Terça-feira, 2 de agosto de 2022 - 07h03
A
Fundação Cultural de Vilhena, autarquia responsável por gerir a cultura do
município, está longe de ser perfeita, mas a atual conjuntura política do
município de Vilhena está piorando muito a situação, pois com a cassação do
Prefeito Eduardo Japonês, a Cultura foi a primeira a ser impactada, a saída do
antigo Presidente da Fundação, França Silva, para assumir a cadeira na Câmara de
vereadores deixou o cargo vago por cerca de 15 dias.
Após esse período sem um gestor, o Prefeito
interino, Ronildo Macedo, nomeou um Presidente conhecido pelos artistas locais,
visto que o Djavan Santos foi presidente da Fundação em 2017 e nesse período
tomou diversas decisões que prejudicaram a cultura municipal, há inclusive
matérias sobre fatos na época, entenda clicando aqui. No atual momento, com menos
de uma semana no cargo, o Presidente já possui outras matérias que tratam sobre
a maneira como gerencia a Fundação, como o texto publicado essa semana em
jornal local, leia aqui.
Os artistas de Vilhena, preocupados com o andamento
da pasta, reuniram-se na noite dessa segunda-feira, 1º de agosto, para discutir
uma pauta a ser levada ao atual Presidente da Fundação, na tentativa de
estabelecer um diálogo com o órgão. Em contraponto à iniciativa, o Presidente
que havia concordado em se reunir com a classe, no dia 04 de agosto
(quinta-feira) desmarcou a reunião na manhã dessa segunda-feira, sem
justificativa plausível.
Sem as condições mínimas de execução, com um gestor
que não parece ter preocupação nenhuma com a classe artística e com diversas
exonerações e pedidos de afastamentos dos cargos, a Fundação Cultural de
Vilhena corre o risco de perder de vez o pouco espaço que havia conquistado. Os
problemas já existentes tendem a se agravarem, como o o sucateamento dos
equipamentos públicos, visto que o município está com a Biblioteca Municipal
Monteiro Lobato fechada há mais de 3 anos.
Na reunião desse segunda-feira, artistas
vilhenenses redigiram uma carta aberta à comunidade relatando as preocupações
atuais, visto que além de gerenciar as verbas fixas da Fundação, o município
receberá cerca de 900 mil reais oriundos da Lei Paulo Gustavo que deverá ser
aplicada até 31 de dezembro/2022. Além dos valores da Lei Aldir Blanc 2 que
serão destinados ao município no ano de 2023. O impacto que a não aplicação
desse valor pode causar no município é enorme, pois essa quantia deixará de
circular no comércio local.
Durante a reunião, os artistas programaram o 1º
Fórum de Cultura de Vilhena/2022 a ser realizado na próxima terça-feira, 9 de
agosto, às 19h, no Auditório da Biblioteca da Universidade Federal de
Rondônia Campus Vilhena.
A classe artística, na tentativa de dialogar com a
gestão, irá formalizar convite ao prefeito interino de Vilhena, Ronildo Macedo,
e ao presidente da Fundação Cultura de Vilhena, Djavan Santos a fim de que se
façam presentes no Fórum para debater a gestão da cultura no município. Pois, a
Fundação estava no caminho do diálogo em uma construção mais colaborativa
e participativa, havendo troca entre artistas e gestão, sendo essa a melhor
forma de gerir o órgão de cultura.
Estão convidados a participar do 1º Fórum de Cultura de Vilhena/2022 a comunidade artística do município e a comunidade em geral.
Confira a Carta Aberta da comunidade
artística e/ou de produção em arte de Vilhena:
Nós, comunidade artística e/ou de produção em arte,
viemos por meio desta manifestar nossa preocupação quanto ao período de
transição política no município, sobretudo quanto à Fundação Cultura de
Vilhena, uma vez que no momento o município passa por uma transição política, o
que também impacta a Fundação Cultural de Vilhena. A preocupação, para além da
continuidade do movimento de fomento à produção e consumo artístico cultural de
editais municipais, relaciona-se também quanto à sequência das Leis nº 14.399,
de 8 de julho de 2022, a Lei de Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura,
e Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022, conhecida como Lei Paulo
Gustavo, haja vista que o aporte recebido pelo município passaria a casa de um
milhão de reais, demandando diálogo com a categoria artística, fora os trâmites
legais para lançamento das minutas dos editais. Frente a isso, nós, comunidade
artística e/ou de produção cultural, manifestamos nossa preocupação e desejo
por um cenário democrático de redistribuição de subsídios, de ampliação de
produção e consumo de arte/cultura no município de Vilhena, bem como a
existência de um diálogo aberto e desburocratizado entre Fundação Cultural e
toda a categoria.
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