Segunda-feira, 22 de outubro de 2007 - 21h59
Polêmica Marca Primeiro Dia de Seminário sobre Porto Velho. Terminou com bate-boca o primeiro dia do seminário “Porto Velho – Um Século de História”, que está sendo realizado no auditório da Justiça Federal. Promovido pela prefeitura municipal através da Fundação de Cultura Iaripuna, a abertura dos trabalhos e a saudação preliminar aos expositores foram feitas pelo juiz federal Flávio da Silva Andrade, representando a Seção Judiciária de Rondônia. O historiador Francisco Matias proferiu a palestra inaugural, abordando o tema “Geopolítica de Porto Velho”. Exerceu a função de moderador o jornalista José Carlos de Sá. Durante o evento, foi lido um manifesto dos pesquisadores e historiadores, no qual eles fizeram diversas reivindicações ao prefeito de Porto Velho. Roberto Sobrinho, presente ao ato, ouviu e respondeu a manifestação dos promotores culturais, destacando que sua equipe está viabilizando o trabalho de restauração de parte do complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, a reforma do Mercado Municipal, a construção de um teatro no Centro de Treinamento de Professores e implementando uma série de outras obras no setor cultural. Durante sua exposição, o palestrante Francisco Matias polemizou ao afirmar que “a Estrada de Ferro não pode ser vista apenas como um patrimônio histórico a ser reverenciado, mas deve ser encarada criticamente como um feito geopolítico do neocolonialismo multinacional. É nesse contexto que nasce a cidade Porto Velho, e é esse contexto que vai dar margem ao surgimento do pensamento segregador, racista e elitista. No Caiari, por exemplo, só moravam brancos, não havia um só cidadão negro no bairro. Os negros eram chamados genericamente de ‘barbadianos’ – o que é um grave equívoco, já que nem todos eram de Barbados, havia gente de outros países do Caribe ou das índias Ocidentais, como era chamada aquela região. Onde é que estão os estudantes de História, que deveriam estar aqui debatendo conosco as raízes da nossa cidade, discutindo o processo histórico que nos trouxe aqui? – indagou o pesquisador.
Polêmica e Enganos da História
Uma das vozes discordantes no campo da pesquisa historiográfica regional, o poeta e escritor Antônio Cândido, expôs durante o seminário a tese de que a figura do “Velho Pimentel” é apenas uma lenda e que data referência de nascimento da cidade de Porto Velho é 1908, e não 1907 como querem alguns historiadores. Cândido é autor do livro “Enganos da Nossa História”, obra que apresenta versão destoante em relação a muitas interpretações sobre a origem da cidade. A palestra de Matias Mendes – “Rondon e Porto Velho” – foi ouvida atentamente pelo público presente, mas gerou polêmica no momento do debate, provocada por uma pergunta do também pesquisador Francisco Matias: “o que o palestrante [Matias Mendes] acha de ser chamado por alguns intelectuais de ‘matuto boçal’? O questionamento gerou bate-boca com a platéia e com a filha do historiador Antônio Cândido e foi considerado impróprio pelo Presidente da Fundação, Júlio Yriarte. A polêmica envolveu, ainda a historiadora Iedda Borzacov, que trabalhava como mediadora da conferência. O seminário tem por objetivo debater diversos pontos controversos sobre a trajetória histórica da capital e prossegue amanhã com a realização de mais quatro conferências.
Fonte: Antônio Serpa do Amaral Filho
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