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Pimenta Murupi

POLÍTICA & DINHEIRO - Por Pimenta Murupi


A história mostra que há uma relação muito grande entre dinheiro e política, que foi, é e continuará sendo complexa, mas, que se constitui numa questão fundamental para a qualidade e estabilidade da democracia. O ideal seria que houvesse uma competição equilibrada entre partidos e candidatos também com recursos equilibrados (políticos, humanos, econômicos), o poderia gerar uma qualidade melhor da democracia. Considerando que somente se pode fortalecer a democracia com partidos políticos fortes na medida em que são estes que selecionam, recrutam e, se espera, capacitem candidatos para que exerçam cargos públicos, mobilizem os eleitores, participem das eleições e dos governos. Porém, sabemos que, nos últimos anos, surgiu um grande  descontentamento quanto aos partidos e aos políticos, o que teve um impacto nas atitudes em relação à democracia. Um dos motivos, talvez o principal, é que se percebe uma intromissão excessiva do dinheiro na política, em especial do setor empresarial  associadas a dinheiros ilícitos, na compra de votos ou no crescimento incessante das campanhas nos meios de comunicação, o que deteriorou a imagem pública dos partidos e dos políticos. O resultado, entre nós, foi o surgimento do financiamento público das campanhas. Supostamente destinado a promover o princípio da igualdade dos recursos.

QUE IGUALDADE QUE NADA

Bem se o motivo foi este parece que deram um tiro no pé. Basta olhar o montante de distribuição de recursos no Tribunal Superior Eleitoral-TSE. Começa pelo fato de que  quatro partidos (PT, PMDB, PSDB e PP) recebem 44,4% dos recursos que são distribuídos pelo desempenho passado. E há uma disparidade imensa entre o que o primeiro recebe (o PT) e o que recebe o último (algo como 0,5% do primeiro). Ou seja, o financiamento começa a ser desequilibrado logo na partição dos recursos. E, como são as executivas que determinam a distribuição, internamente não é provável que os recursos sejam distribuídos de forma equilibrada. Dizem por aí, que sabemos nós dos insondáveis meandros dos partidos, que a distribuição, em geral, é de R$ 2 milhões, nos grandes partidos para os atuais parlamentares e o resto de acordo com a avaliação as possibilidades eleitorais. Decorre, daí, a crença geral de que não deve haver muita renovação, pois, pelo tempo que se tem para fazer campanha e a distribuição dos recursos, por uma estranha coincidência favorece os velhos políticos,  por coincidência também, os que comandam as máquinas partidárias. A legislação, assim, só ajuda os poderosos a manterem o poder, inclusive ofertando mais dinheiro público para suas campanhas.

MAIS DO MESMO

Ora, bem se sabe que os políticos tradicionais, muitos dos quais criam clãs familiares,  já possuíam a vantagem de ter maior visibilidade e mais capacidade de captar recursos. Agora eles também possuem a ajuda do poder público para fortalecê-los ainda mais. Se os recursos públicos já eram gastos via horário político, agora, temos mais esta benesses: recursos públicos para campanhas. É dinheiro dos nossos suados bolsos, via impostos, que vão inclusive para aqueles partidos e políticos que consideramos fraudadores da lei e corruptos. E tudo feito legalmente. Não é à-atoa que Bolsonaro está se tornando o fenômeno que é. O cansaço deste assalto ao nosso bolso, de fato, faz com que se procure um condutor, um mito, alguém que acabe com tantos desmandos com o dinheiro público.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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