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Pimenta Murupi

O NOVO VELHO - Por Pimenta Murupi


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O NOVO VELHO
Morro de rir e não acho graça, mas, chega a ser cômico os esforços de certos candidatos para se apresentar como novo, como o representante dos pobres ou até mesmo como fator de mudança. Só rindo mesmo. Deveriam olhar para o lado, e para cima, para poder enxergar direito com quem andam e quem dirige seus partidos. Como, por exemplo, alguém que deseja mudar se filia a partidos de velhos caciques da política? Alguns até dizem se orgulhar de estar ao lado de quem, comprovadamente, já demonstrou sua incapacidade de fazer qualquer mudança significativa. Não vai mudar nada. Vai, se eleito, fazer belos discursos e dizer amém para os de sempre.

RENOVAR COMO?

Se há uma grande verdade é a de que não se muda as lideranças por decreto. É indispensável gastar o português, secar a língua, gastar a sola do sapato, participar da vida pública. Neste sentido, Expedito Júnior é um exemplo. Dizem dele cobras e lagartos. Que perdeu um mandato por problemas na justiça. É fato. Fato também é que não é ficha suja tanto que não se coloca em dúvida que participará do pleito. E, se olharmos para o passado, veremos que tem experiência, tem passado, possui uma intensa atividade. Mais parlamentar, de fato, todavia, sabe o que é a máquina pública. Pode ser que haja, e, com certeza há, pessoas até mais capacitadas, sob o ponto de vista intelectual, do que ele, porém, falta a tais pessoas o mínimo de vivência, de conhecimento da política e do estado. Não é à-toa que tende a ser eleito, talvez, no primeiro turno. Os adversários que se apresentam, com exceção de Acir, com evidentes problemas, não possuem liderança nem experiência política para enfrentá-lo. Não dá para fazer experiências com um governo de estado.

ESCASSEZ DE QUADROS?
É um fenômeno nacional: faltam bons quadros políticos. Por diversos fatores, inclusive o movimento militar, bem como a podridão política dos últimos tempos, que afastou as pessoas da atividade política. Falta sim nomes de qualidade para concorrer aos mandatos. Isto não quer dizer que não existe gente boa, gente jovem que pode ter um futuro brilhante. Porém, é preciso que essas pessoas tenham também compreensão de suas possibilidades. Claro que pretensão e água benta cada um pode usar a quantidade que quiser, mas, é improvável que, por exemplo, se eleja governador alguém que nunca antes exerceu qualquer cargo significativo ou passou por outras eleições. Assim como é improvável que pessoas que foram, recentemente, eleitas para vereador, por exemplo, corram para se eleger deputado estadual. Claro que, um ou outro, pode conseguir. Não é, porém, o caminho correto nem ideal. Quem é eleito deve cumprir seu mandato e só depois buscar outro. Quando açodadamente corre para buscar outro mandato não deixa de desgostar uma parcela dos seus eleitores. É preciso que as pessoas respeitem o mandato para os quais foram eleitos. E se prepararem para voos mais altos.

RENOVAÇÃO LIMITADA
Que vai haver alguma renovação vai. Mas, não tanto assim. Em primeiro lugar os partidos maiores tem mais recursos e mais visibilidade. Assim como os políticos tradicionais. Os marinheiros de primeira viagem, embora muito entusiasmados, terão que esperar para aparecer. Talvez na segunda ou terceira postulação. Não há nisto menosprezo a qualidade de muitos. Alguns, todavia, ficam pensando que há uma grande crise ética no país ou que as pessoas nesta eleição mudarão seu comportamento. Vã esperança. De fato, no Brasil, nós vivemos uma crise permanente. A crise é para todo mundo. A política está em crise, os partidos estão em crise. Há uma crise de representação. De certa forma a sociedade está contra a política. Não se tem mais um conflito de partidos ou de pensamentos e sim uma grande fragmentação das esperanças e dos desejos. Veja, por exemplo, a segurança, onde vivemos uma grande insegurança. A categoria poderia eleger dois deputados estaduais. Tem nomes, só para exemplificar, como o de Carlos Augusto Silva Braga, o Carlinhos Braga, com serviços prestados, poderia ser um ótimo representante (e com grande chance de ser), mas, a categoria se dispersa na hora de votar. É assim que acontece, por exemplo, com outros nomes de Porto Velho que poderiam ser eleitos. Fragmentam-se os votos e a capital acaba sem ter uma bancada representativa à sua altura.

NADA MUDA, ENTÃO?
Esta é a eleição de maior incerteza dos últimos tempos. É também uma eleição quase sem campanha, daí, favorecer os grandes partidos, os nomes conhecidos e, como não se faz campanha sem recursos, os que tiverem mais dinheiro. Dinheiro, aliás, sempre foi um definidor de eleições e, desta vez, não será diferente. Há a ilusão (só ilusão mesmo) de que com as mídias sociais as coisas sejam diferentes. Não será. Na hora da onça beber água, podem anotar, vai valer a campanha tradicional. Vão ganhar os que buscarem os eleitores, insistirem no corpo a corpo, no aperto de mãos e pegar as crianças nos braços (sem falar de outras práticas não tão santas). Claro que as coisas vão mudar. Estão mudando. Porém, é preciso aqui, lembrar da famosa frase de Tomasi di Lampedusa “Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude”.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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