragens foram encaminhados às bibliotecas de Rondônia e da
Região Norte, bem como às instituições de cultura e arte do Brasil.
Para acessar a plataforma do livro, acesse: https://www.odivinoguapore.com/
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