Miriam Saldanha - Quatro anos da administração Roberto Sobrinho

 
A Chefe de Gabinete da prefeitura municipal de Porto Velho administradora Miriam Saldanha, faz um relato sobre os quatro anos da administração do prefeito Roberto e nos coloca a par dos projetos que devem ser desenvolvidos no novo mandato.

Aproveitamos a carona da entrevista da Miriam Saldanha para parabenizar o prefeito Roberto Sobrinho pela nomeação do Altair dos Santos Lopes o nosso Tatá como presidente da Fundação Cultural Iaripuna. Tatá com certeza foi uma escolha perfeita uma vez que ele tem aceitação no meio de todos os seguimentos culturais de Porto Velho. A cultura de Porto Velho com a nomeação do Tatá está em boas mãos.

Voltando a entrevista com a Miriam. O leitor vai ficar sabendo sobre os apartamentos que estão sendo construídos nas proximidades do bairro do Triângulo "Essa obra só não está concluída porque os Amigos da Madeira Mamoré entraram com ação solicitando sua paralisação. Isso causou ao município um prejuízo enorme". Os moradores da Zona Sul segundo Miriam Saldanha serão os mais beneficiados com as obras do PAC principalmente no que diz respeito a saneamento básico e asfaltamento.

Agraciada recentemente com Moção de Aplausos na câmara de vereadores por ter designado que o hino do município de Porto Velho deve ser executado em todas as solenidades oficiais da prefeitura. "Quero aqui externar em nome de todos os funcionários do gabinete e do cerimonial da prefeitura, os agradecimentos ao vereador Mário Jorge pelo reconhecimento ao nosso trabalho". Carnavalescas por excelência, a porto velhense nascida no "Seringal 70" Mirian Saldanha não deixa de participar dos desfiles de todos os blocos carnavalesco de Porto Velho. "Vou na Banda do Vai Quem Quer; Galo da Meia Noite; Rio Kaiary, Pirarucu do Madeira e é claro, nos desfiles das escolas de samba". A Chefe de Gabinete do prefeito Roberto Sobrinho nessa entrevista garante a realização do Baile Municipal e a parceria com a Federação das Escolas de Samba de Rondônia – Fesec.

Bom mesmo, é ficar sabendo como vai ser o novo mandato do prefeito Roberto Sobrinho.

E N T R E V I S T A

Mirian Saldanhã entre o vereador Mário Sérgio e a Vereadora Epifania na solenidade de posse do Prefeito Roberto Sobrinho e Vereadores do município de Porto Velho - RO.

 

Zk – Como a senhora analisa administrativamente o ano de 2008?

Miriam Saldanha – Na verdade estamos fechando um ciclo de quatro anos de administração do prefeito Roberto Sobrinho. 2008 foi um ano importante porque foi o ano da consolidação dos recursos do PAC.

 

Zk – Esses recursos somam quanto em espécie?

Miriam Saldanha – Somam 400 Milhões para gerenciar a aplicação na cidade. Então foi um ano de consolidação na busca desses recursos. O fechamento dos quatro anos da administração também é muito positivo.

 

Zk – Já que a senhora entrou no assunto. Vamos fazer um apanhado dos quatro anos da administração Roberto Sobrinho?

Miriam Saldanha – No primeiro ano tivemos dificuldade porque estávamos entrando. Foi um ano de conhecimento da máquina. No segundo ano, a gente começou a fazer os projetos, já sabíamos quais eram as dificuldades da prefeitura e então passamos a fazer os projetos.

 

Zk – E os outros dois anos?

Miriam Saldanha – A partir do terceiro e quarto ano, foi que começamos a ter resultado. O trabalho começou realmente a aparecer. O próximo mandato que estamos iniciando, é para consolidar as ações, que é o resultado de todo esse trabalho realizado no primeiro mandato.

Zk – Notamos que o ano de 2008 marcou o inicio de várias obras na cidade. E como está o andamento dessas obras?

Miriam Saldanha – Esses dias estávamos olhando aqui, quantas obras estavam em andamento e concluímos que a prefeitura tem mais de 100 obras em andamento, isso é um número muito expressivo. É uma quantidade de obras como nunca teve no município. É claro que enfrentamos algum problema com esse número de obra. Nossa fiscalização não é suficiente, tanto é, que uma das medidas da reestruturação da prefeitura foi exatamente no sentido de melhorar nossa fiscalização. Criamos uma coordenadoria só de fiscalização de obras. Criamos uma secretaria nova que é a secretaria de Projetos e Obras Especiais, que vai cuidar só das grandes obras como drenagem, asfaltamento e construção de apartamentos.

