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Renato Gomez

Crônicas da Nova Terra: A descoberta



O ano era 2815, vivíamos entre crises religiosas e guerras pelo poder, na verdade tudo se resumia em pensamentos extremistas que geravam conflitos no que sobrara do mundo. O Câncer ainda era o mau do século, matando milhares de pessoas por ano (menos que as guerras), e o número de habitantes na Terra era de apenas 20 mil pessoas, estávamos caminhando a passos largos para a extinção. A poluição chegara a níveis catastróficos e sobrara apenas uma pequena parte habitável no planeta Terra: A Amazônia.

Foi nesse contexto que eles chegaram. Uma tribo de seres de outro planeta, em torno de 500 pessoas, seminuas, eram a imagem e semelhança dos seres humanos e na forma de vestir-se em muito se assemelhavam aos povos tribais que habitaram a Terra no passado.

A primeira reação do povo foi de espanto, talvez pelo medo do desconhecido, ou por temerem uma invasão violenta. Em reunião com os líderes mundiais (considerando a quase auto dizimação da população mundial sobram apenas sete lideranças que dividiam os 20 mil habitantes em seus discipulados), os Ets prometeram nos ajudar a solucionar todos os conflitos, de forma pacífica, em troca de nossa colaboração. Como forma de demonstrar a gratidão, entregaram uma espécie de relógio para cada líder mundial.

Embora os Novos Humanos tivessem aparência primitiva, para eles nossa tecnologia já era ultrapassada, seus relógios eram capazes de projetar imagens holográficas no ar e toda sua comunicação se baseava neste sistema, nossos celulares e computadores pareciam com chocalhos de crianças perto dos aparelhos deles, que scaneavam tudo e eram capazes de diagnosticar as taxas de poluição e processar a limpeza da água, por exemplo.

Como todo explorador, viram na nossa inferioridade tecnológica a oportunidade perfeita para inserção de seu projeto de exploração, uma vez que nossa cede pelo novo nos cegou também. Deixaram claras suas intenções, queriam a água de nosso planeta, iriam nos transformar em colônia, explorar nossas riquezas naturais (as que ainda sobraram), nos colocar ao seus serviços e em troca teríamos acesso à sua tecnologia evoluída.

Os relógios foram distribuídos para a maior parte da população e nossa primeira missão foi tratar toda a água do planeta com a tecnologia inovadora dos “Novos Humanos” (como ficaram conhecidos nossos “irmãos”). Para surpresa de todos, os aparelhos também exerciam controle mental sobre os usuários e foi aí que percebemos que os Novos Humanos poderiam ser mais perigosos do que aparentavam...

Deixamos de ser predadores de nós mesmos e um novo predador surgiu, o planeta deles arruinou-se da mesma forma que a Terra quase ruiu, pelas mãos de seus habitantes, desde então passaram a vagar pelo espaço em busca de um novo planeta para chamar de casa. Nós, os que não se entregaram à colonização dos Novos Humanos, nos unimos e decidimos lutar pela preservação de nossa espécie, de nossa cultura e de nossa liberdade.

Eu sou líder da revolução contra a colonização da Nova Terra, descendente da tribo Mura que habitou a Amazônia e lutou contra a colonização Portuguesa até o século XVIII, somos apenas 300, e assim como em Esparta, podemos vencer. Estou preparando a rebelião final contra os Novos Humanos para nos libertar.

Continua...

Renato Gomez

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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