Domingo, 12 de fevereiro de 2012 - 05h06
Se a História da Arte tivesse um pai ele seria Giorgio Vasari. Passados 500 anos os seus livros continuam atuais e a sua trajetória se mistura com a das artes.
A Fundação Biblioteca Nacional encerra a exposição “Giorgio Vasari e a invenção do artista moderno” em comemoração aos 500 anos do nascimento desse pintor e arquiteto italiano, nascido em 1511, reconhecido mundialmente como o primeiro historiador da arte, no próximo dia 16 de fevereiro. Vasari, que faleceu em 1574, nos deixou um legado que até hoje é consultado e reverenciado pelos artistas.
Incentivador de artistas como Michelangelo e amigo da poderosa família dos Medicis, ele atendeu a encomendas de príncipes e papas. Vasari é idealizador da arquitetura da Galleria degli Uffizi – hoje sede do principal museu de Florença. O pintor também é autor das célebres pinturas que decoram o Palazzo Vecchio - atual sede do governo da cidade - e fundou a primeira academia de belas artes, a Academia das três artes do Desenho, de 1563.
Segundo o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, a riqueza e a importância de Giorgio Vasari para as artes, no mundo, são inquestionáveis e por isso a exposição é um motivo de orgulho para os brasileiros. “A influência, o conhecimento e o talento desse artista só reforçam a qualidade do acervo da Biblioteca Nacional. Ela empresta obras raras que só os maiores museus do mundo possuem”, afirma Galeno Amorim,
A exposição conta com três edições de “Vidas dos mais excelentes pintores, escultores e arquitetos” - livro fundador da historiografia artística, lançado originalmente em 1550 por Vasari. Ao todo, 110 peças do acervo da Biblioteca estão expostas levando a história do Renascimento italiano para o coração do Rio de Janeiro. Elas representam o trabalho do artista responsável pela consolidação de uma nova posição e consideração social dos artistas no século XV.
Primeiro tratado completo sobre o assunto, a obra descreve os princípios que delimitam a arte italiana do século XIII ao XVI, segundo um percurso evolutivo que leva de Giotto a Michelangelo. “Até hoje, o livro é referência nos estudos sobre a arte do Renascimento. Sem ele, a idéia sobre esse período artístico teria contornos diferentes e outros protagonistas”, conta Elisa Byington, curadora da exposição. O sucesso de Vidas foi garantido pela grande quantidade de informações, o valor do vocabulário crítico em formação e o talento de Giorgio Vasari.
Tratados fundamentais dos séculos XV e XVI que fazem parte do acervo da Biblioteca Nacional estão entre as principais peças em exposição. Eles documentam o nascimento da teoria e da historia da arte, apontando para a consciência histórica que o artista de Arezzo – cidade da região da Toscana - sistematiza em sua obra.
Além disso, reproduções de gravuras como Laocoonte, de Pierre Perret e do desenho Três Graças, de Orazio Samacchini, serão expostas. A primeira trata de episódio da mitologia relatado na Ilíada de Homero e na Eneida de Virgílio. Já a segunda remete as três artes do desenho: pintura, escultura e arquitetura.
“Vamos investir cada vez mais em exposições deste porte para apresentar o imenso material histórico que hoje está à disposição dos brasileiros. Basta apenas visitar a Biblioteca Nacional", resume Galeno Amorim. A exposição “Giorgio Vasari e a Invenção do artista moderno” faz parte do calendário de atividades do Momento Itália no Brasil.
Giorgio Vasari e a Invenção do artista moderno, fica até 16 DE FEVEREIRO, no Espaço Cultural Eliseu Visconti (Rua México, s/n – Centro – Rio de Janeiro (acesso pelo jardim da Biblioteca Nacional). De terça a sexta das 10h às 17h; Sábados, domingos e feriados das 12h às 17h. Entrada franca.
Fonte: Fábio Diegues
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