Segunda-feira, 28 de abril de 2025 - 10h00
Há, agora, uma grande reação
ao “politicamente correto” que, como não se pode desconhecer, está intimamente associado
a um conjunto de normas sociais que pretendem evitar palavras e comportamentos
que sejam considerados ofensivos ou discriminatórios. Há razões fundadas para
isto, pois, o exemplo mais obvio é o de criticarem Monteiro Lobato por
considerarem parte de sua obra infantil “racista” (qua!qua!) ou, outro exemplo
absurdo, é de associar a Gilberto Freyre, um conservador, mas, reconhecidamente
adepto da multirracionalidade, inclusive, de certa forma, seu livro é um elogio
ao Brasil por sua miscigenação, de racista, anti-semita, xenófobo, machista e
sei lá mais o quê. Vamos ser claros: Gilberto Freyre usa, e abusa, de adjetivos
e de opiniões no seu livro (e ninguém é obrigado a concordar com elas), mas,
enciclopédico como foi, escreve sobre quase tudo, de alimentação passando por
agricultura e até mesmo genética, com tantas teses, dados e argumentos que seria
impossível estar certo em todas. Como, porém, compreender o Brasil, e Portugal
em parte, sem ler “Casa Grande & Senzala”? Pode-se acusá-lo de tudo menos
de não ter escrito um livro importante e polêmico. Mas, pela ótica do
politicamente correto, não muito diferente da inquisição, seus livros deveriam
não ter sido escritos e, como foram, mereceriam a fogueira. E, no fundo é isto
que faz com que o “politicamente correto” seja uma forma de totalitarismo. É,
sem sombra de dúvidas, uma imposição de censura às ideias e aos comportamentos
que limitam a liberdade de expressão. Mais do que isto, sob o argumento bom
mocista de querer impor o que, supostamente, é bom, no fundo, existe a ideia de
promover uma visão única, de homogeneizar o pensamento. É um ótimo instrumento
para o controle social, de vez que todos os regimes totalitários desejam calar
a voz dos opositores, seja impedindo suas falas, seja banindo a oposição,
prendendo, acusando de “fake news” quem pensa diferente ou cancelando e,
modernamente, retirando os meios de sobrevivência e até mesmo impedindo acesso às
mídias sociais. A evidência moderna é a de que o “politicamente correto” tem
servido muito para a manipulação do discurso público para moldar a percepção
social (os anúncios politicamente corretos de hoje são peças toscas e, como
diria o Falcão “Ó gente feia”) visando confirmar a narrativa dominante e
usando, descaradamente, a demonização das divergências. Enfim, a intenção do
politicamente correto de promover respeito e inclusão somente semeia controle,
acirramento e ódio. Basta ver a perseguição feita aos humoristas que, hoje,
fazem piadas com receio de ir para a cadeia. É como se, na vida real, não
existisse preconceitos, rejeições, preferências, bondade, má intenção e mesquinhezes
que, no fundo, representam quem somos e como ou quanto podemos melhorar. Não será a nova fala, nem os eufemismos,
redefinições ou invenções semânticas ou etimológicas que irão resolver as
disputas humanas e suas diferenças ou aversões. Pode até parecer que resolvem,
mas somente criam outras. O politicamente correto não é apenas autoritário. É
sim uma manifestação do totalitarismo travestido de boas intenções.
O Manchester City herdou o sobrenatural de Almeida
O futebol, hoje, como todas as coisas é globalizado. É verdade que, até por uma questão econômica, a Europa apresenta-se como num patamar superior,
Livro inédito sobre Elon Musk é um convite para pensar sobre nossas convicções
Há certas pessoas que são impossíveis, se goste ou não, de ser ignoradas pela diferença que fazem no seu tempo. Um César, um Alexandre, um Napoleão,
Gefion: o supercomputador que está transformando a inovação
Você já ouviu falar no Gefion? Ele é o primeiro supercomputador da Dinamarca, e uma verdadeira potência tecnológica! Inaugurado em 23 de outubro de
O Impacto Negativo da Instabilidade Jurídica no Crescimento Econômico Brasileiro
No cenário atual, fica cada vez mais evidente que muitas autoridades e políticos parecem não entender o que realmente significa ter um negócio ou in