 

Zk – Por falar em construção de apartamentos! Como está o caso da construção dos apartamentos do Triângulo?

Miriam Saldanha - Ali nós tínhamos dois conjuntos de apartamentos e apenas um está em bom andamento. O da entrada da Candelária está com a obra parada por conta de uma ação impetrada pelos Amigos da Madeira Mamoré, solicitando ao IPHAN a paralisação da obra. Essa paralisação está causando um prejuízo danado. A gente já tinha limpado o terreno e se obra tivesse continuado certamente já estava com a metade das casas construídas e já estava mais fácil de entregar. Nossa pretensão no inicio do ano, era que o pessoal do Triângulo e da Baixa da União não passasse esse inverno lá, porém, nem tudo sai do jeito que a gente quer.

Mirian Saldanha (de branco) na solenidade de posse do prefeito Roberto Sobrinho e dos vereadores.

 

Zk – Tem recurso garantido para essas obras?

Miriam Saldanha – O recurso está na Caixa Econômica.

 

Zk – Entre essas obras todas. Quais as mais importantes para a administração?

Miriam Saldanha - As mais importantes são a de drenagem e asfaltamento. Vou te dar o exemplo de uma pronta que representou muito na vida das pessoas. Vai lá ao Ulisses Guimarães hoje para ver como o povo está contente. Era um lugar que tradicionalmente não seria lembrado para se fazer um investimento daquele tamanho, mas, o prefeito tem uma linha de atuação que é trabalhar para aqueles que mais precisam. Outro exemplo bonito. Esse é nosso sonho, é a menina dos olhos do prefeito Roberto Sobrinho.

 

Zk – Onde está sendo desenvolvido esse sonho?

Miriam Saldanha - Esse trabalho está sendo feito ali no Triângulo e Baixa da União. Os apartamentos que estão sendo construídos são para atender essas famílias que serão retiradas dali daquela zona triste, alagada. Assim que os apartamentos tiverem prontos vamos tirar as famílias e leva-las para os apartamentos. Elas mesmas vão escolher seus apartamentos.

 

Zk – Quem mora aqui sabe que aquela área já gerou vários bairros, como Meu Pedacinho de Chão, Vila Tupi e Liberdade. Só que assim que ganham os terrenos ou casas, vendem e voltam novamente para a área alagadiça. O que a prefeitura pretende fazer para acabar com esse procedimento?

Miriam Saldanha - Assim que as famílias saírem, vamos derrubar tudo ali e já vamos começar a segunda parte da urbanização. Será uma grande obra de urbanização. Ali vai ser construído um grande parque, inclusive com uma área para os passarinhos. Começa no Cai N'água e vai subindo até o Triângulo.

 

Zk – Vocês foram buscar aonde esse projeto?

Miriam Saldanha – Não sei se você conhece o "Mangal das Garças", lá em Belém, um projeto maravilhoso que foi feito pela arquiteta Rosa Kis. Pois o prefeito Roberto Sobrinho foi buscar a Rosa Kis para trabalhar esse projeto aqui pra gente. É uma coisa linda, é uma obra toda desenvolvida dentro da nossa concepção, considerando os nossos recursos a nossa paisagem, é um negócio muito lindo, você vai amar. Esse é o projeto da menina dos olhos do prefeito, além dos outros.

 

Zk – E o calo seco da prefeitura e do prefeito. Estamos nos referindo à obra da Vieira Caula. Como está sendo resolvido esse problema?

Miriam Saldanha – A Caula estamos no processo de chamar outra empresa, porque a empresa que ganhou a licitação não deu conta de fazer o trabalho. É necessário que se explique. Com a desistência da empresa que ganhou a licitação, chamamos a segunda e a terceira empresa e elas não quiseram assumir a obra. Eram seis empresas que estavam depois da que estava tocando a obras e como nenhuma quis assumir o contrato a prefeitura tem a possibilidade fazer uma contratação direta, isso já está sendo finalizado. Aquilo ali vai ser resolvido é uma via muito importante para Porto Velho. Infelizmente, as empresas vinham de um costume que a empresa assume uma obra e acha que não tem que cumprir com aquilo que foi a condição constante da licitação. Do jeito que a gente licitou quer receber a obra. Muitas empresas têm dificuldade de trabalhar com a gente, porque é preciso ter um trabalho sério. É assim, você quer um asfalto com 12 cm de camada, não me venha entregar com 6 ou com 8 porque só vamos pagar se estiver com os 12 cm.

