Primeira Mão - 02/09/10

OS RISCOS DO CORRENTISTA QUE USA A
INTERNET E O PERIGO DA IDA AO BANCO 

A insegurança toma conta de tudo e de todos. Nos últimos tempos, até a internet tem sido usada por especialistas para desviar dinheiro de contas. O caso da prisão do gaúcho Igor Soares da Silva, que morava num prédio de luxo em Fortaleza, comprova isso. Ao usar a internet e sem ter certeza de que sua senha e seus dados pessoais não estejam sejam copiados por hackers de computador, o correntista fica à mercê da sorte. Igor faturou mais de meio milhão de reais em poucos meses e poderia ter ganho muito mais dinheiro, não fosse a ação eficiente da polícia do RS que acabou desvendando o caso. Mais perigosa ainda está a ida aos bancos. Aqui mesmo em Rondônia, os ataques de bandidos na saída das agências tornou-se um problema sério. Uma das quadrilhas que atuava por em Porto Velho e região foi descoberta e está sendo desbaratada. Mas só o foi depois que os criminosos – certamente ajudados por alguém de dentro dos bancos, conforme investiga a polícia rondoniense – assassinaram a sangue frio uma mulher que tinha retirado mais de 30 mil reais de uma agência no centro da cidade.

Mesmo localizados os criminosos, entra um outro ingrediente também perigoso. A morosidade da Justiça e a falta de uma legislação específica para punir crimes cometidos via internet, além das facilidades que a lei dá aos criminosos, acaba transformando todo o trabalho policial em resultados pífios. Presos, os bandidos ficam pouco tempo atrás das grades e logo estão nas ruas de novo, para cometer os mesmos crimes. Não há mais garantia alguma para a vida do cidadão. O dinheiro desviado das contas ainda dá para recuperar, mas as vidas perdidas não. Portanto, que todos redobrem cuidados com a net. Ela pode ser de grande ajuda, mas também pode ser um caminho perigoso para facilitar a ação do crime.
 

MÊS DECISIVO

Um mês e um dia para a eleição de outubro. A disputa pelo governo está longe de se definir; a corrida pelo Senado ainda tem pelo uma das duas vagas em disputa acirrada; não se pode apostar como será a nova formação da bancada federal e muito menos da Assembléia Legislativa. Em pouco mais de quatro semanas, saberemos o que o eleitor decidiu.

VERGONHA NA CARA

Pode ser que o novo Congresso tenha vergonha na cara e comece a tratar da reforma eleitoral logo depois de assumir. Não é possível que outra eleição seja decidida nos tribunais, como a atual, por pura omissão de deputados federais, senadores e desinteresse do próprio governo. Está na hora de agir.

QUATRO DEZENAS

O Brasil tem hoje 42 partidos políticos. A maioria siglas de aluguel. Entre os nanicos, que nunca crescem de tamanho, há os partidos de extrema esquerda, até hoje, pelo menos, sem sensibilizar a grande maioria da população. Esses, contudo, ao menos são impulsionados pela ideologia. Pior os outros, que só existem por intere$$e, para con$eguir negociar com os outro$.

FICAM PARA TRÁS

Assuntos importantes que não se decidirão tão cedo: a transposição dos servidores do ex-território para a folha da União; a dívida do Beron, já paga mas que ainda leva mais de 15 milhões/mês dos nossos cofres; a nova Ceron que continua atendendo os rondonienses, via satélite, das praias do Rio de Janeiro; as obras de água e esgoto de Porto Velho paralisadas. Para citar só alguns exemplos.

PALAVRA DADA

Em relação às obras dos seis viadutos que estão sendo construídos na BR 364, na Capital, tanto a Prefeitura quanto o Dnit dão suas palavras de que elas estarão prontas dentro do prazo previsto: novembro de 2011. Embora quase parados, os serviços vão andar em breve, jura a administração municipal e o órgão do Mistério dos Transportes.  

PERIGO CONTINUA

Outro caso importante sem solução definitiva é o da Reserva Roosevelt. Mesmo com todo o esforço das autoridades, o garimpo de diamantes continua vulnerável ao contrabando e às invasões ilegais na terra dos Cinta-Larga. E isso que o crime organizado não detectou ainda a riqueza que pode conseguir por lá. Está na hora de uma solução inteligente e definitiva.

FAMA LOCALIZADA

No interior do Estado, nomes pouco conhecidos na Capital estão sendo apontados como futuros deputados estaduais. É quem em suas regiões, arrancariam com a votação necessária para chegar ao parlamento. Pelo menos meia dúzia de nomes que os porto-velhenses nunca ouviram falar estariam com um pé na Assembléia.

CAEM AS MÁSCARAS

As máscaras começam a cair. A guerra civil do Rio de Janeiro agora chegou aos hotéis de luxo. Turistas incautos que ainda chegam à Cidade Maravilhosa, sem saber que ela é dominado pelo crime organizado, estão indo embora e contando, em seus países, a verdade sobre a violência que aqui impera.

AMADORISMO

Lavando as mãos, anunciando soluções que nunca apareceram, com medidas soft e sem mudar a lei que poderia ao menos fazer os bandidos apodrecer atrás das grades, o Brasil enfrenta o crime e o tráfico com amadorismo. Quando a Olimpíada de 2012 e a Copa de 2014 chegarem, a verdade será mostrada ao mundo.

 

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Fonte: Sergio Pires  - [email protected]
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