Porto Velho (RO) sábado, 18 de maio de 2024
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 18/07/08


 

Quem vive de passado respeita a história

José Monteiro (*)

Ainda vivemos resquícios das festividades juninas. Certamente encontraremos pequenos arraias nas escolas ou em outras instituições de caráter filantrópica que se utilizam, desse momento, para arrecadar algum dinheiro que possa custear suas atividades sociais. Louvável, portanto.

Não há como não concordar que nesse período as atenções estejam voltadas para o arraial flor do maracujá. E a afirmativa é verdadeira na medida em que o evento em questão, há algum tempo, vem se constituindo numa vitrine onde se expõe de tudo. Ainda falta desvelo com a história e com a tão vilipendiada tradição, objeto sublime da cultura de um povo.

Quando se pensou criar o flor do maracujá o objetivo precípuo focava na direção do resgate dos nossos grupos folclóricos e na revitalização de um punhado de valores tradicionais. Sim, essa seria a redoma onde abrigaria a comida típica, o "pau de sebo", a rádio cipó, o curral de pau-a-pique, as bandeirolas nas barracas , os bois-bumbás dos tempos do saudoso Galego e as quadrilhas. Não o molde que aí está e sem a verdade do casamento na roça. Nos vem a saudade das damas com seus belos cabelos trançados, maquiagem extravagante e rodopiando elegantemente um vestido rendado e colorido.

Nada contra o evento. Pelo contrário. Não fora ele, certamente não teríamos um referencial que nos possibilitasse conservar o que ainda resta da nossa memória . Esse pensamento nunca será contrário ao novo. Convém lembrar que a história precisa ser preservada para servir, amanhã, de referência às futuras gerações. Falta critério e respeito na medida em que se utiliza de um bem cutural de caráter popular , lhe arranca a essência e o transforma em qualquer "coisa", menos num produto que tenha , no seu bojo, a vivência de um povo, especialmente de uma comunidade. Nunca deve ser, em momento algum, um brinquedo de quem, de forma tresloucada, busca a notoriedade ou a atenção para si mesmo.

Quando somos tachados de retrógrado, afirmo não ser verdade. Não somos e nunca seremos oponente ao novo, muito menos contrário ao desenvolvimento cultural de nosso estado. Somos, sim, defensores intrépidos da história, de cujo processo e pela forma como foi construída, tornou-se um bem imaterial e deve ser um patrimônio conquistado, portanto irretocável e à disposição das gerações futuras.

Esse pensamento não é um paradoxo. Com certeza não é. Muitos compartilham dessa reflexão. Certamente, se disseminassem publicamente suas idéias, o paradigma que aí está não teria criado raízes, se fortalecido tanto e a nossa cultura polular, tecida ao longo dos anos, não seria tão achacada.

Em que pese tudo isso, o arraial flor do maracujá continuará sendo o palco para a exposição da nossa tradição, especialmente do ciclo junino. É mister que a Secretaria de Cultura não renuncie ao propósito de resgatar o que se perdeu e moldure, de forma indelével, o que ainda existe.

Dizem aos quatro cantos que "quem vive de passado é museu". Lamentável afirmação. Esse é o bastão do despreparo e o único instrumento de defesa dos que não possuem peças suficientes para argumentar e sustentar à altura a temática em questão. Utilizando do direito de resposta, vale a réplica: - Quem vive de passado preserva a história. E quem preserva a história tem respeito para com as futuras gerações. Com certeza! 



A Associação do Patrimônio Histórico do Estado de Rondônia e Amigos da Madeira-Mamoré (A.M.M.A) programou para a tarde de ontem (18) um ato público no pátio da ferrovia, em Porto Velho, para lembrar os 36 anos de desativação e abandono de um dos maiores patrimônios históricos do Estado.

******
A data relembra a paralisação e desativação da ferrovia e seu último apito ocorrido a 10 de julho de 1972 por determinação da ditadura militar.

*******
No ato, os Amigos da Madeira-Mamoré denunciaram, além do abandono, a descaracterização do patrimônio histórico pelos poderes públicos; a omissão dos órgãos responsáveis pela administração do patrimônio histórico; e a indiferença da classe política pela preservação das raízes históricas do povo rondoniense.

******
Por falar nisso! Nem mesmo o professor, escritor, pesquisador, poeta e contestador Antônio Cândido da Silva escreveu alguma coisa a respeito do assunto.

*******
Será que a data da desativação da Estrada de Ferro também está errada.

******
O último apito não aconteceu no dia 10 de julho de 1972?

******
Aliás, ultimamente o "Rei" da verdade, anda errando muito.

******
Escreveu uma crônica e colocou que o Mercado Público Municipal, que o prefeito Roberto Sobrinho está revitalizando, se chama Mercado Central.

******
O Mercado Central é aquele que fica entra a Farquar e a Euclides da Cunha e a José do Patrocínio e a Renato Medeiros que também está em obras.

******
O Mercado que começou na administração do Major Guapindaia, foi demolido e recomeçado na segunda gestão do prefeito Tanajura e concluído em 1948 quando Ruy Catanhede era prefeito.

******
Recebeu o nome de "Mercado Público Municipal" e não CENTRAL como escreveu Cândido em sua coluna publicada no site
www.gentedeopiniao.com.br.