 

Zk – Sempre estamos ouvindo no programa "A Bronca é Sua a Ajuda é Nossa", levado ao pela rádio Caiari de segunda a sexta-feira, a população da Zona Sul dizendo que o prefeito ou a prefeitura só faz obra na Zona Leste. Como vocês pretendem administrar esse ciúme?

Miriam Saldanha – Na verdade, esse é um boato que foi alimentado por conta das eleições. Acontece que na primeira eleição em 2004, o prefeito foi muito bem votado na Zona Leste e então os trabalhos da administração Roberto Sobrinho começou por lá. Você lembra que era na Zona Leste que tínhamos o maior problema de alagação. Lembra como foi em janeiro/fevereiro de 2005, foi um inferno. Em virtude disso a prefeitura no inicio, teve que priorizar o trabalho lá, hoje não se ouve mais falar em alagação naquela área, por isso espalharam esse boato. O prefeito não trabalhou só na zona leste, trabalhou em toda cidade.

 

Zk – Na Zona Sul?

Miriam Saldanha – Ali iniciamos todo um trabalho. A maior parte dos recursos do PAC no que diz respeito a asfaltamento e drenagem vão para a Zona Sul. Ali construímos praça o asfaltamento está em franco andamento e vem aí muita coisa boa para a Zona Sul. Dentro de um ano mais ou menos, a Zona Leste vai dizer que o prefeito só ama a Zona Sul. O grosso do trabalho vai ser na Zona Sul agora.

 

Zk – Outro problema de ciúme é quanto às obras de saneamento. O governo estadual diz que os trabalhos serão desenvolvidos por ele. Já o governo municipal diz que é ele o responsável. Na realidade quem é quem nessa obra?

Miriam Saldanha – É preciso dizer, que o fato do prefeito ser filiado ao PT aproxima muita essa administração do presidente da república. Ninguém nega que o fato da prefeitura ter recebido muito recurso é essa proximidade partidária. Outra coisa que abre portas é o fato de termos uma senadora do PT e um senador do PMDB mais um deputado federal do PT e uma deputada federal do PMDB isso é importante para abrir portas. Esse conjunto de coisas garantiu o recurso para a água em Porto Velho. A prefeitura poderia assumir esse trabalho, mas, o prefeito numa demonstração de grandeza política, compromisso, inclusive com os trabalhadores da Caerd, achou por bem deixar esse trabalho para a Caerd. Tem que ser um político de alma grande para fazer isso. A prefeitura poderia fazer sim, seria muito simples pra nós, mas, num ato de grandeza o prefeito deixou as brigas partidárias de lado e disse, vamos deixar pra Caerd fazer. Entenda-se que isso é concessão da prefeitura para a Caerd.

 

Zk – E o governo estadual entra aonde nessa história?

Miriam Saldanha – O governo só vai fazer, porque a prefeitura assim o quer isso é claro. Está sendo votado um projeto de lei que passa a concessão de água para a Caerd por 30 anos. Por que precisa um projeto de lei? Porque é um desejo do prefeito. Não adianta o governador dizer que foi ele que trouxe que não foi. Foi o governo Lula que trouxe, a pedido do prefeito, do senador, da senadora, do deputado e da deputada. O governador não consegue abrir portas em Brasília, ele não tem um bom relacionamento com o presidente Lula.

 

Zk – Estamos vendo as obras do mercado cultural, do mercado central, da praça Rondon e da praça Getúlio Vargas e da Madeira Mamoré. Tem previsão para a conclusão dessas obras?

Miriam Saldanha – Tem muita coisa boa. Não quero antecipar algumas notícias porque quem vai dizer isso pra você é o prefeito. Deixa eu listar algumas coisas que estão em andamento. Vila Candelária aquela lá do peixe do seu Manoel. Nós iniciamos uma obra lá e parou e nós ficamos estressados, porque aquilo ali tem que ter pressa ali vai ficar muito lindo. Galpão da Estrada de Ferro está em bom andamento, além disso, começou as obra de alargamento da Farquar cujo objetivo, é abrigar aquela praça de alimentação lá da beira do rio onde vamos urbanizar. O prefeito já conseguiu o recurso para reformar os outros dois galpões. A obra daquele galpão das oficinas vai ser uma coisa de louco, mas, quem vai te dizer isso é o prefeito. Temos o mercado cultural que está uma tetéia. Temos o mercado central onde tivemos um probleminha que já está sendo resolvido. A praça Getúlio Vargas e a praça Rondon que estão ficando muito bonitas.

 

Zk – E parque da cidade! Quem está construindo, é a prefeitura ou o Porto Velho Shopping?

