Quarta-feira, 7 de julho de 2010 - 21h13
Encerrou neste último domingo, dia 04 julho, o maior e mais esperado espetáculo de cultura produzido em Rondônia, o popularíssimo Arraial Flor do Maracujá. No período de sua realização, paralelamente, também aconteceu a XXIX edição da Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás, vitrine reluzente por onde circulam as mais frondosas expressões culturais do plano imaterial, produzido por artistas anônimos das terras habitadas por karipunas, karitianas, caboclos, beiradeiros, guaporeanos e migrantes de todas as levas e das mais variadas regiões do país.
A Mostra do Flor do Maracujá abarca e expõe ao grande público, numa perfeita compreensão de democracia cultural, a nossa mais refinada e popular produção cultural intangível, materializada na forma plástica de exuberantes agrupamentos de quadrilhas juninas e bois-bumbás.
O conceito de patrimônio cultural imaterial compreende um conjunto de bens intangíveis, contendo as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva, em respeito ao seu passado, garantindo assim, a posteridade de sua ancestralidade.
Os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, as lendas, as músicas, os costumes e tantas outras tradições são os exemplos mais comuns de patrimônio cultural imaterial (ou intangível).
Quem foi ao Arraial Flor do Maracujá não frequentou apenas mais um evento de cultura popular. O grande público circulou, na verdade, por salões imaginários de uma grande galeria de arte. Passeou por ambientes de um grande e importantíssimo museu de arte e cultura popular e contemporânea, onde foram expostas, para o deleite de todos, nossas mais relevantes obras primas, assinadas por desconhecidos artistas beradeiros, detentores de um talento nato e de uma imensurável criatividade, comparáveis ao valor e calibre de grandes mestres da arte universal, como Leonardo da Vinci, Michelangelo Caravaggio, Van Gogh, Manuel da Costa Ataíde, Alfredo Volpi ou mesmo, o nosso expoente maior do academicismo caboclo, mestre Afonso Licório.
O Arraial Flor do Maracujá é o nosso Museu do Louvre, pois, assim como o Louvre, o Flor é o guardião de nossos grandiosos objetos artísticos imateriais, patrimônio cultural intangível da região, do Brasil e também da humanidade.
Os grêmios culturais de quadrilhas juninas e bois-bumbás que se apresentaram no espaço cênico da Mostra do Arraial Flor do Maracujá, realizada há 29 anos, se colocam em nosso imaginário coletivo de caboclos e beradeiros, em mesmo grau de importância, magnitude e plano, como está posto para humanidade o quadro Monalisa, de Leonardo da Vinci. Nossos folguedos, no viés estético de produção popular, e o quadro da Monalisa, na moldura da produção erudita, são exemplos da genial ancestralidade artística do homem, daí a necessidade de institucionalização das políticas continuadas para preservação e perpetuação do bem cultural.
Fonte: Blog do Ariel Argobe
Videocast sobre moda e cultura é produzido em Vilhena
Com o objetivo de promover um diálogo entre moda e cultura em Rondônia, o projeto do videocast “Moda e Cultura: Um Diálogo em Rondônia” está sendo p
A III Feira de Conscientização e Prevenção Contra Queimadas, realizada no dia 25 de junho no Galpão da Feira, em Nova Mutum Paraná, foi palco de um
Banda Os Últimos se apresenta hoje no Festival Acústico Lo Fi na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
A Banda Os Últimos, um dos grandes nomes do rock autoral rondoniense, sobe ao palco hoje (28/06) no Festival Acústico Lo Fi, que acontece na históri
Depois de percorrer escolas e ter sua primeira mostra pública às margens do Rio Purus, em Lábrea, cidade que inspirou a obra, “Pela Água, Sempre!” s