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Viriato Moura

CARAS DE PAU



Sinceramente, há coisas que acontecem no Brasil com aval de instituições oficiais que nos levam a acreditar que este, como disse Charles de Gaulle, não é um país sério.

Como se não bastasse o risco que corremos viajando em aviões de empresas que não estão nem aí para a segurança e o confortoCARAS DE PAU - Gente de Opinião de seus usuários, visto que não disponibilizam espaços suficientes entre os assentos de suas aeronaves, ainda temos que, para usufruir de tais espaços, pagar uma taxa adicional.

Pois é, se você não sabia, fique sabendo que com o aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), através Resolução n٥ 9 de 05 de junho de 2007, as companhias aéreas estão autorizadas a cobrar uma taxa    pelo que chamam de assento conforto.

O assento conforto nada tem de especial. São apenas os assentos da primeira fila e das filas das saídas de emergência da aeronave. Estes, com um pouco mais de espaço entre as filas que o separam. Só isso. Ou seja, para que você tenha o direito de viajar com mais segurança e acomodado como deve ser, terá que ser incomodado tendo de ir a outro balcão no aeroporto para pagar a tal taxa de assento conforto(?!) – 20 reais por pessoa. Depois, deve apresentar o comprovante de pagamento no balcão do check-in. E tem mais, ao chegar na aeronave e se dirigir a tal assento que você pagou “por fora” ainda é interceptado por um comissário que lhe pede, mais uma vez, o comprovante. Posta em prática desde o último  dia 21 de fevereiro, segundo o comissário que nos atendeu em voo recente da TAM, a tal taxa já gerou alguns impasses.

Nada de mais que sejam cobrados acréscimos quando condições ou serviços melhores são acrescidos. Agora, chamar de assento conforto e sobretaxá-los apenas porque que oferecem o que todos os outros deveriam oferecer, ou seja, acomodação mais  segura e confortável para os passageiros, aí já é demais.

Ao que tudo indica, quem manda e desmanda na Anac  são as companhias aéreas. Dia desses divulgaram que a questão da falta de espaço entre os assentos seria resolvida. Até agora, nada. Enquanto isso, os passageiros continuam viajando como sardinhas em lata, correndo o risco de ter seus membros inferiores esmagados se o avião fizer um pouso de emergência ou até mesmo apenas uma desaceleração brusca e violenta. Depois que as coisas acontecem, caras de pau —públicos e privados – vão para a mídia com “justificativas” injustificáveis. Cada um querendo por a culpa no acaso ou no outro. Lamentável.

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Fonte: Viriato Moura / jornalista DRT-RO 1067 - [email protected]
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