Miriam Saldanha – O Parque da Cidade é contra partida do Shopping para com a cidade. A obra já quase toda concluída.

 

Zk – Nós sabemos que a Fundação Cultural do Municio a Iaripuna não tem orçamento. Como a administração pretende resolver esse problema?

Miriam Saldanha – A Fundação acaba sobrevivendo do orçamento da prefeitura também, assim como a Emdur. Só que a Emdur tem um fundo de iluminação que é o que dá certo fôlego. A Fundação Iaripuna tem mil possibilidades, ela não pode depender dos recursos da prefeitura. A maior parte das atividades da Fundação em 2008 foi patrocinada e o Banespa/Santander foi o grande patrocinador da cultura nesses quatro anos.

 

Zk – Com a construção das usinas do Madeira Porto Velho vai receber um grande contingente de migrantes. A prefeitura está preparada para dotar a cidade de infra-estrutura para receber esse povo todo?

Miriam Saldanha – Desde quando assumimos a prefeitura em 2005 passamos a desenvolver estudos no sentido desenvolver ações para minimizar os impactos. Você não tem como zerar os impactos, mas tem como minimizar, por isso foi feita essa reestruturação administrativa na prefeitura. Dentro da negociação da contrapartida com as hidrelétricas, temos a construção de hospitais, o pronto socorro e uma série de outras medidas e também na área da educação e principalmente na área de transporte.

Mirian Saldanha entrega a chave da cidade ao Rei Momo no Carnaval de 2008.

 

Zk – Quem é a Miriam Saldanha a mulher do ano de 2008?

Miriam Saldanha – É uma cabocla porto velhense, filha de soldado da borracha cearense com índia boliviana. Acho quer aqui é o melhor lugar do mundo, tenho um amor, um carinho e por isso um compromisso muito grande com a minha cidade.

 

Zk – Você nasceu em Porto Velho?

Miriam Saldanha – Na verdade nasci no Seringal 70. Meu pai era seringueiro e nasci às margens de um rio que não lembro bem se é o rio Jaru, mas, sou registrada como filha de Porto Velho. Meu primeiro trabalho foi no Banco Beron onde trabalhei da inauguração até sua liquidação, depois fiz concurso e passei para o Banco do Brasil. Minha formação profissional é Administradora e to aqui como soldada do PT, hoje como Chefe de Gabinete do prefeito Roberto Sobrinho.

 

Zk – É uma soldada que inclusive comanda o carnaval das escolas de samba. Certo?

Miriam Saldanha – Quando é para comandar essa parte festiva é muito bom. Vejo essa parte cultural como muito importante para a história de um povo. O carnaval, assim como nossas festas juninas e outras demonstrações de cultura do nosso município, é uma ferramenta de inclusão, as festividades, são as formas mais prazerosas de você incluir as pessoas.

 

Zk – Recentemente a senhora foi homenageada na Câmara de Vereadores com uma moção de aplausos por ter transformado em obrigação a execução do hino de Porto Velho nas solenidades oficiais da prefeitura. Fale sobre essa homenagem?

Miriam Saldanha – Eu particularmente acho a letra do nosso hino maravilhosa e sempre gostei muito. Quando eu ainda estava lá na Fazenda a gente tinha poucas atividades públicas, mas, nas atividades fazia questão que o hino fosse tocado porque percebi que até nossas autoridades não conhecem o hino. A primeira vez que tocamos o hino numa atividade da Secretaria Municipal da Fazenda parecia que estava se tocando uma coisa estranha. Quando vim pro gabinete, percebi que nas cerimônias o cerimonial não tinha esse hábito, eu acredito que os símbolos cívicos devem estar ali, impregnados em nosso sangue em nossa mente, é uma forma de você cultivar o nosso amor pelo município. Nós mudamos nosso cerimonial, todas as atividades, inaugurações etc. Tocamos o hino do município. Hoje já percebemos as pessoas cantando. Produzimos um CD para distribuição gratuita e a idéia é produzir mais CD para distribuir pelos quatro cantos da cidade, principalmente para as nossas emissoras de rádio. E o vereador Mário Jorge propôs e os demais vereadores aprovaram a comenda que recebi em nome do gabinete e do cerimonial da prefeitura o que me emocionou muito.

 

Zk – Qual é o bloco carnavalesco que a senhora gosta de brincar.

Miriam Saldanha – Vou a todos, Banda, Galo, Pirarucu inclusive no Mistura Fina fantasiada de Zekatraca!

Fonte: Sílvio Santos / www.gentedeopiniao.com
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