******
Recentemente, assisti um membro da A.M.M.A denunciando, que ali na praça da Madeira-Mamoré onde a prefeitura aterrou e está anunciando que vai construir uns quiosques. É um sítio arqueológico, inclusive mostrou alguns isoladores (de louça) de corrente de energia.

******
Vamos ver se meu espaço comporta uma historieta vivida por esse que escreve essa coluna.

******
Justamente onde a prefeitura está trabalhando o aterro, em frente ao Mercado Central.

******
Existiu uma vila de casas e numa das casas ali existentes, vivi parte da minha infância e adolescência.

******
O que existia naquele trecho além da vila de casas.

******
Era o BRITADOR DO GOVERNO territorial, que por muito tempo, foi administrado pelo senhor chamado de Quincas.

******
Na realidade, onde hoje está a praça propriamente dita, mais para o lado da avenida Sete de Setembro era o depósito de combustível da Madeira-Mamoré.

******
Pelo outro lado da Sete de Setembro e ao lado do galpão das oficinas da rontuda, existia a carpintaria e marcenaria da Estrada de Ferro.

******
E logo depois, uma casa que abrigava as caldeiras que forneciam a energia para o funcionamento das máquinas da oficina.

******
Se alguma peça existe por ali, é porque foram jogadas, assim como foram jogadas, várias locomotivas e composições no Rio Madeira e ao longo da Ferrovia de Porto Velho a Guajará-Mirim.

******
O resto é conversa fiada de quem não tem o que fazer!

******
Hoje é o aniversário da Natália. Pra quem não sabe é minha querida netinha, filha da minha filha Aline e do Helton. Natália que está curtindo uma catapora daquelas, recebe os amiginhos juntamente com sua irmã Ingride para uma brincadeira com muito bolo e refrigerante. Parabéns minha netinha Natália!

Fonte: Sílvio Santos


Sesc lança prêmio de
literatura 2008

Até o dia 15 de agosto os escritores podem fazer inscrições nas unidades do Sesc

O Serviço Social do Comércio – Sesc divulga o Edital, que abre inscrições aos interessados em participar do Prêmio Sesc de Literatura 2008. O evento tem como objetivo premiar textos inéditos, escritos em língua portuguesa, por autores brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, nas categorias literárias Conto e Romance. Cada concorrente poderá participar com apenas uma obra em cada categoria. Caso participe em ambas categorias, as inscrições deverão ser enviadas separadamente, com pseudônimos distintos. O texto deverá ser inédito, ou seja, nunca Ter sido publicado por qualquer meio impresso ou eletrônico. Entende-se por publicação o processo de edição de uma obra literária e sua distribuição em livrarias. O autor não pode Ter nenhum livro publicado na categoria em que se inscrever. Os originais devem ser enviados em quatro vias, sem ilustrações,  datilografados em espaço duplo ou impresso em papel A4, em  apenas um lado. Neste caso, a formatação deverá ser: fonte Times New Roman tamanho 12, estilo normal, na cor preta, parágrafo de alinhamento justificado; espaço entrelinhas duplo; margens 2,5. As quatro vias deverão ser encadernadas, com folha de rosto na qual deverão constar o título da obra e o pseudônimo do autor.  Em envelope lacrado, em anexo, deverão ser enviados os dados do autor; pseudônimo, nome, data de nascimento, título da obra, identidade, CPF, endereço completo, telefone, e-mail e currículo resumido. A obra enviada deverá Ter entre 130 e 400 laudas, caso seja romance; e 70 e 200 laudas, caso seja livro de contos. As inscrições deverão ser enviadas entre 15 de abril e 15 de agosto de 2008. A data que constar no carimbo do correio servirá como comprovante de inscrição no prazo determinado. Informações adicionais sobre  como e para onde enviar as inscrições podem ser obtidas nas Unidades do Sesc em cada estado, ou obtidas no portal www.sesc.com.br. O resultado do Prêmio Sesc de Literatura 2008 será divulgado em janeiro de 2009.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSábado, 18 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Lenha na Fogueira com o filme "O Pecado de Paula" e os Editais da Lei Aldir Blanc

Lenha na Fogueira com o filme "O Pecado de Paula" e os Editais da Lei Aldir Blanc

A Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), realiza neste sábado (16), o ensaio para a gravação do filme em linguagem teatral "O Pecado de Pau

Lenha na Fogueira com o Museu Casa Rondon e a eleição da nova diretoria da FESEC

Lenha na Fogueira com o Museu Casa Rondon e a eleição da nova diretoria da FESEC

Entrega da obra do Museu Casa Rondon, em Vilhena.  A finalidade do Museu é proporcionar e desenvolver o interesse dos moradores pela rica história

Lenha na Fogueira com o Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças

Lenha na Fogueira com o Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças

Hoje os católicos celebram o Dia de Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Brasil. Em Porto Velho as celebrações vão acontecer no Santuário de Apareci

Jorgiley – Porquinho o comunicador que faz a diferença no rádio de Porto Velho

Jorgiley – Porquinho o comunicador que faz a diferença no rádio de Porto Velho

Tenho uma maneira própria de medir a audiência de um programa de rádio. É o seguinte: quando o programa ecoa na rua por onde você está passando, dando

Gente de Opinião Sábado, 18 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)